As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.
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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A Sumaúma da Ilha de Santana

A Sumaúma ou Samaúma (Ceiba pentandra) é uma árvore gigantesca encontrada na Amazônia, capaz de ultrapassar os 50 m de altura e que tem como característica marcante as sapopemas (raízes tabulares de até 5 m de altura ao redor do tronco)

Foi  tema do programa Um pé de quê? onde a apresentadora Regina Casé nos mostra suas características e curiosidades 

 (Veja em umpedeque.com.br).

Os principais aspectos apresentados foram:

- Era considerada sagrada pelos maias, representando seu universo (as raízes atingiam o mundo inferior ou dos mortos, o tronco representava o mundo do meio ou Terra e os galhos simbolizavam o mundo superior ou céu, onde viviam os deuses maias).
- Outras civilizações também têm sua mitologia envolvendo a árvore (mãe do rio, mãe da floresta, etc).
- É a maior árvore das florestas tropicais e uma das maiores do planeta.
- São pontos de referência aos barqueiros  na navegação pelos rios da Amazônia.
- Pode ser encontrada em florestas de terra firme, mas desenvolvem-se melhor nas áreas de várzeas.
- São comuns nas margens dos rios.
- É considerada o "GPS da floresta", pois a comunicação pode ser feita através de batidas nas sapopemas (um aviso de volta para casa, de localização a perdidos na floresta, etc).
- A altura pode chegar a 70 m e a copa é muito frondosa.
- Devido as dimensões está sujeita à ação dos ventos, da tempestade e do seu próprio peso. Para compensar se equilibra em enormes tentáculos, as sapopemas, que entram até 300 metros para dentro da mata.
- As sementes são levadas pelo vento dentro de um tipo de algodão (ou pluma) liberado pelo fruto.
- É uma árvore monumental, como diziam os maias, chamda de árvore da vida.
- Mais informações em www.umpedeque.com.br


Aqui estão imagens da Sumaúma que registrei na Ilha de Santana. Uma árvore que impressiona e perdura há muitos séculos.


Ilha de Santana (AP) - Outubro / 2012

Fotos: Maksuel Martins / Rogério Castelo

"Salve rico torrão do Amapá
Solo fértil de imensos tesouros"

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Macapá das Ressacas (Vídeo de Flávia Barbosa/2008)

Em 12/12/2008, a estudante Flávia Barbosa conquistou o primeiro lugar na categoria câmera amadora de celular - 12 a 16 anos - no 1° VIDEO FEST "Macapá 250 anos, um novo olhar", promovido pela CONFRARIA TUCUJU / AP. Foi vencedora com a produção do vídeo "Macapá das Ressacas" uma reflexão sobre a atual situação da Ressaca Chico Dias em transformação pela ação humana.

No vídeo a autora quer expressar sua visão crítica sobre essas transformações e a preocupação é mostrar a imagem antes e após a degradação.
Este trabalho recebeu o apoio da pedagoga Maria do Socorro P. da Silva, professora orientadora de aprendizagem "TV Escola" na Escola Reinaldo Damasceno.


Macapá das Ressacas
(Flávia Barbosa)
Era assim a ressaca, um lugar bonito cheio de graça, cheio de verde, cheio de peixes.
Tinha muitas árvores, tucumanzeiro, buritizeiro.
Tinha o aningal, mururé e matagal, tinha jurubeba e até vitória-régia!
Tinha muitos animais, moréia, tamuatá e cará.
Tinha cobras e sapos, tinha até caracol!
Flores do lago que brilhavam ao sol!
Mas foram chegando e foram ficando, os moradores do lago, pessoas boas e más, construíram as casas verdes, azuis, e corais.
Fizeram a passarela prá toda a galera, crianças na ponte correndo e brincando, o lugar foi se transformando e a natureza foi mudando. 
Aquela bela ressaca de antigamente não existe mais!
Agora é diferente tem gente demais...
A ressaca está doente!
Na ponte tem ladrão de televisão, tem trombadinha que cobra pedágio, tem bebezinho que morre afogado!
No lago tem lixo e jogam até bicho!
Tem garrafa, sacola, tem latas, chinela, tem boneca, panela, tem sapato e bola.
Tem pneu, tem pau, lixo junto com animal.
Tem homem mau  que pega criança, tem bandido e policial.
É assim a ressaca, o lago do povo do trabalhador, da mãe de família
do menino e do moço.

Apesar da violência e poluição, tem diversão e união.
Tem muito lagos em Macapá, a cidade cercada de ressacas.
Tem gente que mora no seco. Tem gente que mora no lago
A cidade é muito bela.
Tenho orgulho de morar nela!
Veja algumas imagens da exposição "Demarcações", do Grupo Imazônia,  
muito pertinentes ao texto de Flávia Barbosa.
A exposição realizou-se na galeria de artes do SESC-Araxá - em agosto de 2011 - e teve caráter instalativo, com trabalhos feitos de reaproveitamento de lixo. Mostrou, através de miniaturas e desenhos, a problemática (social e ecológica) da ocupação desordenada nas ressacas e em áreas ribeirinhas.

Foto: Etiene Mazze
Foto: Etiene Mazze
Fotos de R. Castelo
Grupo Imazônia (Foto do SESC Amapá).
Parabéns aos idealizadores pela ótima proposta artística e educacional!
Mais informações sobre ressacas podem ser obtidas
Veja também:

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Áreas de Ressaca em Macapá (Vídeo SBT-AP/2011)

Mais um material para o estudo e educação ambiental, sobre as ÁREAS DE RESSACA EM MACAPÁ
Vídeo exibido no "Programa Meio Dia" (SBT-AP, em 08/10/2011)
Duração: 6 minutos e 38 segundos 


Narração: Waldo Santos / Imagens: Diego Fábio & Márcio Bacellar 
Texto e Direção: José Menezes / Edição: Romero Lima
Veja AQUI
Pontos abordados:
- A falta de saneamento básico e sistema de esgoto sanitário, destruição do local de preservação, riscos de doenças (como dengue, malária e leptospirose), são a realidade vivida constantemente por quem, sem opção, escolheu as áreas de ressacas para morar. Só na capital mais de 30 mil famílias ocupam esses locais, que servem para esfriar naturalmente o calor das cidades. As ressacas quando limpas são berçários de peixes, plantas e pássaros, mas sem os devidos cuidados a natureza fica penalizada.
- Ressaca é uma expressão regional do Amapá: são as pequenas áreas litorâneas que servem como reservatório natural de água (o Plano Diretor de Macapá/2004 dá a seguinte definição no artigo 5º, parágrafo 4º: Entendem-se por ressacas, as áreas que se comportam como reservatórios naturais de água, apresentando um ecossistema rico e singular e que sofrem a influência das marés e das chuvas de forma temporária.)
- Funcionam também como corredores naturais de ventilação, diminuindo o clima quente na capital.
- A ocupação desses lagos compromete o escoamento da água das chuvas, ocasionando antigos problemas de alagamento e sérios riscos para os moradores desses locais.
- A falta de saneamento básico, infra-estrutura, acúmulo de lixo, armazenamento de fezes humanas, água parada, e muitos outros problemas, deixam os moradores sujeitos à doenças.
- Apesar da existência de uma lei que protege esses espaços desde 1999 (Lei Estadual 455, de 22/07/99 - sobre a delimitação e tombamento das áreas de ressaca localizadas no Estado do Amapá - veja o texto AQUI) essas áreas continuam sofrendo impactos provocados pela destruição da vegetação nativa, depósito de lixo e esgoto sanitário.
- No Bairro do Congós (zona sul da capital) cerca de 17 mil e 200 famílias moram no alagado, sem qualquer estrutura, como consequência do crescimento urbano desordenado nos últimos anos. As pessoas sabem dos riscos, mas não tem outra alternativa.
- Os problemas nas áreas de ressacas estão por todos os lugares. Além da falta de água potável o emaranhado de fios elétricos é uma prova do perigo que os moradores correm devido a deficiência de distribuição de energia elétrica. - O vídeo mostra também alguns relatos tristes e dramáticos de moradores destes locais.

 
 Mais imagens do vídeo

Dada a importância do assunto, resgato um folder da Prefeitura Municipal de Macapá, referente ao ano 2009.

O folder (elaborado pela SEMUR - Secretaria Municipal de Manutenção Urbanística) objetiva o esclarecimento e orientações sobre a importância das ressacas e a adoção de práticas educativas.
Entre outros aspectos, o folhetim mostra:

- Esses ambientes são frágeis e sensíveis a qualquer interferência negativa do homem, principalmente quando ocupadas por moradias, pois há o despejo de lixo e esgoto.
- O aterramento das áreas contribuem para inundações locais.

Mais informações sobre ressacas podem ser obtidas
É um dos temas de maior procura 
e que deveria ter mais atenção por parte dos governantes.

Veja também:
- Macapá e suas Ressacas

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Corredor de Biodiversidade do Amapá (Folheto CI-Brasil/GEA/SEMA - 2009)

Criado em 2003, o Corredor de Biodiversidade do Amapá integra 12 unidades de conservação e 05 terras indígenas. 
São mais de 10 milhões de hectares, ou quase 72% do Estado do Amapá, na região do escudo das guianas (considerada a maior área de florestas tropicais protegidas do mundo). 
O objetivo do Corredor é conciliar a conservação da natureza com o desenvolvimento social e econômico. (Fonte: conservation.org.br)
"Nesse sentido, a publicação do Corredor de Biodiversidade do Amapá traz uma síntese de como as políticas públicas foram vinculadas a planos de ação que tenham, como meta fundamental, preservar o meio ambiente local sem deixar de, por meio de ações ordenadas e pré-definidas, ampliar a rede de aproveitamento desses recursos, a fim de gerar melhorias na qualidade de vida."
(A.W.G.S - Apresentação da obra) 

A publicação tem 44 páginas e foi produzida pela CI-Brasil (Conservação Internacional), Governo do Amapá (GEA) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA).
Está disponibilizada para download no site da Conservação Internacional.
SUMÁRIO:
- A Amazônia e sua importância global
- A Amazônia
- Biodiversidade amazônica
- Estratégias para conservar a biodiversidade
- Corredores de Biodiversidade
- O Amapá: sua gente e seus ecossistemas
- O Amapá e sua biodiversidade
- O Corredor de Biodiversidade do Amapá
- A contribuição da Conservação Internacional (CI)
Se você se interessou por esta obra, veja também (no site da conservation.org.br) o livro Corredor de Biodiversidade do Amapá, que é este mesmo folheto aqui on-line com os textos em português/inglês. 
Está disponível para download, junto com outras boas publicações sobre meio ambiente.

Para mais informações consulte o acervo da

Veja também: 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

APA Curiaú: um paraíso ecológico dentro de Macapá (Vídeo - 2007)

A Área de Proteção Ambiental do Curiaú, região próxima a Macapá, possui uma área maior que 2o mil hectares, preservada e protegida como patrimônio cultural e ecológico. Os rios, lagos, floresta e a várzea do local mostram um belo cenário natural, fazendo a alegria das garças, marrecos, jaçanãs, mergulhões e outros pássaros. A área é povoada em sua maioria por comunidade de negros e a tradição do Marabaixo é difundida e transmitida através das gerações. 
(Texto:  overmundo.com.br)



Este documentário faz uma abordagem histórica, ecológica, cultural e turística da APA do Rio Curiaú que, além de  grande interesse e importância ecológica-cultural, também abriga uma histórica comunidade remanescente de quilombo.


Vídeo de ROSA DALVA, RAIMUNDDO NIVALDO e SUELLEM COSTA (apresentado a Faculdade SEAMA, em Macapá 2007, como requisito final para a graduação em Jornalismo e encaminhado a Biblioteca Ambiental da SEMA por Rosa Dalva - Autora/Jornalista/Gerente da Biblioteca)

Ficha Técnica:

Faculdade SEAMA
Acadêmicos: Raimunddo Nivaldo / Rosa Dalva / Suellen Costa
Orientadora: Jacinta Carvalho
Narração: Rosa Dalva
Roteiro: Suellen Costa
Imagens: Dioni Willian / Oziel Coutinho
Imagens cedidas: Arquivo Junior Duarte / Uma Verdade Inconveniente / Soja em nome do progreso Greenpeace / Nas cinzas da floresta
Trilhas: Música Popular Amapaense / Zé Miguel / Amadeu Cavalcante / Marabaixo Mazagão
Produção: Tumucumaque Áudio e Vídeo
Duração: 23 minutos e 33 segundos

Pontos abordados:
- Em muitos lugares, neste exato momento, a natureza está sendo exterminada, restando a ela apenas gritar por socorro... gritos manifestados por diversos fenômenos. O homem vem degradadando o meio ambiente para dar lugar ao capitalismo e com ele vem  a poluição, a fome e o desperdício dos recursos naturais. 
- A humanidade vem sustentando uma guerra a qual ela jamais vencerá, pois esta guerra é contra nós mesmos, porém, as cicatrizes desta batalha vão ficando: aquecimento global, o efeito estufa, as chuvas ácidas... problemas ambientais que, se não conseguirmos obter uma consciência coletiva, os pagadores deste preço serão nossas futuras gerações. É isso que você deixará para seus filhos e netos? O que fazer para viver em harmonia com a natureza? Quais as alternativas existentes? Como preservar e conservar o nosso meio ambiente? O que podemos tomar como modelo?
- No Estado do Amapá, ao norte do Brasil, está localizado um patrimônio cobiçado por sua variedade biológica, que possui ainda uma biodiversidade rica e reconhecida internacionalmente por seus potenciais.
- O Amapá ganha destaque por ser o estado brasileiro com menor índice de devastação de florestas, possuindo mais de 50% de suas áreas protegidas, que inclui as ÁREAS INDÍGENAS e QUILOMBOLAS.
-Na década de 90 o Amapá ganhou a primeira APA do estado, classificando-se inicialmente como Área de Relevante Interesse Étnico e Cultural (ARIEC), porém, seu estatuto não resolveria a ameaça à cultura da população local, sendo substituída em 1992 pela Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Curiáu, que em setembro de 1998 passou a ser protegida pela Lei 0431 sancionada pelo então governador João Capiberibe com o objetivo de conservar e preservar a região.
- "A APA tem uma importância tão grande quanto uma área de proteção integral porque ela vem harmonizar e ordenar uma relação do meio ambiente com o homem. O homem está dentro do meio ambiente, mas quando não há esse ordenamento, não há também a necessidade de se fazer uma preservação de alguns patrimônios ambientais que existem dentro daquela determinada região... Quando você cria uma APA, você começa a harmonizar essa relação... Você consegue dar as condições de sobrevivência do homem naquele local, dando a possibilidade de exploração dos recursos naturais e também reserva determinada região ali, a partir de um zoneamento na APA, para que tenha garantia da preservação e da perpetuação daqueles bens ambientais." (Marcelo Creão - Secretário da SEMA-AP, em 2007).
- A APA é destinada a coibir a degradação ambiental, além de provar que o homem é capaz de viver lado a lado com a natureza, idéias que fazem parte do desenvolvimento sustentável. 
- A APA do Rio Curiaú, ao norte de Macapá, abrange uma área com aproximadamente 22 mil hectares. Seus moradores são na maioria negros remanescentes de antigos quilombos que chegarão na época da Fortaleza de São José de Macapá, no século XVIII, e que formam hoje as comunidades de: CURIAÚ DE DENTRO, CURIAÚ DE FORA, CURRALINHO, CASA GRANDE e MOCAMBO.
- A vegetação é formada por campos inundáveis, matas de galerias, cerrado, ilhas de matas e ainda rios e lagos.
- Já a fauna, embora mais escassa em algumas áreas, em outras ainda é capaz de surpreender.
- Vamos começar uma viagem fascinante pela APA do Rio Curiaú, situada dentro da capital amapaense, Macapá.
- Iremos agora ao Mocambo, comunidade mais próxima da zona urbana de Macapá, dividido apenas pela Av. Raimundo Neri de Matos, que faz fronteira entre a APA e o Bairro Novo Horizonte. A estrada até as margens do Rio Curiaú é de terra e com as chuvas dificulta a chegada até o local. As placas, além de confirmar a chegada, relembram aos visitantes a importância de se preservar o lugar. Mocambo é o nome designado pelos moradores como uma região de refúgio dos antigos escravos. Nela encontramos grandes áreas de mata fechada e quem penetrar por ela pode encontrar muita aventura. Seus moradores, nem sempre negros quilombolas, são na maioria pessoas que chegaram antes da criação da APA, que ainda lembram fatos marcantes e históricos. Nesta parte da APA a convivência com a natureza é direta e deparar-se com um animal silvestre ainda é comum para seus moradores, mas que nunca deixará de ser emocionante. A cultura é predominante nesta exuberante comunidade e apresentar uma de suas lendas exigiu horas de encorajamento, da equipe ao nosso guia (referência a lenda de um suposto protetor da mata)
- Mais à frente está a comunidade de Curiaú, que está dividida em Curiaú de Dentro e Curiaú de Fora, nomes usados para diferenciar o local da entrada do povoado como local mais próximo do lago. Estão no centro sul da APA e concentra o maior número de habitantes. A Vila do Curiaú destaca-se por ser também a mais desenvolvida no campo da economia, turismo, educação e saúde. No mês de julho, quando o lago está cheio, a visita de banhistas é intensa, principalmente no deck às margens da Rodovia AP-70. Este infelizmente não está apresentando as melhores condições e seu verdadeiro fim de satisfação aos visitantes não vem sendo alcançado. A memória dos antepassados aqui também é bastante lembrada. "... Na Ilha do Cipó é onde ficam enterrados nossos antepassados e fica um pouco longe da comunidade pelo fato que acreditavam que as almas pudessem chegar na vila, então o cemitério ficava numa ilha para eles não atravessarem até a vila... está desativado fazem dois anos porque agora o cemitério localiza-se atrás da Igreja de São Joaquim, no Curiaú de Fora" (Relato de Willy Miranda - Agente Comunitário). Aqui os costumes e a sabedoria seguem gerações.
- Partimos para a comunidade de Curralinho, na chegada já se pode observar o que seria uma guarita de fiscalização destas áreas, mas que por falta de continuidade de políticas direcionadas a preservação do meio ambiente não conseguiram fluir. Nesta localidade empresários e políticos conseguiram apossar-se de uma extensa área que traz preocupações quanto ao futuro social, ambiental e cultural deste povo. A economia das família do Curralinho gira em torno do plantio da mandioca, do qual é feita a farinha e o tucupi. A vida no curralinho é bastante rústica, mas seus habitantes têm consciência da importância que tem este lugar e tentam dentro do possível viver em parceria com a natureza. "... As pessoas vivem mais do peixe, esse negócio de caça não... As pessoas de fora estão invadindo o rio e está ficando muito difícil de pescar..." (Relato de Dulcinea Ramos Lobo - Agricultora local)".
- Nossa viagem pela APA termina na comunidade de Casa Grande. Um pequeno número de moradores do local imitam a vila às margens da Rodovia AP-70. "... Aqui na casa Grande tinha muita coisa, hoje não tem nada, querem acabar com o que a natureza deixou..." (Bernardo Chagas - Morador local). Esta mudança deve-se aos impactos sofridos com a ação do homem, logo os impactos originam traumas ecológicos que podem ser sentidos pelos seres vivos.
- A APA do Curiaú também é alvo de danos que vão do lixo deixado pelos visitantes à criação de búfalos no local. 
- Apesar dos problemas ambientais existentes na APA eles ainda são toleráveis e acredita-se que a consciência coletiva vem alastrando-se pelos verdadeiros herdeiros destas terras: os amapaenses.
- A APA do Rio Curiaú surge como um exemplo a ser seguido pela humanidade, em que usar os recursos naturais é permitido, desde que a perpetuação das espécies seja garantida para uso das futuras gerações.
- O Amapá possui riquezas incalculáveis, mas a valorização deve partir primeiramente de todos os amapaenses. A consciência não seja apenas na preservação  da  fauna e flora, mas também na conservação de sua história, cultura e identidade. É o que nos leva a pensar na importância de uma reflexão feita por Mahatma Gandhi: 
"Cada dia a natureza produz o o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome."
Uma excelente fonte de pesquisa para a comunidade estudantil, 
pesquisadores e população em geral.
O documentário pode ser encontrado na Videoteca da
Contribua você também com seu conhecimento!
 Valorize nossas bibliotecas!

Veja também:

sexta-feira, 8 de julho de 2011

REBIO Parazinho (Parte 3 - Folder SEMA-AP/2007)

Um folder da SEMA-AP com informações básicas sobre a RESERVA BIOLÓGICA DO PARAZINHO. O Material foi produzido em 2007, sendo usado na divulgação sobre o meio ambiente e na educação ambiental.
 Reserva Biológica do Parazinho
      
- A REBIO do Parazinho foi criada em 21/01/1985, pelo Decreto Territorial Nº 5.
- A unidade ocupa uma ilha integrante do Arquipélago do Bailique - Município de Macapá - situada na foz do Rio Amazonas. 
- Tem uma  área aproximada de 111,32 ha, porém, de acordo com levantamentos georreferenciados da SEMA, essa área deve ser alterada para aproximadamente 707,00 ha, uma vez que a REBIO vem sofrendo variações na sua área devido a sedimentação pelo Rio Amazonas. 
- Seus solos pertencem a categoria gley pouco úmido, formados a partir de sedimentos sitilosos e argilosos, pouco profundos, podendo se apresentarem neutros ou alcalinos, com fertilidade variável e drenagem indo de regular à moderada.
- Sua cobertura florística registra essências como mangue branco, siriúba, jaranduba e paliteira. Em áreas alagadiças a vegetação é composta, principalmente, por aninga, aturiá, mururés e juncos. Na parte de solos mais altos da reserva, predomina uma floresta típica de várzea onde podemos observar várias espécies como: virola, seringueira, açaí e outras.
- A fauna apresenta-se rica e diversificada em peixes, aves migratórias e da região, registrando-se, ainda, a presença de mamíferos, cetáceos (botos) e de répteis (notadamente de camaleão/iguana).
- Desde a sua criação, a REBIO é sede do Projeto Quelônios da Amazônia (Q-AMA), que visa a proteção, reprodução e repovoamento da espécie tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) na região do Arquipélago. O projeto foi implantado pelo IBAMA-AP em 1981 e a partir de 2001 passou a ser conduzido pela SEMA-AP.
- Não existe ocupação humana na unidade. 
- Ocorre degradação no entorno por pressão humana (pessoas das comunidades procuram a ilha para coletar os ovos).
- A unidade recebe ações de monitoramento e fiscalização com o apoio do Batalhão Ambiental, além de serem desenvolvidas atividades de educação ambiental com as comunidades da REBIO. 

 Veja algumas fotos da RESERVA BIOLÓGICA DO PARAZINHO

Para mais informações consulte o acervo da

Veja também:

quarta-feira, 6 de julho de 2011

REBIO Parazinho (Parte 2 - Vídeo do Projeto Q-AMA)


Vídeo com imagens da Reserva Biológica do Parazinho e do Projeto Q-Ama. É uma montagem de fotos mostrando a reserva, um pouco da fauna, flora e o importante Projeto Quelônios da Amazônia. A REBIO Parazinho localiza-se no Arquipélago do Bailique (Amapá - Brasil). O vídeo foi elaborado pela SEMA-AP (2007) e tem a duração de 4 minutos.
Imagens do vídeo.
 
"A civilização de um povo se avalia pela forma que seus animais são tratados."
(Humboldt)
Está disponível no acervo da
Veja também:

REBIO Parazinho (Parte 1 - Introdução)

A Reserva Biológica do Parazinho tem em seus objetivos a preservação, proteção integral e permanente do ecossistema e dos recursos naturais, sendo vedadas a caça, coleta ou introdução de espécies de flora e fauna silvestres/domésticas (ressalvadas as atividades científicas, culturais e educacionais).
 Mapa da REBIO Prazinho (SEMA-AP 2008)
Esta pequena ilha costeira vem sofrendo influência das marés, o que atribui-lhe características de períodos inundáveis. Apresenta formações vegetais típicas da Bacia Amazônica, como manguezais e campos inundáveis

Mapa SEMA-AP - 2005
A ilha faz parte do Arquipélago do Bailique e, por ser uma unidade de proteção integral e ponto de desova, desenvolve-se, há mais de 20 anos, um importante projeto de proteção de quelônios chamado Projeto Q-AMA (Quelônios da Amazônia).
Com o trabalho de proteção realizado em parceria com as comunidades locais, foi possível devolver à natureza, até 2007, mais de 70.000 filhotes da espécie Podocnemis expansa (Tartaruga da Amazônia), que procuram as praias da reserva para desovarem.



      
 Cartaz SEMA-AP sobre o Projeto Q-Ama (2005)
Soltura de quelônios (Fotos: Dimitrius Gabriel / Arilson Teixeira)
Mais informações sobre a REBIO PARAZINHO podem ser obtidas na  
Biblioteca Ambiental da SEMA em Macapá.

Veja Também: