As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Macapá, minha cidade!

Em 1997 a Prefeitura Municipal de Macapá (através da SEMAT) elaborou e distribuiu um folder promocional sobre a cidade. O texto aborda alguns aspectos importantes sobre a história, cultura e turismo.  O material foi pesquisado no acervo da Biblioteca Municipal de Macapá.
Um pouco de Macapá!

Folder da PMM (1997)
O nome Macapá é uma variação de Maca-Paba, que na língua dos índios quer dizer estâncias das Macabas ou lugar de abundância da bacaba. Bacaba é um fruto gorduroso, originário da “bacabeira”, palmeira nativa da região, de onde se extrai um vinho de cor acizentada, típica e muito saborosa. Mas, antes de achar-se Macapá, o primeiro nome oficial dado a estas terras foi “ADELANTADO DE NUEVA ANDALUZIA” em 1544 pelo então Rei da Espanha Carlos V, numa concessão a Francisco Orellana, navegador espanhol. A história da cidade de São José de Macapá remonta os idos coloniais e está relacionada com a defesa e fortificação das fronteiras do Brasil e com a preocupação em garantir a fixação do homem às terras brasileiras. No Extremo-Norte do Brasil formou-se o primeiro núcleo de colonização portuguesa em 1738, após sérios conflitos com os franceses de Caiena. 
Para quem não conhece, esta é a bacaba. Não é tão consumida quanto o açaí e dela veio o nome Macapá. O litro na cidade está em torno de 4 reais (2011).
Este primeiro núcleo pertencia a então província do Grão-Pará, cujo Governador João de Abreu Castelo Branco, enviou um destacamento militar para o local onde se encontra hoje a Fortaleza de São José de Macapá. Periodicamente, um destacamento substituía o outro e assim foi garantida a colonização desta região.
Em 1751, o Governador do Grão-Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, continuou a colonização trazendo alguns casais de colonos das Ilhas de Açores para ocupação do povoado, nascendo assim a Vila de São José de Macapá em 1758.
Fundação da Vila de Macapá, em 04 de fevereiro de 1758 (Ilustração do livro "História do Amapá" , de Fernando Rodrigues dos Santos).
Em 1841 foi criada a Comarca e em 06 de setembro de 1856 foi elevada à categoria de cidade pela Lei nº 281 do Estado do Pará. No dia 13 de setembro de 1943, foi criado o Território Federal do Amapá. Em 31 de maio de 1944, Macapá foi promovida à categoria de capital do Território, hoje Estado do Amapá.
Marco Zero do Equador
Macapá é a única capital brasileira que está a margem esquerda do rio Amazonas e que é cortada pela linha do equador. Altitude 15m em relação ao nível do mar, latitude 00º. Tem uma área de 6.408,517 km2 e uma população de 398.204 habitantes (Censo 2010). Clima equatorial, quente e úmido. Tem como destaque na sua economia a Zona de Livre Comércio, onde se encontra uma fantástica variedade de produtos importados. As lojas estão concentradas no centro da cidade. Os empresários realizaram em 1997 o “I Feirão de Importados”, na última semana de setembro. A cozinha macapaense tem como base alimentar o peixe, o açaí, a farinha, o tacacá, a mujica e a maniçoba.
Área comercial (Rua Cândido Mendes)
A arte e a cultura são envolvidas de muitas crenças e muitas lendas. A pintura retrata os flagrantes do homem amazônida, monumentos históricos, lendas, personagens ilustres através de várias técnicas, inclusive a utilização de resinas naturais extraídas dos vegetais regionais. Na produção artesanal destaca-se a cerâmica revestida com manganês e titânio e as cestas, tipitis, peneiras que são feitos com fibras de cipós, de Guarumã do buriti, olho do tucumanzeiro, junco, sisal e outros.

Na música, os cantores da região valorizam a sua terra através de suas belas composições. A dança característica é o “marabaixo”.

Macapá espera por VOCÊ!

Artesanato: Cestaria (Acervo Biblioteca SEMA)
Curta a brisa e o amanhecer á margem do maior rio do mundo, tire retrato no hemisfério norte e no hemisfério sul ao mesmo tempo no monumento Marco Zero, saboreie o camarão no bafo no Balneário de fazendinha, delicie-se com o entardecer e o revoar das andorinhas no centro da cidade, de uma volta pelo complexo Beira-rio e aprecie a exuberância da paisagem deste pedaço de chão brasileiro que é MACAPÁ, jóia preciosa da Amazônia.

Tirinhas dos CABUÇUS (Diário do Amapá/1998)

Eita Mano! Os cabuçus são a dupla mais bacana do norte do país. Esses caboco criado no cardo da gurijuba e no açaí do pai-d'égua aprontam de montão com suas fuleragem. Além de humoristas, já foram apresentador de TV (aqui e no Pará), são radialistas e vez por otra são ator no teatro, inclusivio na peça "Bar Caboclo", e até da novela, como naquela em que participaram, que era a "Mãe do Rio".  Te méééééte!!
Ah! também são cantores, com pérolas da cultura como o hit  cabuçú "Égua, não, olha!". 
Vixe, aqui tá umas tirinha deles, publicada no Jornar "Diário do Amapá" de 18/09/1998. O desenhista é o Honorato, que faz desenho dos di bacana e nos trink.
Ta cééértuo!!!! 

 Os Cabuçus

Veja também:

quarta-feira, 1 de junho de 2011

NOTAS DO AMAPÁ - Semana do Meio Ambiente

Mês de junho e mais uma vez no dia 05 se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Se você não sabe, a data foi recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente realizada em 1972, em Estocolmo (Suécia). Por meio do Decreto 86.028, de 27/05/1981, o governo brasileiro também decretou que neste período em todo território nacional se promovesse a Semana Nacional do Meio Ambiente.
Uma data para promoção da consciência ecológica, através de diferentes ferramentas da educação ambiental. O cidadão precisa conhecer seu papel quanto agente de mudanças e a importância destas para ele próprio. O governo  precisa,  essencialmente,  formular políticas realmente comprometidas com a questão ambiental, dando condições também para que se cumpram em todo território e "à todos".
Num país continente como este, foco de cobiça e propaganda enganosa, vemos um desmatamento crescente em desacordo com o slogan de nação verde. Ambientalistas são sumariamente assassinados por tentarem ser agentes de mudanças  e as questões ambientais tramitam no cenário político nacional como  verdadeira palhaçada, com brigas homéricas em nome de interesses escusos e claramente partidários, como na novela (de quinta) da aprovação do novo código ambiental brasileiro. Vemos o interesse ambiental (como preservação), senhores, ficar em segundo plano, atrás do interesse partidário.
No Amapá, pressuposto estado brasileiro mais preservado, a Semana do Meio Ambiente será realizada de 06 à 10 de junho pela SEMA. Entre as atividades previstas está a realização do 4º Click Ecológico (concurso amador de fotografias, com o tema  "A Natureza em Arte") e debate para formulação de políticas comprometidas com o ambiente. Não só bonitas no papel, mas em plena promoção do bem coletivo e da preservação ambiental. 

Desejamos e esperamos isso. 
É o que queremos
para nosso país,
nosso estado
e nossa cidade,
enquanto cidadãos esperançosos
de querer testemunhar
boas coisas
no presente...

Fotos do I Click Ambiental (2008):
"Rio em Tessalônica" (Frank Costa) - Arquivo SEMA
"Recanto do Curiaú" - Arquivo SEMA
Fotos do II Click Ambiental (2009):
"Porto de Santana" (Everton França Pinheiro) - Arquivo SEMA / Vencedor Categoria Artificial
"Anoitecer na cachoeira em Calçoene" (Luiz Carlos Maia Cardoso) - Arquivo SEMA / Vencedor Categoria Natural
 Fotos do III Click Ambiental (2010):
"Desenho de Deus" (Maksuel Martins) - Arquivo SEMA / 1º Colocado
"Espelho" (Plácido de Assis B. Vieira) - Arquivo SEMA / 2º Colocado
Cartazes da Semana do Meio Ambiente

                                  Cartaz de 2002                                        Cartaz de 2004
 
                                     Cartaz de 2009                                            Cartaz de 2010
Cartaz de 2011 - O tema é "Gestão Ambiental Compartilhada"
Às crianças devemos dar um ambiente melhor do que nos foi dado.

"A Floresta Bonita" - Desenho de Isabelly Castelo.

terça-feira, 31 de maio de 2011

A Biblioteca Ambiental da SEMA em Macapá

A SEMA é um órgão da Administração Direta do Poder Executivo do Estado do Amapá, criada para formular e coordenar as políticas de Meio Ambiente do Estado. 
Placa da CEMA (1992)
Sua origem foi como Coordenadoria Estadual do Meio Ambiente (CEMA), através do Decreto 0011 de 12/05/1989 e sendo regulamentada pelo Decreto 0304 de 18/12/1991, com a finalidade de orientar a política de Meio Ambiente do Estado do Amapá.
No decreto, entre os objetivos da CEMA estava a formação de acervo técnico, material informativo, divulgação e organização de documentação histórica e cultural relacionada ao meio ambiente. Estava se iniciando a Biblioteca Ambiental da SEMA.

Em sua história a SEMA passou por importantes reformulações:


- Em 1996 deixou de ser Coordenadoria (CEMA) e passou a ser Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), através da Lei 0267 de 09/04/1996.

- Em 1997, a Lei 0338 de 16/04/1997, transformou a SEMA em Secretaria de Estado Ciência e Tecnologia.

- Em 1999, a Lei 0452 de 09/07/1999, separa a Área de Ciência e tecnologia da Área do Meio Ambiente. Voltando a sua anterior denominação de SEMA.

- Em 2007, a Lei 1.073 de 02/04/2007, altera dispositivo da Lei 0811, de 20/02/2004, que dispõe sobre a Organização do Poder Executivo do Estado do Amapá. No mesmo dia o Sistema Estadual de Meio Ambiente passa a contar com o IMAP, criado através da Lei 1.078.
Biblioteca SEMA (1995)

 
Cartaz do ano 2000                                Cartaz do ano 2007

Durante esse processo a Biblioteca Ambiental da SEMA foi se estruturando, desenvolveu o Projeto de Implantação de Bibliotecas Ambientais nos Municípios  e hoje está localizada em um prédio reformado.
Prédio da Biblioteca SEMA em reforma (2009/2010)
Blocos da SEMA em reforma (2009/2010)
Em sua estrutura a Biblioteca apresenta:
Sala de Leitura 

03 Computadores on-line para pesquisas

Memorial Ambiental (Documentos da Instituição e EIA-RIMA de empresas no Estado do Amapá). Alguns desses documentos são:
  • Projeto Tracajatuba (EIA/RIMA 2010),
  • PCH Capivara (EIA/RIMA 2008),
  • Aproveitamento Hidrelétrico Ferreira Gomes (EIA/RIMA 2010),
  • Terminal MMX (EIA/RIMA 2006),
  • MPBA (EIA/RIMA 2006),
  • Projeto Amapari - Mineração Itajobí (EIA/RIMA 1999),
  • Aeroporto de Macapá (EIA/RIMA 2006),
  • Hidrelétrica de Santo Antônio (EIA/RIMA 2009),
  • Estudo e Diagnóstico  do Sistema de Abastecimento de Água, Drenagem e Esgoto em Macapá e Santana (2005),
  • Perfuração Marítima na Foz do Amazonas (EIA/RIMA 2010),
  • entre outros.
Acervo Técnico na área ambiental (Livros, folhetos e periódicos)

Videoteca - Alguns vídeos de maior procura são:
  • Unidades de Conservação do Amapá,
  • APA da Fazendinha,
  • RDS do Rio Iratapuru,
  • APA do Curiaú,
  • PARNA do Cabo Orange,
  • Série Natureza Sabe Tudo,
  • Globo Repórter PARNA Tumucumaque,
  • Globo Mar Pororoca no Araguari,
  • Globo Repórter Amapá, Terra das águas,
  • Nossa água, Nossa Vida,
  • Verdade Inconveniente,
  • Globo Rural Especial Buriti,
  • Globo Repórter Amazônia Francesa,
  • Mudanças Climáticas,
  • Vira Volta, Vira Plático,
  • Desmatamento na Amazônia,
  • Parque Municipal do Cancão em Serra do Navio,
  • Vídeos sobre Dengue,
  • Comitê Ambiental da Ressaca do Pantanal,
  • Agente Ambiental Comunitário,
  • Bailique e Parazinho,
  • Série Reciclagem,
  • Projeto Jarí,
  • Corredor da Biodiversidade do Amapá,
  • Fortaleza de São José de Macapá,
  • Animação Lendas,
  • entre outros.
Diários Oficiais do Estado do Amapá


Folder da Biblioteca SEMA e o Projeto Bibliotecas Ambientais nos Municípios (SEMA/2007)
Sua localização é no prédio da SEMA:
Av. Mendonça Furtado - Nº 53, Bairro Central - Macapá
(atrás da Biblioteca Pública e Igreja de São José).
Google Mapas/2011
 O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira:
- Manhã: 8h às 12h
- Tarde: 14:30h às 18h
Telefone: (096) 3212-5385
sema.ap.gov.br
                               Acervo da Biblioteca / Dona Nelziana                                        
Acervo da Biblioteca / Dona Gracieth
Dona Gracieth foi Gerente do NIDA no I Semestre/2011
Rosa Dalva é a Gerente no II Semestre/2011 
       Acervo da Biblioteca / Folhetos
Rogério Castelo / Memorial Ambiental

Memorial Ambiental / Computadores on-line
            Sala de Leitura / Manoel e Clementino   
               Aline / Denilson     
Edgar (Maycon Tosh) / João     
As bibliotecas são locais de aprendizagem e de aquisição de conhecimento. As ambientais, além dessas características, fomentam o desenvolvimento de cidadãos ecologicamente conscientizados, dando suporte para a pesquisa sobre o meio ambiente.