As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Manejo de Açaizais Nativos (Folder)

Um Folder do Instituto Estadual de Florestas do Amapá & EMBRAPA
Mostra:
- Considerações gerais do manejo
- Limpeza da área
- Raleamento da Vegetação
- Desbastes nas touceiras
- Obtenção de Mudas
- Manutenção do açaizal

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ministério de Louvor Cantares (Rei Meu)

REI MEU 
(Música de Aline Barros)

Toda Terra está cheia da Tua Glória
Os céus declaram a Tua grandeza, Rei meu e Deus meu
Eu nasci pra Te adorar e o teu nome proclamar
Quero ser um instrumento Teu, Rei meu e Deus meu

Deus me chamou, eu disse: eis-me aqui
Vou Te adorar
O meu Prazer é Te servir

Não consigo mais viver um segundo sem Te ter
Meu coração precisa mais de Ti, Rei meu e Deus meu
Meu desejo é estar aos Teus pés e Te adorar
A minha vida está em tuas mãos, Rei meu e Deus meu
A Tua vontade é o que eu mais quero
Cumpre em mim o Teu querer
A Tua vontade é o que eu mais quero
Cumpre em mim o Teu querer

No Amapá existem também muitos evangélicos e jovens talentosos na música. O Ministério de Louvor Cantares surgiu em 2005 com o propósito maior de louvar e pregar o amor, compaixão e justiça de Deus. No vídeo uma apresentação no Verão Gospel 2010 em Macapá. Mais informações desse grupo em ministeriodelouvorcantares.weebly.com
Uma juventude bonita e talentosa envolvida nesse propósito 
de louvor e evangelização!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

BIBLIOTECAS: A Biblioteca Ambiental de Ferreira Gomes

O Município de Ferreira Gomes foi criado pela Lei Federal Nº 7.639 de 17/12/1987, distancia-se cerca de 140 km de Macapá (no traçado da BR-156), destacou-se pela condição estratégica que desempenhou como entreposto rodoviário e tem uma população estimada em 5.772 habitantes (IBGE 2010).
A SEMA desenvolve um importante projeto de Bibliotecas Ambientais nos Municípios, surgido da parceria entre as Prefeituras, Governo Estadual e instituições afins.  O objetivo é dar condições técnicas para que os municípios promovam sua gestão ambiental, em especial sua política de educação ambiental, além de dar suporte à classe estudantil, professores  e comunidade em geral na pesquisa ambiental.


Em 2010 foi realizada a implementação e reinauguração da Biblioteca Ambiental de Ferreira Gomes, segundo solicitação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (tendo como Secretário Wanderlei Mira Rabelo).
A Equipe da Biblioteca SEMA (NIDA), respectivamente, Nelsiana, Rogério, Edgar e João (motorista). O período foi em 27 a 30/04/10, na gestão do Secretário da SEMA Wagner Ribeiro e do Gerente do NIDA/SEMA José Denilson.
A Biblioteca foi instalada na sede nova da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA), em reforma.
No ano de 2002 ocorreu a implantação pelo Gerente do NIDA/SEMA e idealizador do Projeto Bibliotecas Ambientais Paulo Sérgio S. Figueira. Com o passar do tempo, sem a assistência técnica, a biblioteca foi se transformando em "depósito de livros". No detalhe, Wanderlei (Secretário da SEMMA), que guardou os livros remanescentes e solicitou a implementação à SEMA.
 
 
...Sempre muito trabalho!!!
Egdar e Nelsiana.
 Esta é a Biblioteca Ambiental do Município
de Ferreira Gomes.

Registro aqui este bonito monumento encontrado na cidade,
às margens do Araguari.
Lembrança  do Livro Eterno....
Melhor e essencial Biblioteca a todos os seres humanos!!!!
OBS.: Este ano houve alagamentos na cidade (2011) decorrentes das chuvas intensas. No momento, não sei como se encontra as reais condições da Biblioteca. Desejo que este povo, de quem tenho ótimas lembranças, esteja na benção de Deus!!!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

LENDAS - Juro que vi - O Boto

Um desenho com uma estória do boto. Essa animação é legal pois não tem diálogos, há professores que usam no ensino especial. Fazem parte dessa série também ("Juro que vi"): O Curupira, Matinta Perera, IaraO Saci.

Animação produzida pela MULTIRIO, vencedorora de várias prêmios (como o ANIMA MUNDI 2005), com a direção de Humberto Avelar e a narração de Regina Casé.

As lendas oferecem um campo de estudo sempre muito válido na introdução à literatura. Assim foi comigo. Há os que falam de "alienação", mas tem que se ver os objetivos e causas por que se descrevem. 

terça-feira, 21 de junho de 2011

HISTÓRIAS DA VÓ NIKITA: Castelos em Macapá...

O destino e suas faces!

Acreditamos em tantas coisas... Sonhamos em alcançar o que nos faça felizes, buscamos e nos empenhamos na caminhada. Nossa história vai se construindo nesta lida diária e, muitas vezes, nem percebemos que de coisas simples e, às vezes, corriqueiras, novos caminhos vão surgindo, uma história vai se iniciando e a gente vai conhecendo uma face nova do destino. Os sonhos podem ser grandes, maiores, porém, são os desígnios de Deus! Cabendo a nós, envolvidos em mil nuances diante destas portas que se abrem, com ou sem nossa vontade, caminhar firmes, aprendendo, transformando, construindo e sempre optando pelas boas coisas.

"Palafita" - Foto de Nil Muniz
Foi um simples evento que determinou a vinda de minha avó Ana para cá, dando continuidade à construção de sua família: os Ferreira-Castelo do bairro do Trem em Macapá, outrora, ribeirinhos lá nas bandas do Jacarezinho, tantas gerações seguidas e muitos anos atrás.

São lembranças da Vó Nikita todos os acontecimentos aqui presentes.  Rotineiros também na época de sua bisavó Ana e avó Tereza (essa é a culpada do apelido que minha avó nunca gostou e que vou retratando aqui).

"Palafita" - Tela de Manuel Fernando Croskey 
Alexandre Paulo, seu pai (meu bisavô, que tive o prazer de conviver por um tempo) era um homem de singular descrição: branco, loiro, olhos claros e de uma beleza notável principalmente por seu caráter. Era trabalhador, de bons exemplos, gentil, parecendo ter sempre nos lábios um eterno sorriso. Tinha um irmão gêmeo, mas estes só conviveram até a adolescência. O destino mostrou uma de suas faces e levou Pedro Paulo. Homem de fé forte, isso lhe valeu sempre, principalmente nos momentos difíceis de sua vida. Sua vista perdeu-se para sempre quando estava em pleno vigor de seus quarenta e poucos anos, mal que também acometeria minha avó, e mostrou-se forte em seus momentos finais de vida, com a destruição em seu corpo por esse mal que chamamos de câncer. Assim era Alexandre, bonito por sua fé e gentileza. Seu casamento com Vó Marieta durou mais de cinquenta anos. Esta também tem em suas características fatos a descrever: morena, dessas caboclas interioranas com os cabelos compridos e aparência com traços indígenas. Mesmo em sua avançada velhice não teve cabelos brancos... e sem apelar para tinturas. Seu retrato não foge do que é típico nessas bandas do norte, onde as morenas não são altas, com cabelos negros, encaracolados ou lisos, e donas de uma brejeirice a “mundiar” o caboclo. Fala-se tanto do boto, mas não é páreo aos encantamentos de uma bela amazônida com um olhar sedutor a lhe conquistar.

Esse é o casal que vivia às margens do Jacarezinho, meus bisavós maternos, em um barracão muito simples e tão escondido naquelas curvas do rio.  Testemunhas e personagens dessas histórias que estou a lhes contar.

"Amazônia" - Tela de Cecília Queiroz
Não quero mostrar um quadro enganoso, era muito difícil a vida naqueles tempos. Muito difícil mesmo!! Tudo era isolado e sem ajuda diária, valendo-se da força de vontade e providência divina para sobreviver. A malária não dava tréguas, o caboclo podia ser acometido várias vezes. Um local de leishmaniose, pesadelo e perigo circundante naquelas matas, outro mal muito temido. Morria-se de sarampo, de meningite, rubéola e febres desconhecidas, que jogavam o caboclo na rede e o prostravam de maneira sofrida ou irreversível. E ainda não falamos dos encontros com a combóia, escorpiões, arraias, os vampiros... A raiva é até hoje um mal sem cura. O ribeirinho preferia enfrentar o sucuriju com o terçado em mãos do que cair nas mãos do destino num triste episódio de ser picado por esses bichos. Hospitais e médicos eram muito distantes, só nas cidades, dia e meio de remada e de muito sol na cabeça. Uma vez por ano é que apontava por aquelas bandas algum batelão com padre, médico e, quem sabe, juiz. Época de batismos, casamentos e "consulta com o dotô". Pouco tempo de cidadania, grande período de ostracismo...

"Barracão" - Desenho de Rogério Castelo
Euclides da Cunha fincou pés também nesse mundão verde da Amazônia e conheceu um pouco da realidade desse povo à margem da história. Se viu no sertanejo um forte, pode testemunhar que o ribeirinho é um bravo.

Nesse contexto que vivia Alexandre, esse ribeirinho bravo em lutar pelos seus. Foi seringueiro, "soldado da borracha", num tempo em que o mundo explodia na crueldade da guerra. A borracha tinha valor e, como ele, muitos homens entravam nas matas para colher o látex. Todo dia a rotina. Pegava seu facão e cedinho estava em busca das árvores. Riscava  mais  de cem, deixando a seiva cair no cadilho. No caminho inverso, ia recolhendo no balde o que tinha escorrido. Muito trabalho... Quando terminava soava a sapopema ao longe, avisando para os seus de sua vinda. Ana, uma de suas filhas (minha avó), corria a preparar-lhe o café com farinha e, junto com os irmãos,  acendia  o braseiro para a borracha. Do que era colhido formavam umas bolas e todo final de semana vendiam. Tantos dias como esse... Isso durou enquanto Alexandre tinha as vistas. O destino mostrou mais uma face difícil e tirou-lhe da condição de provedor da família, passando a ser cuidado por sua esposa Marieta e filhos. 
 
Seringueiros (respectivamente, ilustração do Pará Histórico e desenho de Percy Lau)

O que o sofrimento não destrói, fortalece, e de forças em Deus que Alexandre sobrevivia com sua família nas margens do Jacarezinho, rio no grandioso Estado do Pará.  
Fui testemunha de sua fé, todo dia fazia orações em vários momentos. Quando passou uns dias em casa, preparava-lhe um pequeno oratório e o conduzia até lá. Não o vi falhar ou faltar com o ânimo nisso.
Alexandre deu seu adeus no ano de 1984, muito debilitado, mas sempre contínuo na fé.  Em sua história muitos fatos que sempre gostei de ouvir e me por a imaginar. 
"Sapopema" - Foto de biblioteca.ibge.gov.br
Conta-se que certa vez em que estava sozinho no trapiche em frente ao barracão, lá no lendário Jacarezinho, ouviu um barulho no matagal próximo, estalos de pau quebrando. Aguçou os ouvidos e percebeu vir em sua direção passos rápidos e pesados. As tábuas do trapiche rangeram ante o peso das passadas apressadas, seguidas de uma respiração profunda e muito sonora a cercar-lhe. Seja o que fosse não respodia às perguntas feitas e ouvia-se apenas aquela respiração cansada e puxada rodeando-lhe sem dizer-lhe palavra. Seu corpo arrepiou-se com o frio sentido, indícios do medo, mas sua fé foi sua força  e com atitude de oração afastou aquilo dali.
Todos daquele barracão cresceram como homens e mulheres fortes. As circunstâncias fizeram de todos caboclos "virados". Todos os ofícios eram desempenhados. Alexandre formou uma família de trabalhadores e não faltou a manutenção em seu lar quando suas vistas se foram. Seus filhos eram Nilzinho (Sebastião), Lóla (Maria Vitória), Ana, Mundinha (Raimunda), Raimundo (Badat) e Lourival.
Os ofícios da vida ribeirinha foram aprendidos. Só não lhes foi dada a oportunidade de estudo quando crianças e adolescentes. Nos fenômenos naturais quanto desconhecimento... Foi numa situação engraçada que viram o eclipse lunar pela pimeira vez. Quando a lua começou a ficar vermelha, Alexandre chamou a filharada e começaram a rezar no trapiche... até que tudo voltou ao normal!! Só depois que explicaram-lhe o fenômeno. E o eclipse solar... Ah! esse foi uma verdadeira lenda. Os seringueiros na mata viram aquele dia claro começar a fechar estranhamente. Chuva? No regresso para casa anoiteceu repentinamente. As galinhas e jacamins estavam todas recolhidas ao puleiro e árvores altas... em plena manhã, com aquela noite misteriosa. As sapopemas ecoaram ao longe, eram os caboclos perdidos na mata, sem poronga e sem visão de nada. Da casa batiam as panelas e paus para tentar orientar o caminho. Tão repentina quanto começou, foi o fim daquela breve noite. As aves desceram ao terreiro e tudo voltou ao normal... fora o susto.
Voltemos nossa atenção para Ana. Daquela geração é a última e dela passo a narrar daqui para frente.....


continua .....

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A Flor e o Beija-flor (Zé Miguel e Ana Ariel)

 
A Flor e o Beija Flor 
(Zé Miguel / Joãozinho Gomes)

Que maneira de chegar
Justo na roseira
Cujas rosas vou beijar
Antes das abelhas

Sem querer me envolver com teu perfume
Sem querer nos espinhos me arranhar
Vou voar e colher o teu açúcar
Sem poder pelo menos te tocar
Tu não desabrochou pra mim

Maravilha da flor que espera
Beijo do beija-flor quisera
Simplesmente tocar o teu botão.

domingo, 19 de junho de 2011

A Biblioteca SESC / CENTRO em Macapá (Biblioteca Nunes Pereira)

O SESC é uma entidade, voltada ao comerciário e sociedade em geral, que atua nas áreas da educação, saúde, lazer, cultura e assistência.
Reconhecidamente, desde sua criação em 1946 (Decreto-Lei Nº 9.853), vem promovendo diversos eventos que permitem o acesso a cultura e assistência social em diferentes níveis. Isso tem sido realizado através de seus projetos e programas, sendo exemplos disso o Odonto/SESC, Mesa Brasil/SESC, Biblio/SESC, entre outros.  

Os projetos e programas do SESC objetivam
a promoção da melhoria da qualidade de vida.
A entidade mantem base em todas as capitais estaduais e sua implantação no Estado do Amapá ocorreu no ano de 1977.

Quando tratamos de acervo bibliográfico, o SESC é uma das entidades que mantem uma das maiores rede de bibliotecas no país. Além das bibliotecas instaladas, apresenta também um importante projeto de biblioteca volante (Biblio/SESC), permitindo ao cidadão de bairros e comunidades afastadas (principalmente crianças e adolescentes)  o acesso à leitura. Os detalhes sobre as bibliotecas volante serão tratados em outro momento.

Em Macapá temos duas Bibliotecas SESC, sendo uma delas a Biblioteca SESC/Centro Nunes Pereira.
  
Eis a Biblioteca SESC/CENTRO Manoel Nunes Pereira,  instalada no andar superior deste edifício. No térreo encontramos um restaurante e o Projeto Botequim.
A localização é na Av. Padre Júlio Maria Lombard (esquina com a Rua General Rondon), Nº 2009 - Bairro Central, em Macapá - AP.

Horário de funcionamento: 9h às 18h, com os serviços de consulta, pesquisa, cadastro (comerciários) para empréstimo e devolução de livros.
Entre romances, contos, poesia, livros, folhetos, história, biologia, ciências, enciclopédias, dicionários e outros, ENCONTRAMOS NO ACERVO:

- Literatura Estrangeira
- Literatura Brasileira 
- Literatura Amapaense
- Livros Didáticos
- Hemeroteca (Recortes de Jornais)
- Periódicos (Revistas e Jornais)

  
Quanto conhecimento,
quanta história,
quanta vida,
se revelando
nesses corredores
nas páginas dos livros....

Encontramos publicações em temas variados.

Espaço para a Literatura Amapaense.

 
História, Biologia, Literatura, muita coisa nestas estantes...
Paisagem literária...
Uma boa coleção sobre pensadores...
Algumas destas obras não são encontradas facilmente!
Periódicos da biblioteca.
Jornais e livros diversos.
José Clementino (parceiro de andanças pelas bibliotecas).
Na HEMEROTECA (recortes diversos) encontramos textos sobre os municípos, bairros, cultura, saúde, ICOMI, etc. Documentos que sempre resgatam um pouco da história deste Estado.
Este é o Luís, funcionário da Biblioteca SESC/Centro.
 Psicologia também tem seu espaço.

Aqui, Elcy Cardoso, responsável pela biblioteca (2011). O acervo recebe também a assistência técnica e gerenciamento de Bernadeth
(Bibliotecária do SESC em Macapá).

Uma boa surpresa! Encontrei este livro que foi leitura obrigatória no vestibular que fiz... No século passado, em um tão remoto 1992.....
"A sombra dos castanhais", de Laises do Amparo Braga.

Sala de leitura.
Estacionamento das bikes.
Informativo da Biblioteca SESC/Centro
Esta é a Biblioteca SESC/Centro em Macapá. Mais uma boa opção para estudo e acesso a leitura para a sociedade amapaense.

Agradecemos a atenção e recepção dada aos técnicos da Biblioteca SEMA (Rogério Castelo & José Clementino) por Elcy Cardoso, Luís, Bernadeth e Michele Lobo (funcionários do SESC), no acesso às informações e acervo, para a realização desta postagem.