As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.
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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Todas as línguas (Juliele)

 Projeto "Amapá em Cantos" - SESC Ipiranga - 22/11/2008. 
 
 Todas as línguas
(Nilson Chaves e Carlos Correia Santos)
 
Feito eu falasse em aramaico 
Eu te amo assim de um jeito arcaico 
Todo leigo ou meio laico 
Eu te amo assim nada prosaico 
Por você, eu sou capaz de entender, 
Até piada em chinês!
Falar mandarim, mandar o resto pro fim, 
E gargalhar em francês... 
Fala pra mim, fala no meu ouvido, 
Fala em latim se é lato sensu ou não 
Há sânscrito em mim, assim, escrito paixão 
Será em esperanto esperança ilusão? 
Por você, traduzo em mar morto, 
Todo meu ser! Sem querer, traduzo o que fala, 
O mar em você 
Por você, traduzo em mim 
O que jamais quis dizer! 
Língua, minha língua, 
É flor que tudo ama 
Mingua na minha língua 
Você meu idioma

Seu primeiro CD (2007) está disponível para download 

Mais informações de Juliele veja em somdonorte.blogspot.com

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A Flor e o Beija-flor (Zé Miguel e Ana Ariel)

 
A Flor e o Beija Flor 
(Zé Miguel / Joãozinho Gomes)

Que maneira de chegar
Justo na roseira
Cujas rosas vou beijar
Antes das abelhas

Sem querer me envolver com teu perfume
Sem querer nos espinhos me arranhar
Vou voar e colher o teu açúcar
Sem poder pelo menos te tocar
Tu não desabrochou pra mim

Maravilha da flor que espera
Beijo do beija-flor quisera
Simplesmente tocar o teu botão.

sábado, 4 de junho de 2011

Meu endereço (Zé Miguel)

 
Meu Endereço
(Zé Miguel e Fernando Canto)

Meu endereço é bem fácil
É ali no meio do mundo
Onde está meu coração, meus livros, meu violão
Meu alimento fecundo
A casa por onde paro
Qualquer carteiro conhece
É feita de sonho e linha 
Que brilha quando anoitece
Na minha casa se tece
Mesura na luz do dia
Pra afugentar quebranto na hora da fantasia
É fácil o meu endereço 
Vá lá quando o sol se pôr
Na esquina do rio mais belo
Com a linha do equador

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

O sangue que corre na tua veia (Banda Yesbanana)

A Banda Yesbanana, criada em 2003, por Judas Sacaca, Valério de Lucca, Alvaro Gomes e Alan Gomes, surgiu da necessidade de resgatar o rock no Amapá.
“O sangue que corre na tua veia” teve veiculação em todo o país inclusive na “MTV” onde obteve uma boa repercução, feito inédito se trando de uma banda do Estado do Amapá. (Fonte: myspace.com/yesbanana).

 O Sangue que corre na tua veia
(Banda Yesbanana)

Ei irmão! A tua cor é tua onda!
Que papo errado é esse de ser uma sombra?
Nem tudo que parece é, nem tudo que parece foi
Da vida a gente leva fé e a vida é o que se compõe

O sangue que corre na tua veia
Que corre na veia

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sabor Açaí (Nilson Chaves)


 Nilson ChavesNilson Chaves é um artista paraense, conhecido por toda a Amazônia, dono de uma voz suave e que mostra de forma poética, em suas composições, a vida amazônida. Suas canções são conhecidas  no Estado do Amapá.


Sabor Açaí
(Nilson Chaves)

E prá que tu foi plantado
E prá que tu foi plantada
Prá invadir a nossa mesa
E abastar a nossa casa...

Teu destino foi traçado
Pelas mãos da mãe do mato
Mãos prendadas de uma deusa
Mãos de toque abençoado...

És a planta que alimenta
A paixão do nosso povo
Macho fêmea das touceiras
Onde Oxossi faz seu posto...

A mais magra das palmeiras
Mas mulher do sangue grosso
E homem do sangue vasto
Tu te entrega até o caroço...

E tua fruta vai rolando
Para os nossos alguidares
Tu te entregas ao sacrifício
Fruta santa, fruta mártir
Tens o dom de seres muito
Onde muitos não têm nada
Uns te chamam açaizeiro
Outros te chamam juçara...

Põe tapioca
Põe farinha d'água
Põe açúcar
Não põe nada
Ou me bebe como um suco
Que eu sou muito mais que um fruto
Sou sabor marajoara
Sou sabor marajoara

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Quero ver Macapá (Banda Placa)

Música composta por Álvaro Gomes para o primeiro CD da Banda Placa, "Placlarear", em 1994.
 
 Quero ver Macapá!  
Domingo, praia, verde mar, 
Um jogo lá no Zerão 
A noite a brisa ao quebrar mar, 
Momento de paixão 
Vivendo sob o sol, Macapá! 
Ali no Goiabal, vou te levar! 
E lá vou eu, sentindo essa emoção, 
E lá vou eu, cantando essa canção!  
Quero ver Macapá! 
Quero ver Macapá! 
O Marabaixo, a Fortaleza, 
A nossa tradição... 
O padroeiro São José, 
A nossa proteção 
Vivendo sob o sol, Macapá! 
Na Serra do Navio, vou te buscar! 
Em fazendinha, eu quero....te beijar!  
Quero ver Macapá! 
Quero ver Macapá!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Igarapé das Mulheres (Osmar Júnior)

Igarapé das Mulheres 
(Osmar Júnior)

O tempo leva tudo
O tempo leva a vida
Lá fora as margaridas fazem cor
Eu lembro a alegria,
Boiar naquelas águas
E ver as lavadeiras lavando a dor

E lavavam a minha esperança perdida,
De crescer lá no igarapé
E lavavam o medo que tinha da vida
E agora o meu medo o que é?

A minha nave, um tronco navegava
As estrelas, entre as palafitas
E as lavadeiras
Nas minhas aventuras, poraquê
Pirara, piranha peixe-boi, boto igára

E lavavam a minha paixão corrompida
As mulheres do igarapé
As Joanas, Marias, Creusas, Margaridas,
Lavarão o que ainda vier

domingo, 24 de abril de 2011

Tarumã (Amadeu Cavalcante)

Tarumã
(Amadeu Cavalcante)

Minha história é que nem uma história
de um moço que se encantou, se encantou...
Nas águas do rio Calçoene
virou pau madeira de amor
e eu fui parar noutro rio
atrás do meu grande amor
nas águas do Araguari
meu coração se encantou
É um rio encantado 
o Araguari, o Araguari, o Araguari 
é um rio do passado 
o Araguari, o Araguari, o Araguari
Vou contar pra você essa história
de um moço que se encantou, se encantou
Vou contar pra você essa glória,
de ser pau madeira de amor
Tarumã, Tarumã 
e a gente subia o rio
Tarumã, Tarumã 
se agente morreu foi de amor
Tarumã, Tarumã 
e a gente descia o rio
Tarumã, Tarumã 
o rio que nos separou

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terça-feira, 19 de abril de 2011

Vida Boa (Zé Miguel)

Zé Miguel está entre os principais representantes da música na Amazônia, com valorização dos ritmos regionais como o batuque e o marabaixo, elementos marcantes da cultura afro no Amapá.
Em "Vida Boa" mostra de forma poética a vida do caboclo amazônida. A música encanta pela poesia e melodia.


Vida Boa 
(Zé Miguel)

O dia ela chega toda manhã   
Com nuvens de fogo pintando o céu   
Um ventinho frio sopra sim e assim   
Vez em quando se escuta o canto do Japiim.
A canoa balança bem devagar   
A maré vazou, encheu é preamar, eh   
O Zé vai pro mato apanhar açaí   
Maria pra roça vai capinar
A vida daqui é assim devagar   
Precisa mais nada não pra atrapalhar   
Basta o céu, o sol, o rio e o ar  
E um pirão de açaí com tamuatá.

Que vida boa su mano   
Nós não tem nem que fazer planos   
E assim vão passando os anos   
Eita! Que vida boa   
Que vida boa su primo   
Nós só tem que fazer menino   
E assim vão passando os anos   
Eita Que vida boa

A vida daqui é assim devagar...  

Que vida boa   
Que vida boa   
Que vida boa lê lê!   
Que vida boa   
Que vida boa su primo   
Que vida boa su mano   
Eita! Que vida boa