As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

domingo, 5 de junho de 2011

MUNICÍPIOS - Laranjal do Jari (Parte 1 - Informações Gerais)

Mapa Wikipédia (2011)

O Município de Laranjal do Jari foi criado pela Lei Federal 7.639 de 17/12/1987 e está localizado ao sul do estado do Amapá.

É o terceiro município mais populoso e fica em frente a Cidade de Monte Dourado (Pará), separado pelo Rio Jari, por cerca 243 metros. 



 Brasão das Armas, Bandeira e Hino do Município
(Símbolos cívicos criados pela Lei 004 de 11/01/1995)
I

Eu,
Almirante Bravio,
Sobre o leito do rio,
Deito-me ao luar.
Trago
Em mãos, lunetas mil,
Vislumbro desafio,
De guerreiros do mar.
Mas,
carrego em minha nau,
Um grande capital,
Ávidos capitães.
Rompo todas as barreiras.
Límpidas cachoeiras,
As mais lindas irmãs.
É a fé
Que remove montanha!
É a fé
Que interrompe rojões!
Enfrento qualquer desafio.
Sois doze estiletes,
Impávidos cadetes.
                                   
Eis que falo,
Por minha terra amada
Tudo podes,
Quando Deus é por ti,
Lutando, avante, sem temer!
Armado para vencer
Marchando até o fim
 II


Minhas mãos
São calosas, perfil
De trabalho hostil
Nessa terra voraz.
Vertendo do peito
Castanhas do Brasil.
Trazer cada vez mais,
"O pão da vida", ao cais.

Eis que falo,
Por minha terra amada.
Tudo podes,
Quando Deus é por ti.
Lutando, avante, sem temer!
Armado para vencer
Marchando até o fim.

Eis que falo,
Por minha terra amada.
Tudo podes,
Quando Deus é por ti
ei de honrar teu cetro com amor!
Darei minha vida aqui.
Te amo, Jari!



Letra e Música:
Elaine de Araújo Pereira
Laranjal do Jarí, já foi parte do município de Mazagão. Localiza-se a margem esquerda do rio Jari, que separa o Estado do Amapá ao do Pará, a 212 km da capital Macapá. 
Mapa do Município (SEMA-AP/2004)

Daniel Ludwig (1897-1992)
Idealizador do Projeto Jari    





A implantação do Projeto Jari, pelo arquimilionário Daniel Ludwig (que despertou a ira dos nacionalistas na década de 60), provocou intensa migração na região. A notícia de que a Companhia Jari Florestal e Agropecuária Ltda, seriam implantadas pelo homem mais rico do mundo, não poderia ter outro final: super-população. Era um projeto megalomaníaco, grandioso demais para um país de desempregados e para um Estado, que poucos conheciam, no coração da Amazônia. A notícia atravessou a fronteira. Precisavam de mão-de-obra para tocar o projeto de florestamento de pinus/eucalipto. 
A cidade nasceu com o povoado do "Beiradão", formado por palafitas em longo trecho das margens do rio Jari (conhecida como a maior favela fluvial do mundo), com todas as mazelas sociais, agravadas pela violência e pela prostituição. Se você for por lá, a população não gosta do nome "Beiradão", pois evoca a uma época de miséria e sub-desenvolvimento. Foto do arquivo da SEMA-AP (1998)
Vista da fábrica do Projeto Jari (às margens do rio Jari, no lado paraense). O projeto idealizou a construção de algumas vilas para os trabalhadores: Munguba, São Miguel e Monte Dourado. Com a migração intensa, no lado amapaense em frente ao Munguba (onde está a fábrica) formou-se o Beiradinho e em frente à Monte Dourado, surgiu o Beiradão. Hoje, Municípios de Vitória do Jarí e Laranjal do Jari, respectivamente.
Você sabia que parte da fábrica veio em balsas? Isso naturalmente chamou a atenção e despertou sonhos de desempregados numa época difícil, por todo o Brasil. Vinha gente de todo lugar e os trabalhadores eram temporários, sem os amparos trabalhistas. Sem onde ficar, atravessaram a fronteira que divide o Amapá e o Pará  (a travessia era feita em "catraias" em menos de 5 minutos) e foram invadindo as beiradas. Levantando palafitas ao longo do rio e aquecendo a caldeira de migração e descontrole no estado.
Não havia nenhum tipo de saneamento. "O rio trazia e o rio levava tudo de volta". Só em 1980 é que a CAESA (Companhia de Água e Esgoto do Amapá) chegou para "destemperar" a barrenta água do rio Jari, consumida in natura pelos milhares de moradores.
A situação nos setores saúde e segurança foram agravando os problemas sociais, o desemprego, a violência, a prostituição, o tráfico de drogas, a pistolagem, o garimpo e uma série de situações deixaram os Governos do Amapá e Pará com os cabelos em pé. Era um pedaço do inferno dividindo os dois estados entre a cruz e a espada.
Laranjal do Jarí foi conhecida outrora como a maior favela fluvial do mundo. Os casebre e palafitas se estendiam por vários metros às margens do rio Jari.



A proximidade entre as casas sempre foi um fator de risco incendiário. Na história da cidade ocorreram alguns grandes incêndios, como o desta foto em 2006 (Foto do pepemattos.zip.net)
Os problemas de saúde se agravavam. Vieram os programas emergenciais. Agravados pelas doenças, consequências naturais pela forma de vida. A violência começou a ocupar o parco espaço nos improvisados leitos dos postos de saúde.
Foto Arquivo SEMA-AP (1998)
O governo investiu em todos os setores. Era difícil controlar o incontrolável. Laranjal do Jari ganhou contornos de cidade e parte do centro foi alterada. Com a crise da Companhia Jari, a economia do município foi para debaixo das palafitas. 
Em 2011 um grave problema enfrentado foi a cheia do rio Jari. Neste ano as águas subiram acima do normal atingindo uma elevação de cerca de 3 metros no início do ano. Várias famílias ficaram desabrigadas, sem água tratada e em risco de proliferação de doenças. Foto do nocaleidoscopiodalilian.blogspot.com
Atualmente, Laranjal do Jari é a 3ª maior economia do Estado do Amapá e um dos municípios mais próspero. De ricas belezas naturais e com um grande potencial de desenvolvimento socioeconômico e turístico. Dentre os eventos culturais locais destaca-se o "Festival da castanha", realizado no mês de maio, onde se pode conhecer e saborear as diversas iguarias preparadas com o produto.
Dados do Município
Características
Nome oficial
Município de Laranjal do Jarí
Lei de criação
7.639, de 17 de dezembro de 1987
Limites
Norte: Guiana Francesa e Suriname
Sul: Vitoria do Jari,
Leste: Mazagão, Pedra Branca do Amapari
Oeste: Almerim (Pará)
Área
31.170,3 km²
População (IBGE 2010)
39.805 habitantes (recenseada e estimada)
Distância da capital
212 km
Produção
Extração mineral, madeira e castanha
agricultura de subsistência, e em maior proporção o comércio varejista
Transporte
Rodoviário, fluvial e aéreo
Aeroporto
04 campos de pouso reconhecidos pelo DAC
Clima
Tropical chuvoso
Eleitores20.752
Temperatura
Média entre 23 a 40°C
Atração turística
Cachoeira de Santo Antônio e passeios de "catraia"
FONTE:  
ibge.gov.br 
laranjaldojari.ap.gov.br 
Plano de Desenvolvimeno Local, Integrado  Sutentável de Laranjal do Jarí (DLIS/1999)
Biblioteca Ambiental da SEMA/AP (Macapá)
Revista Perfil dos Poderes (Estado do Amapá) - Edição 2006 
OBS: Algumas informações estão desatualizadas. É interessante, para quem busca dados estatísticos, que se pesquise o site IBGE Cidades.

LENDAS DO AMAPÁ - A BACABA

Luta de Bacabá com Catamã. O índio enfrentou
o feiticeiro para livrar sua tribo...
Contam as lendas que na Serra do Tumucumaque existia a tribo dos Badulaques, pequena e fraca, sem muitos guerreiros e cujo chefe, cacique Cabaíba, preferia viver em paz sem invadir as terras de outras tribos. Era considerada uma tribo sem valor e por isso não participava do Grande Conselho das tribos.

Um dia a desgraça se abateu sobre todas as tribos da serra. Poucos se lembravam da grande batalha travada entre o deus Tupã e Catamã, a entidade do mal. Contavam os anciãos que, na batalha, tinha sido devastada uma grande área além da Serra do Tumucumaque e que a luta entre o bem e o mal durara muitas luas até que Tupã, usando de toda sua magia, conseguira aprisionar Catamã no topo da serra por um período de cem anos.

Diziam ainda os anciãos que depois desse tempo de guerra, a fome e a doença atingiriam as tribos, prenunciando a volta de Catamã, que tentaria reerguer seus domínios por toda a terra, mas que um guerreiro, nascido em tribo pequena, se sobressairia dentre todos os seus irmãos em caçadas e lutas, podendo vencer o mal e lançá-lo novamente à sua prisão. Os prenúncios da desgraça chegariam quando Catamã já tivesse cumprido três terços de seu exílio, e assim ocorreu.

Primeiro uma grande doença se abateu sobre as tribos. O mal atacava principalmente os pés e as mãos, impossibilitando os guerreiros, assim como mulheres e crianças, de se locomoverem. Logo não puderam mais segurar o arco e a flecha para caçar e centenas morreram de fome.

Depois vieram as guerras. Tribo contra tribo. As mortes se sucedendo e as nações indígenas enfraquecendo-se cada vez mais. Na época também a tribo dos Badulaques foi atingida e muitas mulheres morreram. Tarirã, uma das esposas do cacique Cabaíba, estava grávida de muitas luas e o cacique temia que fosse atingida pelas pragas ou morta pelas lanças dos guerreiros inimigos. Numa noite Tupã foi até o cacique e em sonhos disse-lhe:
- Teu filho será um bravo. Irá se sobrepor à todos os guerreiros e se chamará Bacabá. Somente ele poderá livrar a nação do mal e destruir para sempre a encarnação da perversidade.
 
PARNA Montanhas do Tumucumaque
Por três noites os membros da tribo dançaram, agradecendo a dádiva de Tupã. Duas luas depois nasceu o menino, que cresceu e foi treinado nas mais diversas práticas de combate, assimilando com incrível facilidade os ensinamentos dos pajés e anciãos. Manejava o arco e a flecha como se tivesse nascido para caçar. Sua grande vitória foi quando o conselho o designou chefe de todas as nações indígenas.

As maldições de Catamã continuavam. Certa noite um feiticeiro apareceu na forma de um feroz cachorro do mato e entrando na tenda do chefe matou Tarirã, que já se encontrava em idade avançada. Pela manhã o corpo da índia foi encontrado dilacerado e Bacabá, furioso, entoou seu canto de morte, que atravessou os vales. Estava iniciado o confronto.

Pela manhã, Bacabá reuniu-se com o Grande Conselho, anunciando que iria enfrentar Catamã no topo da serra. O pajé, tocado pelo deus Tupã, deu-lhe um saquinho de couro contendo a mistura de muitas ervas, que deveria ser jogada no olho da divindade, tornando-a cega. Depois de despedir-se de seus irmãos de sangue, Bacabá armou-se de uma lança, arco e seus apetrechos de guerra e saiu no rumo da serra. Quando alcançou o topo, a figura de um imenso cachorro do mato atravessou-lhe à frente. A fera, com olhos injetados de sangue investiu contra o índio, iniciando uma batalha. Embaixo, milhares de guerreiros assistiam a tudo. Tupã proveu Bacabá de poderes para fazer frente à divindade do mal e o local da batalha transformou-se em uma imensa clareira. Contam os índios mais velhos que a contenda foi terrível. Durante duas noites o confronto prosseguiu e depois o silêncio foi total. Os guerreiros, temerosos, esperavam que o vencedor se manifestasse. O silêncio, no entanto, reinava no cume da Serra do Tumucumaque.

... e da sepultura de Bacabá nasceu a bacabeira
O cacique Cabaíba reuniu seus bravos e subiu à serra, seguindo os rastros de destruição, até que sobre um amontoado de pedras encontraram um imenso cachorro, com os olhos arrancados e uma lança cravada no peito. A seu lado o corpo do guerreiro, dilacerado pelas garras e dentes do monstro. Bacabá venceu, mas a façanha lhe custou a vida. Seu corpo foi sepultado ao lado da mãe, em um cortejo que reuniu milhares de guerreiros, todos lhe prestando a derradeira homenagem.

Muitas luas se passaram até que o cacique Cabaíba, sentindo a perda do filho, foi vê-lo. No local onde tinha sido sepultado, havia, por benevolência e homenagem de Tupã ao mais bravo guerreiro da face da terra, uma palmeira solitária com as folhas em forma de lanças, da qual sobressaíam-se flores de cor branco-amarelo e frutos pequenos avermelhado-escuros. O chefe Cabaíba recolheu os frutos e mandou as mulheres da tribo fazerem um vinho que chamou de bacaba. Da bacabeira, de caule forte, como os braços do guerreiro,são feitos arcos e lanças, que, dizem as lendas, serem abençoados por Tupã.
  
Fonte: Texto extraído do livro "Amapá, cultura, poesia e tradição" de Maria Vilhena Lopes & Deisse GemaqueValente Andrade / Edição de 1997).

sábado, 4 de junho de 2011

BIBLIOTECAS - A Biblioteca da Prefeitura Municipal de Macapá

As bibliotecas têm, ao logo da história, importante papel na difusão do conhecimento. Sem esses centros, boa parte do saber não se propagaria e teria se perdido em algum momento.
Os livros são importantes tanto para a formação cultural como a formação de uma pessoa como cidadã, e é na biblioteca, em meio a todos os livros que um mundo diferente é descoberto pelas crianças, adolescentes e adultos.
Monteiro Lobato expressou bem, em sua célebre frase, a importância das bibliotecas para a sociedade:
"Um país se faz
com homens e livros"
Por mais opções e comodidade que a internet ofereça, nada melhor que ter em mãos o livro para a leitura e estudo. A internet também não faz parte da rotina da maioria dos brasileiros.
Aqui em Macapá, poucas são as bibliotecas. Uma das opções,  ainda pouco conhecida por grande parte da classe estudantil e sociedade em geral, é a Biblioteca da Prefeitura Municipal de Macapá, junto com a Coordenadoria Municipal de Cultura.

Sua localizaçao é no Bairro Central, na esquina da Rua Eliezer Levi com Av. Mendonça Furtado, próximo ao Cemitério Nossa Senhora da Conceição.
Google Mapas (2011)
Está aberta à visitação de segunda à sexta-feira:
Das 8 às18 h.
O prédio é modesto e  precisa de alguns reparos, principalmente na iluminação.
Apesar do espaço pequeno, a biblioteca tem um rico acervo na área de história, cultura e literatura.
Encontramos uma coleção de textos e fotos antigas que fazem um resgate da história desta cidade e estado.

Seria muito importante que a biblioteca tivesse um computador e scanner para  a digitalização dos textos e fotos. Documentos que podem desaparecer nas páginas amarelas do tempo.
O acervo também é vasto na literatura e obras infanto-juvenis. Destaque para a cultura amapaense.

 Exemplares da coleção de fotos do acervo.

 Acervo Infantil e Literatura

Este é o Flexa, responsável pela Biblioteca. Com ele trabalha uma equipe de 06 pessoas.
Para os amantes da literatura, olha aí um prato cheio...digo, uma estante cheia!!!

Esta é a Biblioteca da PMM, um importante centro da cultura de Macapá e do Estado do Amapá.

Meu endereço (Zé Miguel)

 
Meu Endereço
(Zé Miguel e Fernando Canto)

Meu endereço é bem fácil
É ali no meio do mundo
Onde está meu coração, meus livros, meu violão
Meu alimento fecundo
A casa por onde paro
Qualquer carteiro conhece
É feita de sonho e linha 
Que brilha quando anoitece
Na minha casa se tece
Mesura na luz do dia
Pra afugentar quebranto na hora da fantasia
É fácil o meu endereço 
Vá lá quando o sol se pôr
Na esquina do rio mais belo
Com a linha do equador

Veja também:

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Macapá, minha cidade!

Em 1997 a Prefeitura Municipal de Macapá (através da SEMAT) elaborou e distribuiu um folder promocional sobre a cidade. O texto aborda alguns aspectos importantes sobre a história, cultura e turismo.  O material foi pesquisado no acervo da Biblioteca Municipal de Macapá.
Um pouco de Macapá!

Folder da PMM (1997)
O nome Macapá é uma variação de Maca-Paba, que na língua dos índios quer dizer estâncias das Macabas ou lugar de abundância da bacaba. Bacaba é um fruto gorduroso, originário da “bacabeira”, palmeira nativa da região, de onde se extrai um vinho de cor acizentada, típica e muito saborosa. Mas, antes de achar-se Macapá, o primeiro nome oficial dado a estas terras foi “ADELANTADO DE NUEVA ANDALUZIA” em 1544 pelo então Rei da Espanha Carlos V, numa concessão a Francisco Orellana, navegador espanhol. A história da cidade de São José de Macapá remonta os idos coloniais e está relacionada com a defesa e fortificação das fronteiras do Brasil e com a preocupação em garantir a fixação do homem às terras brasileiras. No Extremo-Norte do Brasil formou-se o primeiro núcleo de colonização portuguesa em 1738, após sérios conflitos com os franceses de Caiena. 
Para quem não conhece, esta é a bacaba. Não é tão consumida quanto o açaí e dela veio o nome Macapá. O litro na cidade está em torno de 4 reais (2011).
Este primeiro núcleo pertencia a então província do Grão-Pará, cujo Governador João de Abreu Castelo Branco, enviou um destacamento militar para o local onde se encontra hoje a Fortaleza de São José de Macapá. Periodicamente, um destacamento substituía o outro e assim foi garantida a colonização desta região.
Em 1751, o Governador do Grão-Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, continuou a colonização trazendo alguns casais de colonos das Ilhas de Açores para ocupação do povoado, nascendo assim a Vila de São José de Macapá em 1758.
Fundação da Vila de Macapá, em 04 de fevereiro de 1758 (Ilustração do livro "História do Amapá" , de Fernando Rodrigues dos Santos).
Em 1841 foi criada a Comarca e em 06 de setembro de 1856 foi elevada à categoria de cidade pela Lei nº 281 do Estado do Pará. No dia 13 de setembro de 1943, foi criado o Território Federal do Amapá. Em 31 de maio de 1944, Macapá foi promovida à categoria de capital do Território, hoje Estado do Amapá.
Marco Zero do Equador
Macapá é a única capital brasileira que está a margem esquerda do rio Amazonas e que é cortada pela linha do equador. Altitude 15m em relação ao nível do mar, latitude 00º. Tem uma área de 6.408,517 km2 e uma população de 398.204 habitantes (Censo 2010). Clima equatorial, quente e úmido. Tem como destaque na sua economia a Zona de Livre Comércio, onde se encontra uma fantástica variedade de produtos importados. As lojas estão concentradas no centro da cidade. Os empresários realizaram em 1997 o “I Feirão de Importados”, na última semana de setembro. A cozinha macapaense tem como base alimentar o peixe, o açaí, a farinha, o tacacá, a mujica e a maniçoba.
Área comercial (Rua Cândido Mendes)
A arte e a cultura são envolvidas de muitas crenças e muitas lendas. A pintura retrata os flagrantes do homem amazônida, monumentos históricos, lendas, personagens ilustres através de várias técnicas, inclusive a utilização de resinas naturais extraídas dos vegetais regionais. Na produção artesanal destaca-se a cerâmica revestida com manganês e titânio e as cestas, tipitis, peneiras que são feitos com fibras de cipós, de Guarumã do buriti, olho do tucumanzeiro, junco, sisal e outros.

Na música, os cantores da região valorizam a sua terra através de suas belas composições. A dança característica é o “marabaixo”.

Macapá espera por VOCÊ!

Artesanato: Cestaria (Acervo Biblioteca SEMA)
Curta a brisa e o amanhecer á margem do maior rio do mundo, tire retrato no hemisfério norte e no hemisfério sul ao mesmo tempo no monumento Marco Zero, saboreie o camarão no bafo no Balneário de fazendinha, delicie-se com o entardecer e o revoar das andorinhas no centro da cidade, de uma volta pelo complexo Beira-rio e aprecie a exuberância da paisagem deste pedaço de chão brasileiro que é MACAPÁ, jóia preciosa da Amazônia.

Tirinhas dos CABUÇUS (Diário do Amapá/1998)

Eita Mano! Os cabuçus são a dupla mais bacana do norte do país. Esses caboco criado no cardo da gurijuba e no açaí do pai-d'égua aprontam de montão com suas fuleragem. Além de humoristas, já foram apresentador de TV (aqui e no Pará), são radialistas e vez por otra são ator no teatro, inclusivio na peça "Bar Caboclo", e até da novela, como naquela em que participaram, que era a "Mãe do Rio".  Te méééééte!!
Ah! também são cantores, com pérolas da cultura como o hit  cabuçú "Égua, não, olha!". 
Vixe, aqui tá umas tirinha deles, publicada no Jornar "Diário do Amapá" de 18/09/1998. O desenhista é o Honorato, que faz desenho dos di bacana e nos trink.
Ta cééértuo!!!! 

 Os Cabuçus

Veja também:

quarta-feira, 1 de junho de 2011

NOTAS DO AMAPÁ - Semana do Meio Ambiente

Mês de junho e mais uma vez no dia 05 se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Se você não sabe, a data foi recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente realizada em 1972, em Estocolmo (Suécia). Por meio do Decreto 86.028, de 27/05/1981, o governo brasileiro também decretou que neste período em todo território nacional se promovesse a Semana Nacional do Meio Ambiente.
Uma data para promoção da consciência ecológica, através de diferentes ferramentas da educação ambiental. O cidadão precisa conhecer seu papel quanto agente de mudanças e a importância destas para ele próprio. O governo  precisa,  essencialmente,  formular políticas realmente comprometidas com a questão ambiental, dando condições também para que se cumpram em todo território e "à todos".
Num país continente como este, foco de cobiça e propaganda enganosa, vemos um desmatamento crescente em desacordo com o slogan de nação verde. Ambientalistas são sumariamente assassinados por tentarem ser agentes de mudanças  e as questões ambientais tramitam no cenário político nacional como  verdadeira palhaçada, com brigas homéricas em nome de interesses escusos e claramente partidários, como na novela (de quinta) da aprovação do novo código ambiental brasileiro. Vemos o interesse ambiental (como preservação), senhores, ficar em segundo plano, atrás do interesse partidário.
No Amapá, pressuposto estado brasileiro mais preservado, a Semana do Meio Ambiente será realizada de 06 à 10 de junho pela SEMA. Entre as atividades previstas está a realização do 4º Click Ecológico (concurso amador de fotografias, com o tema  "A Natureza em Arte") e debate para formulação de políticas comprometidas com o ambiente. Não só bonitas no papel, mas em plena promoção do bem coletivo e da preservação ambiental. 

Desejamos e esperamos isso. 
É o que queremos
para nosso país,
nosso estado
e nossa cidade,
enquanto cidadãos esperançosos
de querer testemunhar
boas coisas
no presente...

Fotos do I Click Ambiental (2008):
"Rio em Tessalônica" (Frank Costa) - Arquivo SEMA
"Recanto do Curiaú" - Arquivo SEMA
Fotos do II Click Ambiental (2009):
"Porto de Santana" (Everton França Pinheiro) - Arquivo SEMA / Vencedor Categoria Artificial
"Anoitecer na cachoeira em Calçoene" (Luiz Carlos Maia Cardoso) - Arquivo SEMA / Vencedor Categoria Natural
 Fotos do III Click Ambiental (2010):
"Desenho de Deus" (Maksuel Martins) - Arquivo SEMA / 1º Colocado
"Espelho" (Plácido de Assis B. Vieira) - Arquivo SEMA / 2º Colocado
Cartazes da Semana do Meio Ambiente

                                  Cartaz de 2002                                        Cartaz de 2004
 
                                     Cartaz de 2009                                            Cartaz de 2010
Cartaz de 2011 - O tema é "Gestão Ambiental Compartilhada"
Às crianças devemos dar um ambiente melhor do que nos foi dado.

"A Floresta Bonita" - Desenho de Isabelly Castelo.