Em 12/12/2008, a estudante Flávia Barbosa conquistou o primeiro lugar na categoria câmera amadora de celular - 12 a 16 anos - no 1° VIDEO FEST "Macapá 250 anos, um novo olhar", promovido pela CONFRARIA TUCUJU / AP. Foi vencedora com a produção do vídeo "Macapá das Ressacas" uma reflexão sobre a atual situação da Ressaca Chico Dias em transformação pela ação humana.
No vídeo a autora quer expressar sua visão crítica sobre essas transformações e a preocupação é mostrar a imagem antes e após a degradação.
Este trabalho recebeu o apoio da pedagoga Maria do Socorro P. da Silva, professora orientadora de aprendizagem "TV Escola" na Escola Reinaldo Damasceno.
Macapá das Ressacas
(Flávia Barbosa)
(Flávia Barbosa)
Era assim a ressaca, um lugar bonito cheio de graça, cheio de verde, cheio de peixes.
Tinha muitas árvores, tucumanzeiro, buritizeiro.
Tinha o aningal, mururé e matagal, tinha jurubeba e até vitória-régia!
Tinha muitos animais, moréia, tamuatá e cará.
Tinha cobras e sapos, tinha até caracol!
Flores do lago que brilhavam ao sol!
Mas foram chegando e foram ficando, os moradores do lago, pessoas boas e más, construíram as casas verdes, azuis, e corais.
Fizeram a passarela prá toda a galera, crianças na ponte correndo e brincando, o lugar foi se transformando e a natureza foi mudando.
Aquela bela ressaca de antigamente não existe mais!
Agora é diferente tem gente demais...
A ressaca está doente!
Na ponte tem ladrão de televisão, tem trombadinha que cobra pedágio, tem bebezinho que morre afogado!
No lago tem lixo e jogam até bicho!
Tem garrafa, sacola, tem latas, chinela, tem boneca, panela, tem sapato e bola.
Tem pneu, tem pau, lixo junto com animal.
Tem homem mau que pega criança, tem bandido e policial.
É assim a ressaca, o lago do povo do trabalhador, da mãe de família
do menino e do moço.
Apesar da violência e poluição, tem diversão e união.
Tem muito lagos em Macapá, a cidade cercada de ressacas.
Tem gente que mora no seco. Tem gente que mora no lago
A cidade é muito bela.
Tenho orgulho de morar nela!
Tinha muitas árvores, tucumanzeiro, buritizeiro.
Tinha o aningal, mururé e matagal, tinha jurubeba e até vitória-régia!
Tinha muitos animais, moréia, tamuatá e cará.
Tinha cobras e sapos, tinha até caracol!
Flores do lago que brilhavam ao sol!
Mas foram chegando e foram ficando, os moradores do lago, pessoas boas e más, construíram as casas verdes, azuis, e corais.
Fizeram a passarela prá toda a galera, crianças na ponte correndo e brincando, o lugar foi se transformando e a natureza foi mudando.
Aquela bela ressaca de antigamente não existe mais!
Agora é diferente tem gente demais...
A ressaca está doente!
Na ponte tem ladrão de televisão, tem trombadinha que cobra pedágio, tem bebezinho que morre afogado!
No lago tem lixo e jogam até bicho!
Tem garrafa, sacola, tem latas, chinela, tem boneca, panela, tem sapato e bola.
Tem pneu, tem pau, lixo junto com animal.
Tem homem mau que pega criança, tem bandido e policial.
É assim a ressaca, o lago do povo do trabalhador, da mãe de família
do menino e do moço.
Apesar da violência e poluição, tem diversão e união.
Tem muito lagos em Macapá, a cidade cercada de ressacas.
Tem gente que mora no seco. Tem gente que mora no lago
A cidade é muito bela.
Tenho orgulho de morar nela!
Veja algumas imagens da exposição "Demarcações", do Grupo Imazônia,
muito pertinentes ao texto de Flávia Barbosa.
muito pertinentes ao texto de Flávia Barbosa.
A exposição realizou-se na galeria de artes do SESC-Araxá - em agosto de 2011 - e teve caráter instalativo, com trabalhos feitos de reaproveitamento de lixo. Mostrou, através de miniaturas e desenhos, a problemática (social e ecológica) da ocupação desordenada nas ressacas e em áreas ribeirinhas.
Foto: Etiene Mazze |
Foto: Etiene Mazze |
Fotos de R. Castelo |
Parabéns aos idealizadores pela ótima proposta artística e educacional!
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Mais informações sobre ressacas podem ser obtidas
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