As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Tem boto na rede do Tunico (Vídeo)

A Amazônia e seus cenários,
sempre com muitas lendas conhecidas.
1) São Tomé do Macacoari (Itaubal do Piriri-AP )/ 2) Mangal das Garças (Belém-PA)
3) Rio Araguari (Ferreira Gomes-AP) / 4) Igarapé da Fortaleza (Macapá-AP) 
5) Cachoeira Grande (Calçoene-AP) / 6) Maracá (Mazagão-AP)  
7) Foz do Macacoari (Itaubal do Piriri-AP)
Fotos "batidas" por Gregor Samsa
Como admirador destas estórias, prestigio aqui este curta-metragem amador filmado em Ponta das Pedras (Marajó/Pará). Conta-nos a história de uma jovem chamada Raimunda (Mundica) que morou um tempo em Belém e, retornando à sua casa no interior paraense, mostra-se cheia de manias, vindo acompanhada de um namorado nada acostumado com a vida ribeirinha. Mesmo querendo ostentar uma imagem diferente de si mesma não mudam suas raízes, desta forma, diz ser encantada pelo boto em uma noite, uma referência lendária na Amazônia à supostas traições.  É uma história divertida mostrando personagens comuns: o caboclo, seus costumes e gaiatices, a rezadeira e a vida simples do ribeirinho. O vídeo tem mais de 33 mil acessos no youtube, é de produção simples e divertido,  valendo uma boa conferida. Essa é a Amazônia, alguns de seus moradores e um causo sobre uma de suas lendas.


Criação: Associação Cultural Dalcídio Jurandir
Elenco: Alice Felix (Mundica) / Jorge Castro (Armando) / Bruno Mendes (Tunico) / Iza Teixeira (Dona Joana) / Lulu do Trombonhe (Abelardo) / Letícia Morais (Anastácia) / Rayssa (Augusta) /  Pedro Jr (Antônio) / Marialba Ribeiro (Dona Dinha) / Adelino Sarges (Boto)
Direção: Pedro Harlei / David Oliveira / Erivelton Lalor
Edição: Anderson Tavares / Erivelton Lalor
Operador de Câmera: Erivelton Lalor / Anderson Tavares

domingo, 17 de junho de 2012

Exposição de Frank Asley (Biblioteca Pública Elcy Lacerda - 2012)

A Biblioteca Pública Elcy Lacerda é um dos principais centros culturais em Macapá. Atualmente, além do acervo literário, os visitantes estão tendo a oportunidade de conhecer também estas obras em exposição no hall de entrada. São telas do artista plástico amapaense FRANK ASLEY. Expressão em formas e cores fortes, com influências do cubismo e surrealismo, da alma humana à margem social. Nota-se também, em uma das telas a busca por algo melhor, um sonho possível? Se a arte é uma impressão ou impacto aos sentidos e sentimentos, certo ou errado, foi o que percebi.

01) Imcompreensão do Incompreensível (Óleo sobre tela - 80x120)
02) Indiferença (Óleo sobre tela - 80x120)
03)  Sublime (Óleo sobre tela - 80x120)

04) O Carapirá - O Catador de Lixo (Óleo sobre tela - 80x120)
05) Opressão e Submissão (Óleo sobre tela - 80x120)  

"Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte para ver a alma."
George Bernard Shaw
Valorize e conheça nossas bibliotecas.
Bem-vindos à Biblioteca Pública Elcy Lacerda!

sábado, 16 de junho de 2012

"DICIONÁRIO DE AMAPÊS: A língua falada no Estado do Amapá" (Cléo Araújo & Maria Zenaide Araújo)

ÉÉÉÉgua! Tu já viu esse livro matriculado que relançaram no Centro Franco-Amapaense no dia 06 de junho. Tufuste lá? É o DICIONÁRIO DE AMAPÊS, uma obra pai-d'égua que abarca uma trancada de palavras de uso regional. Abafu suprimo! Tá até o toco de verbetes (mais de 2500), com as devidas explicações, mostrando dados históricos, nomes científicos, explicações de frases e também termos de origem de tribos indígenas amapaenses. A obra está na segunda edição e foi escrita por CLÉO FARIAS DE ARAÚJO e MARIA ZENAIDE FARIAS DE ARAÚJO, dois irmãos que ficaram cuíra de entender esses termos regionais, desde bruguelos, e antão publicaram esta obra no maior caquiado, depois de cortar um dobrado (Ih... Deus defenda!). Cumé? Sabe adonde tem? Má rapaz...! Inda sabe não! Ah... Brincadeira! Chega de palmo em cima nas bancas de revista e livrarias de Macapá que logo avéra de tá lá à venda. Se não tiver... Puta merda!... Ulha disque já!! Tá, jabá! Num vem me iscrotiar!!! Pira paz...! Uh, minha mana! A valença que eu não sou rubilota, a módi que, já garanti o meu. 

OBS: Obviamente, todos os termos negritados são ilustrações presentes no dicionário. 
 O Livro é:
Título: Dicionário de Amapês - A língua falada no Estado do Amapá
Autores: Cléo Farias de Araújo / Maria Zenaide Farias de Araújo
Editora: CLÉOZEN
Páginas: 132
Ano: 2012
Temas: Dicionário Regional

No vídeo, a apresentação dos autores.

Imagens do evento (Edição: R. Castelo)


Fonte de consultas:

terça-feira, 12 de junho de 2012

Maycon Tosh & MC Poca na Semana do Meio Ambiente 2012

"No cenário mundial, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20) apresenta a necessidade de assegurar um comprometimento político renovado com o desenvolvimento sustentável, através de um processo avaliativo do progresso feito até o momento e das lacunas que ainda existem na implementação dos resultados dos principais encontros sobre desenvolvimento sustentável, além da abordagem dos novos desafios emergentes" (Folder da SEMA-AP)


Em 06/06/2012 a SEMA-AP realizou o evento "Sociedade Sustentável: Desafios para um novo tempo" onde se discutiu a Sustentabilidade no Estado do Amapá, com vistas ao desenvolvimento urbano, econômico, político, cultural e socioambiental. 
A seguir, a apresentação de Maycon Tosh e MC Poca no evento, dando seu recado sobre a importância e urgência da sustentabiblidade. Participação também de Samir de Tal no violão.



SOCIEDADE SUSTENTÁVEL
(Maycon Tosh e MC Poca)

 Economia Verde
Desenvolvimento Sustentável
Redução da Pobreza
Amapá +20
Vocês querem mudanças?
Vocês querem mudança já?
Cuide do ambiente junto com a gente

Sociedade Sustentável
Desafios para um novo tempo
Educação Ambiental vem do berço
Você tá ligado?
Você tá plugado?
Está conectado?
Vem vai ser legal!

PRESERVAÇÃO É O TEMA DOS MEUS VERSOS
EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE VEM MEU MANIFESTO
É PRECISO MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
ENTÃO MEU IRMÃO SE LIGA NO MOVIMENTO

A CONSCIÊNCIA AMBIENTAL VAMOS DESPERTAR
É O DESAFIO DO MILÊNIO TEM QUE SE LIGAR
VAI COLOCA EM PRÁTICA A CIDADANIA
UM MUNDO SUSTENTÁVEL NÃO TEM QUE SER UTOPIA

O DESMATAMENTO NÃO PODE SER FONTE LUCRO
DESTRUINDO A FLORA ISSO É ABSURDO
A ECONOMIA VERDE É NOSSA FORTALEZA
É UMA FERRAMENTA PARA COMBATER A POBREZA
SOCIEDADE SUSTENTÁVEL JÁ!!!!

Veja também:

sábado, 9 de junho de 2012

"O Guerreiro Tucujus" / "O Vento dos Açaizais" (Carlos Cantuária)

"A literatura é a expressão da sociedade, 
assim como a palavra é a expressão do homem."
(Louis Bonald)  
Onde estará Gregor Samsa? Ah! Lá está o fulano, na sua capa da invisibilidade.
Esta imagem é do "II Seminário Construindo o Programa de Literatura do Amapá" (março/2012) onde literatos trataram dos rumos da produção literária amapaense. Uma sugestão dada, que acredito ser de grande importância e chamou-me a atenção, foi o resgate de obras antigas publicadas nesse estado, que hoje estão no limbo do esquecimento. Segundo tratado, estas obras teriam (terão?) assistência do governo para serem divulgadas nas escolas e secretarias. Não sei o quanto disso se concretizará. Há sempre ardor nos discursos diante de públicos... Eu, que nada tenho com isso ou aquilo, fiquei muito curioso em conhecer estas obras. Nesse feriadão aproveitei para ler duas das antigas e resolvi postar aqui as modestas impressões.
Preciso dizer também que não sou partidário de ninguém, sou um leitor interessado em conhecer o que por aqui construíram em nossa literatura amapaense.
Os livros que dei uma espiada foram: "O Guerreiro Tucujus: Espírito do Passado" e "O Vento dos Açaizais" (romances) ambos de Carlos A. Sampaio Cantuária (que lembrei posteriormente ser também um político aqui).

"O Guerreiro Tucujus: Espírito do Passado" é um romance regional, publicado em 1989, ambientado no Amapá dos idos coloniais. Conta-nos a história de Laureano e Pérola, casal vindo das ilhas do Pará para firmar moradia nestas bandas. Aqui vão conhecendo a terra, costumes, lendas e a natureza. Destaque também para Antonio Tucujus, amigo do casal, que faz um papel de anfitrião  apresentando os saberes locais, como o batuque, quilombo, natureza e a lenda da negra montada no jacaré. A história não é linear e nem de trama aprofundada. Tal qual um romance naturalista, a terra com suas peculiaridades é o centro de tudo. Às vezes o autor foca o cenário natural, mais adiante a fuga de um escravo para o quilombo e até uma batalha no Arraial de Santana, sempre com ênfase aos defensores da terra. Relevantes também são os poemas intercalados entre as narrativas - suspiros poéticos do indígena, do escravo, etc. A obra encerra com um suposto rapto de um dos filhos do casal por aquela figura lendária mencionada. Nas entrelinhas percebermos, acima de tudo, uma homenagem aos formadores desta terra: o índio, o negro e os migrantes (caboclos vindos das ilhas paraenses). Personagens com seu valor, suas dificuldades e suas crenças nessas terras outrora habitadas pela extinta e valente nação indígena Tucujus.

Veja alguns fragmentos do livro, para ilustrar o que mencionei anteriormente:

"Águas barrentas, um infinito horizonte esverdeado. Os passageiros da pequena embarcação manifestavam uma imensa alegria depois de vários dias navegando pelo caudaloso e magestoso rio de águas escuras e barrentas. O Amazonas, que esconde milhares de segredos jamais descobertos e mistificados pelas lendas centenárias"

"O Tucujus falava ao casal, dos encantos da Vila como fosse seu construtor, contando detalhes importantíssimos do povoamento."

"Canto. Meu grito de dor.
Sou a imagem de um povo sofrido.
Lágrimas de meu passado,
Sonhos sem futuro.
Nação próspera e feliz.
Vi - vi meu povo ser dizimado.
Estampidos, lâminas, gritos... escravidão.
Morte - morte que vi.
Hoje sozinho, agarrado no meu passado,
Canto meu grito de dor."
"- Não me denuncie, fugi dos maus tratos de meu senhor, fui perseguido pelos soldados da Intendência e ferido por um tiro em meu ombro esquerdo. Estou me sentindo fraco, sinto minhas forças fugirem, mas preciso alcançar os Jacarés, minha esposa e meu filho esperam."

"Gemendo me encontro.
Relembro o meu passado.
Dores no corpo de meu trabalho escravo.
Canto saudades de minha juventude não vivida.
Sinto um peso que carrego.
É o meu próprio corpo.
Cansado, disforme e velho.
Nesta minha velhice desamparada.
As lamúrias suplicantes de meu ser manifestam-se.
Pois sou negro escravo,
Única coisa que sei e questiono,
Onde andará meu Deus."
"A batalha trazia pequena vantagem aos invasores... Os bravos índios de suas canoas chegavam ferozmente pelo rio, tomando as caravelas invasoras ao comando do Cacique Taxaúna e do Português Reis de Melo."
"Correndo para o local onde os cães permaneciam latindo, viu os rastos do imenso jacaré e as pegadas da Negra Lana..."
O livro tem ilustrações de André Cantuária, é de linguagem e textos simplificados e apresenta um total de 117 páginas (o formato é pequeno e pode ser lido em poucos minutos). 

"O Vento dos Açaizais" é mais uma obra de valorização regionalista, publicada em 1991 (com 77 páginas). A narrativa foca o enterro de um ribeirinho do rio Flexal. Basicamente, mostra a estória de um grupo de amigos e compadres ribeirinhos no funeral de um dos seus. Mas estamos falando da Amazônia, de suas peculiaridades, por isso o cenário mostra boto, o rio, suas particularidades e até o encontro com um grande sucuriju (descrito com o entusiasmo e exageros  comuns do amazônida). Poderia se apresentar como um grande causo. O malfadado defunto se vê envolvido em confusões cômicas, com direito a despencar no assoalho da casa, ser transportado por canoa no cortejo fúnebre e chegar a uma situação de pensarem que estivesse vivo. Seria cômico se essa Amazônia, o centro das atenções nestes dois romances, não fosse o principal agente de tudo, levando o defunto para moradia final no fundo do rio, através de uma grande pororoca. É a terra o elemento mais importante, determinando e influenciando o rumo de tudo... seja natural, seja humano. O ribeirinho, com todas as suas peculiaridades, é mais um elemento neste cenário natural. Se o pobre defunto estava à mercê de seus camaradas para seu destino final, todos ali estavam à mercê de uma força maior - a Amazônia - que dá o desfecho, deixando todos no meio de uma pororoca e nas consequências de um grande alagamento. Afinal, quem conduz quem?

Destaque para um garoto, a descrição de um perfeito moleque enjoado, em determinado momento da estória. Iguais a este têm um monte... sem ser na literatura. Julgue comigo se não tenho razão. Olha aí o pentelho em ação:

Um moleque querendo ver o morto se expremia entre os presentes, empurrando um e outro para chegar ao caixão.
- Dá termo moleque! Vê onde pegas, não te ensinaram bons modos?
O moleque não deu ouvido e logo chegou ao caixão e pôs-se a olhar curiosamente o defunto.
- Fummmmmm... Tá fedendo! Falou alto o moleque.
- Te aquieta, moleque danado!
O moleque continuou a observar. De repente outro grito chocalhado e um movimento na braguilha do morto; o moleque observava o movimento e aponta na direção da braguilha do defunto, que volta a mexer-se, entoando novo grito.
- A calça está se mexendo! Diz o moleque já assustado.
- Eu vi também!
- Olha lá! ...continua se mexendo!
Um empurra-empurra, era caboclo rebolando um por cima do outro que acabaram derrubando o defunto, que caiu fora do caixão de peito para cima.
- Ó minha Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, olhai para este homem!
O defunto exala um cheiro desagradável pelo ambiente, fazendo muita gente sentir náuseas, mas não se afastavam. O mal cheiro e o movimento da braguilha indicava que algo de anormal estava acontecendo. O morto foi rodeado, o moleque novamente com sua curiosidade ajoelha-se para observar. A caboclada estica o pescoço para olhar com bastante atenção. Um coachar característico e um movimento...
- Tá se mexendo! ... Tá se mexendo! O saco do homem tá se mexendo! Grita apontando o moleque.
As pessoas que estavam na frente eram empurradas prá cima do defunto pelas pessoas detrás, que queriam observar melhor; ao mesmo tempo as da frente forcejavam para não cair em cima do defunto.
- Vejam! Tá saindo algo da braguilha do homem!
- O que será aquilo?
- Não! ... Não pode ser!
- Mas ele já está fedendo!
Novamente o moleque grita:
- É um sapo! É um sapo!
Toda a caboclada cai na gargalhada deixando extravasar no riso o medo; até Dona Matilde não se conteve e riu à vontade.
- Eu não acredito! Justifica o velho Sabá rindo com Pedro.
O sapo salta prá cima das pessoas que empurram umas às outras, deixando o sapo sair da casa. A reza parou depois do susto, pois os ventos ameaçadores continuavam a descobrir casas e derrubá-las.
O caixão era recolocado sobre a mesa e o defunto novamente acomodado. Desta vez sendo recoberto por um lençol de renda.
(Trecho do capítulo "Curiosidade", do romance ""O Vento dos Açaizais" - Carlos Cantuária)
Umas palavras sobre o autor: 

Carlos Alberto Sampaio Cantuária e mazaganense, estreou como escritor publicando o livro PRÁTICA DOS MOVIMENTOS POPULARES, SUAS LUTAS DIREITOS E DEVERES (1987), está entre os romancistas pioneiros na Literatura Amapaense e recebeu da crítica o reconhecimento e notoriedade de escritor com o romance O GUERREIRO TUCUJUS: ESPÍRITO DO PASSADO (1989).

TAÍ MEU MANO!!! 
Duas sugestões sobre a Literatura no Amapá. São obras de fácil compreensão, muito adequadas às escolas e jovens leitores, com teor bem interessante e que podem ser lidas, cada uma delas, de uma tacada só em uma boa baladeira!!!



VALORIZE, PRESTIGIE E CONHEÇA A LITERATURA AMAPAENSE. 
CASO INTERESSE, ESTAS DUAS OBRAS ESTÃO NO ACERVO DA
E ESTÃO À DISPOSIÇÃO PARA SUA CONSULTA.
UUUhh cabucu!!! Vamu ispiar e dicubrir utras cuisa!!! Falúúú´!!!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

BAIRROS DE MACAPÁ - O Bairro do Trem (Parte 3)

Em 04/08/2011 a TV-AP exibiu o programa "Fala Comunidade: Bairro do Trem" expondo um pouco de sua história, suas principais dificuldades e carências. As informações exibidas foram:

Está localizado no meio do caminho de quem vai para as zonas sul e norte de Macapá. 
As principais e mais movimentadas vias são: as ruas Leopoldo Machado e Jovino Dinoá (dão acesso pra a Zona Sul de Macapá) e avenidas Diógenes Silva e Feliciano Coelho (ambas com meio-fio e de acesso ao bairro Buritizal).

A Prefeitura de Macapá iniciou este ano um projeto de paisagismo de locais públicos com o reaproveitamento de pneus. Na Av. Feliciano Coelho podem ser observados em boa parte da extensão. Ficou muito legal.
O fluxo de veículos passando pelo bairro aumenta a cada dia e o trânsito agitado preocupa os moradores.
Av. Diógenes Silva
Av. Diógenes Silva
Em alguns pontos, como no cruzamento da Rua Leopoldo Machado com a Av. Diógenes Silva, o problema já foi resolvido com a instalação de semáforo (colocado ano passado, após inúmeros acidentes naquele ponto).
Neste mesmo cruzamento também já é costume uma turma de amigos se reunir para assitir jogos de futebol. Essa casa é de familiares (pais) dos irmãos  ALDO (ex-lateral campeão brasileiro em 1984 pelo Fluminense) BIRA BURRO (centroavante campeão brasileiro pelo Internacional de Porto Alegre em 1979).
Há ainda problemas de sinalização em várias esquinas (muito movimentadas em horários de pico).
Os pontos críticos são os cruzamentos:
- Rua Odilardo Silva com Av. Feliciano Coelho
- Rua Jovino Dinoá com Av. Diógenes Silva
- Rua Leopoldo Machado com Av. Desidério Coelho
- Rua Jovino Dinoá com Av. Cônego Domingos Maltês
(Estes dois últimos felizmente têm faixas de segurança, melhor para os pedestres. Nos horários de pico ficam muito movimentados e há motoristas, sem a preferencial, que acabam se impacientando e atravessando na frente dos que vêm pelas ruas Jovino e Leopoldo. Muito do intenso movimento se deve ao perímetro com 02 escolas e as respectivas ruas serem de acesso - entrada ou saída - para a Rodovia JK).
Um pouco de história 

Logo após a instalação do governo territorial, foram encontrados no começo da Av. Feliciano Coelho, vestígios de alguns trilhos de trem, que possivelmente serviram às carretas que transportavam material para a construção da Fortaleza de São José de Macapá, no século XVIII. Devido a isso o bairro ficou com o nome de Trem. 
Abertura da Av. Feliciano Coelho e construção da Sede do Trem - 1952

Ali foram construídas as primeiras casas para abrigar os operários que chegavam ao Amapá, para construir os prédios públicos do Território. Por este motivo o local ficou conhecido como Bairro Proletário.
Se o ano da foto acima  estiver exato, 60 anos depois... (Imagem de 12/06/2012)
No Trem encontramos a sede do Trem Desportivo Clube, que teve como fundadores Bellarmino Paraense de Barros, Benedito Malcher, os irmãos Osmar e Arthur Marinho, Walter e José Banhos, além de outros.
 
Sede do Trem Desportivo Clube, no início da Av. Feliciano Coelho.
Olha aí umas garotas batendo uma bolinha. Nessa quadra acontecem também, eventualmente, shows diversos. Ano passado fui ver aí a apresentação do cantor gospel Thalles Roberto.
Ahááá... Mais uma arte em muro! A sede tem também a pintura de um trem no seu. Faltaram alguns vagões, vou ainda registrar de forma mais decente. É uma pena que em Macapá não encontremos muito dessa arte nos muros.
O Cine Imperator é outra atração do bairro.
portalnabalada.com/cineimperator
É um dos poucos em Macapá e o primeiro a exibir filme 3D. Como curiosidade, os primeiros filmes desse tipo exibidos em Macapá foram:
"Winter, o Golfinho" - Primeiro 3D analógico (em 03/10/2011)
"Motoqueiro Fantasma 2" - Primeiro 3D digital (em 20/02/2012)

Em 01/05/1950 foi fundada a primeira escola do bairro, a Escola Estadual Alexandre Vaz Tavares, em homenagem ao poeta e político macapaense. Na foto o governador Janary Nunes hasteia a bandeira nacional durante a inauguração. (Click no link do porta-retrato-ap.blogspot.com.br e veja informações adicionais, históricas e interessantes sobre essa escola, organizadas por João Lázaro). Nessa mesma data, em uma cerimônia que contou com a presença do então monsenhor Aristides Piróvano, do padre Antonio Cocco, do governador Janary Nunes e seu secretariado, foi lançada a pedra fundamental da Igreja de Nossa Senhora da Conceição que fica em frente a Praça da Conceição.
Alunos do Alexandre voltando às aulas em 11/06/2012 após a greve dos professores (que manteve paralisação por mais de 40 dias). 
Praça da Conceição - 04/02/2012 (quando um parque estava instalado)
Vira e mexe aparece um na praça. Este aí foi no aniversário de Macapá (em fevereiro), mas costuma também ser após a Expofeira, no segundo semestre.
 A praça não está mais arborizada?
 Foto de 1989 (Foto: Biblioteca da Prefeitura Municipal de Macapá)
Muito disso se deve a iniciativas pessoais. Vi muitas vezes um cidadão por conta própria carregando baldes, regando e cuidando de árvores quando bem pequenas.
Percebe-se que muitas árvores são bem jovens.
Uma praça sem árvores é muito sem graça! 
Tem que ter também banca de revistas, olha aí a do Trem!
...Falando em árvores, ainda encontramos várias destas no Trem. Segundo me falaram são faveiras. Estas são do canto Feliciano Coelho/Odilardo Silva. Transmitem-me beleza e uma nostalgia que vou tentar explicar (olha, sugiro que vá para outro site/blog se não gostas de bobagens).
Como ia dizendo... São árvores bonitas, me fazem lembrar do tempo em que se viam muito mais destas, florescendo para nossa alegria (olhai, olhai, olhai!)... e também lembro daquela que existiu na frente de minha casa. Não sei o que acontece, elas crescem até um ponto em que os ramos não se estendem mais para cima, e sim "para os lados e para baixo".
Diz aí se não tenho razão... Essa madame dá o ar de sua graça na Av. Feliciano Coelho.
  
... Então, não contendo mais seu próprio peso e estimuladas por um vento mais forte... Zás!!! Desaba no duro asfalto a florida árvore.
  
Geralmente... o seu fim.
Aí um modismo em Macapá vai ganhando mais espaço. Há uma propagação de árvores como o Ficus. Crescem rápido, dão sombra e o povo gosta de aparar à seu gosto. Ah.. eu penso que esta em destaque na foto seja um oitizeiro (na Av. Diógenes Silva). Falha nossaaaa!!
Esses são ficus, na Av. Desidério Coelho 
... Eu sou você amanhã!!! Muita gente não sabe é que o ficus cresce rápido e até demais. Tem umas raízes profundas que competem e prevalecem sobre outras plantas. Esses aí estão na Av. Desidério Coelho, próximo à Rua Odilardo Silva.
E ainda têm um tronco parece surgido de uma floresta assombrada. Eu não vou dizer que a árvore é feia né! Muito menos sem valor. Uma árvore é uma árvore... melhor que o duro concreto sem vida, sem sombreamento, sem graça, sem nada. Mas se dá para escolher, ponhamos as floridas árvores ou semelhantes às faveiras. Olha o caso de Belém, cidade das mangueiras. Aqui cidade dos ficus não cola... Poderia ser também cidade das bacabeiras. Afinal, Macapá deriva do Tupi e significa lugar das bacabas, das bacabeiras. Destas, basicamente, têm umas na na frente do Teatro das Bacabeiras. Será que consegui explicar minha nostalgia??  Ah... mais umas bobagens minhas.
Essa amassadeira (vitaminosa) tem um açaí muito bacana,
lá na Odilardo Silva, atrás do Alexandre.
Ah... Já que eu dedico um tempo para... banalidades para uns... amenidades e registros para mim... olha aí mais um ponto bacana no Trem. Égua! Tarantão, tu pensa que é brincadeira!? Essa padaria só faz pão caseiro do filé na manteiga meu mano e é percurada por gente de várias partes da cidade! Tá lá sumano, defronte ao Cine Imperator.
Lanchonetes nas praças. Aí está uma da Praça da Conceição. Têm várias lá, como é comum e se espera encontrar nas praças. Sabias que em Macapá está vigorando uma lei municipal que obriga estes vendedores fixos a serem responsáveis pela limpeza do perímetro onde se instalaram, caso contrário serão removidos. Veja aqui uma reportagem da TV-AP em maio/2012 sobre isso . Deveria se aplicar também a bares que contribuem para a poluição de locais públicos. Oras, já vi uns que fornecem bebidas a pessoas em meio-fio e colocam até mesa.
A Paróquia da Conceição. Sempre tive desejo de subir nesta torre e registrar a imagem da praça. Dia 10/06/2012 fui lá, faziam cerca de 25 anos que não entrava aí (não sou católico romano).
Lembro ser uma igreja muito colorida, com suas pinturas em cores fortes.
Esta é minha principal lembrança: os quadros em alto-relevo mostrando a VIA CRUCIS (o trajeto seguido por Jesus carregando a cruz até o Calvário). Eles se espalham pelas colunas no interior da igreja. Aproveitei e registrei tudo, mediante autorização.
As cenas (também chamadas Estações) são assim descritas na liturgia católica:
01) Jesus é condenado à morte
02) Jesus carrega a cruz às costas
03) Jesus cai pela primeira vez
04) Jesus encontra a sua mãe
05) Simão Cirineu ajuda a Jesus
06) Verônica limpa o rosto de Jesus
07) Jesus cai pela segunda vez
08) Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
09) Terceira queda de Jesus
10) Jesus é despojado de suas vestes
11) Jesus é pregado na cruz
12) Jesus morre na cruz 
13) Jesus morto nos braços de sua mãe
14) Jesus é sepultado
Painéis nas paredes. Deixa eu ver... Vejo aí representações da última ceia, da anunciação e da natividade.
Mais observações de um tolo e metódico curioso. Próximo ao teto vemos 10 pinturas de cenas e personagens bíblicos (Moisés e as tábuas dos 10 mandamentos, a travessia do Mar Vermelho, a Sagrada Família, a Ascensão de Jesus, a Anunciação, a Natividade e 4 representações de apóstolos... Sei lá a quem se refere, mais sei que a representação do Apóstolo Paulo sempre é de um calvo... estava lá representado).
Algumas das ilustrações. Dá para lembrar que neste mundo tenebroso Deus enviou os profetas para propagar sua palavra e guiar seu povo, diante das adversidades, à uma terra prometida. Enviou também seu Filho Único - Jesus - Missionário da redenção e Propagador do Evangelho, que venceu a morte e subiu aos céus, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16)
É o sobe aí não...
Como falei, fui lá para subir na torre e registrar uma imagem da praça, mas a realidade que vi rapidamente me desanimou. O acesso se dá de maneira muito perigosa por uma simplória escada. Ainda tentei, só que, definitivamente, de loucura já me basta ser esquisito como um Gregor Samsa. Haja coragem meu filho, para se aventurar aí! Quando a sensatez grita nos ouvidos, essa é a melhor opção. Não sou Quasímodo para perambular por torres no meio de sinos... Só a cara. 

Fiquei muito satisfeito com essa imagem que fiz da praça.
Pode não ser do jeito que queria, mas foi lá da torre.
Entendo melhor agora o valor dessa foto de Jorge Costa (2008)
Olha só! Quem se interessa por história pode gostar desta coleção de fotos na igreja. É o mostruário de todos os padres que passaram. Por exemplo: Dom Anselmo Petrulla (01/02/1949 - 15/11/1949), Pe Antonio Cocco (1949-1959), etc e tal.
Mais uma sede de clube amapaense no bairro. É nova e foi inaugurada em 15/05/2010. O Ypiranga e o Trem estão na elite do futebol do Amapá.
Que interessante essa casa e seu jardim, próxima ao SESI. Os ramos floridos se espalham por todo o telhado (parte anterior) em um buquê gigante.
A sede do MV 13 na rua Odilardo Silva.
Clube no futebol amador. 
Escola Santinha Riolli
No bairro encontramos também a Escola Santina Riolli, o Museu Sacaca (ainda vou fazer uma postagem específica com imagens de lá), a sede do SESI e o....
...Centro de Educação Profissional em Artes Visuais Cândido Portinari, na Av. Acelino de Leão (fazem dois anos que a escola de artes está instalada no local - ainda vou dedicar um post melhor a isso).
Encontramos ali obras de talentosos artistas, de expressiva sensibilidade como:
Irê Peixe
 Damasceno
Os temas amazônicos são os meus preferidos nas pinturas, como admirador...

O Trem é um dos bairros mais tradicionais de Macapá. Estas são algumas imagens, uma janela  para se conhecer um pouco do bairro. 

Fonte: Baseado em portalamazonia.com.br