LEITURA SUGERIDA. |
Romualdo Palhano, professor da UNIFAP, apresentou no dia 03/05/2012 mais um de seus livros para a comunidade amapaense: "Eu e a Rainha do Vale: De Menino a Rapazinho". A obra enfoca suas aventuras de adolescente na cidade de
Itabaiana (conhecida como Rainha do Vale e berço de filhos ilustres como o poeta popular Zé da Luz e o compositor Sivuca) durante a década de 1970. Mais que um livro de memórias, mostra a vida e rotina urbana na ótica de um menino, descrevendo a cultura, as impressões e inspirações que causaram na sua formação. É a história do menino que veio do Rio Grande do Norte (Nova Cruz) para viver sua infância e adolescência em Itabaiana. Ativista cultural hoje.
"São experiências que você não esquece
e que contribuem para tua formação... Essas experiências eu conto aqui."
(Romualdo Palhano)
"...A minha relação direta e intrínseca com a rainha do vale do Paraíba transformou-se num longo romance que teve início em setembro de 1969 quando cheguei e terminou com minha saída definitiva em setembro de 1981 para João Pessoa, capital do Estado, para assumir o cargo de escriturário na Transportadora Dom Vital... Portanto, foi uma profunda relação de 12 anos entre eu e a rainha do vale; entre eu e a cidade de Itabaiana na Paraíba."(Trecho do livro de Romualdo Palhano - "Eu e a Rainha do Vale")
"Deleite é para quem sabe ler as entrelinhas e curtir a emoção de retornar às próprias lembranças. O que vem a ser impressões, da infância e adolescência, se transformam em verdadeiras dilacerações das cortinas que encobrem o registro da alma juvenil." (Sânzia Fernandes - Prefácio da obra)
O lançamento, em Macapá, ocorreu no Auditório da Biblioteca da UNIFAP.
"É uma espécie de romance autobiografado... O que eu faço nessa obra? Eu discuto a sociedade da época... eu trago uma sociedade que não é mais como a de hoje..."
(Romualdo Palhano)
Frase em referência a forma velada, mascarada e repressora da educação entre as famílias e escolas nos idos passados.
A obra mostra também partes de profunda reflexão e descrição poética, como a narrativa a seguir: O trabalho do meu pai...Meu pai era ferroviário e exercia a função de serralheiro, o que quer dizer mecânico. Desenvolvia suas atividades profissionais na "Oficina" de trens de Itabaiana...Certa vez perguntei a meu pai: - Pai, como o senhor consegue consertar uma máquina tão grande? Ele respondeu: - Meu filho a máquina é muito grande, mas é feita de coisas pequenas como parafusos, arruelas, entre outras coisas pequeninas. Por exemplo, a máquina preta possui um recipiente na frente das rodas dianteiras cheio de areia, ela tem um dispositivo que quando o maquinista puxa, a areia cai sobre os trilhos para não derrapar numa subida. Isso é uma parte da máquina, algo pequeno, mas que é parte de um todo. Fiquei encantado com a resposta que ele me deu e passei a discernir melhor a parte do todo; passei a perceber melhor o sentido da vida...(Trecho do livro de Romualdo Palhano - "Eu e a Rainha do Vale")
O professor tem quinze livros publicados e está em vias de lançamento de outros tantos em igual número. Este é Romualdo Palhano, visionário e semeador das artes.