As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

domingo, 15 de dezembro de 2019

"Viva a Vida - você não está sozinho" (Campanha de Enfrentamento ao Suicídio)


"Viva a Vida - você não está sozinho" 

Quando tudo parece difícil
E a vida parece não ter sentido
Abra seu coração
Um abraço, um amigo, um irmão
É só um momento e tudo tem solução
Essa dor vai passar com o vento


A vida é bonita, pode acreditar
Que a felicidade em tudo está
Num canto de amor
Que vai ecoar em toda cidade!

Viva a vida! Viva você!
Vale a pena viver
Tenha fé, que a esperança é quem diz
Você nasceu pra ser feliz!

Videoclipe lançado em 10/12/2019 em Campanha de Enfrentamento ao Suicídio, com a participação de 16 artistas amapaenses e apoio da Assembleia Legislativa do Amapá/Rede Amazônica.
Fonte: g1.globo.com

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Além dos Marimbus (Herberto Sales)

Em "Além dos Marimbus", o cenário é a região já exaurida pelas bateias dos faiscadores. A causa da miséria não é mais o diamante. É a madeira que, nos anos 20 e 30, já atraía a cobiça que devastava florestas e matas. 
Inovando o gênero com a técnica e a linguagem de seu primeiro livro, Herberto surpreende o leitor de hoje com a visão pioneira da ecologia que, naquele tempo, não entrara ainda no vocabulário e na preocupação do homem contemporâneo. Até então, a abordagem crítica via nele mais um regionalista, do porte dos grandes nomes da safra nordestina que emergira na década de 30.
CARLOS HEITOR CONY


Título: Além dos Marimbus
Autor: Herberto Sales
Editora: Civilização Brasileira
Páginas: 250 
Ano de Publicação: 1961

Romance ambientado em Andaraí, Bahia, na década de 1940, publicado em 1961. A sensação é de retrato da terra, de forma objetiva e informativa, com bastante veracidade ao contexto especialmente por ser a terra natal do autor.

Não são as personagens que se destacam, mas a relação homem-natureza, em dois momentos distintos.

Inicialmente temos uma visão telúrica, destacando-se Manuel João entre as personagens. Canoeiro e mateiro, além de outras ocupações do homem simples integrado à terra, sua companhia proporciona olhar revelador da natureza e região em seu primitivismo, dominada por marimbus (uma região de área pantanosa), matas, pessoas simples e misticismo. Há diálogos sobre lendas, dificuldades enfrentadas e histórias de exploração ao homem (como a de Maria, que fora seduzida e relegada à prostituição). O ponto alto foi o relato do encontro com um 'sucuiuiu' (forma como a temida cobra era conhecida naquelas paragens) na dramaticidade do saber regional.

O outro momento de destaque, e mais significativo do livro, é a percepção do empreendedorismo de sucesso, onde histórias de interesses escusos e até mesmo desleais se projetam na visão do progresso. O contexto revela recursos naturais decaindo em certas atividades, como o garimpo, e as matas passam a despertar interesse madeireiro (deparamos com frases como 'comprar a mata'...). O momento dá destaque ao personagem Jenner e sua visão de sucesso através da instalação de uma serraria. Registre-se que a percepção é de negociatas associadas à exploração devastadora, em conflito de interesses com facetas ordinárias encabeçadas pelo Dr Barreto. Dá sensação de um mundo em transformação onde todos os elementos vistos no primeiro momento parecem insignificantes em prol dos objetivos. Essas coisas não são explícitas em palavras, mas são percebidas no desenrolar.

Não é uma obra de exaltação específica à personagens, prevalecendo a percepção do contexto que se desenvolvia e impactava a região e o homem. O que a obra sugestiona...

A leitura é curiosa em seu contexto na década de 1940, com reflexões válidas ainda para a atualidade. Se teve ou não intenção, existe um pioneirismo ecológico relevante.

Em Macapá, está disponível para leituras na
BIBLIOTECA PÚBLICA ELCY LACERDA

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Árvores em Macapá

Fotos antigas de Macapá mostram sempre uma cidade bastante arborizada.
   Fórum de Macapá na Av. FAB, década de 1990 (Acervo Museu Joaquim Caetano da Silva) Caixa d'água no Buritizal, década de 1990 (Acervo Museu Joaquim Caetano da Silva)

A realidade hoje é diferenciada com o corte crescente, 
mas ainda vemos a presença marcante das árvores. 

Rua Tiradentes, 2014 (Foto de Rogério Castelo)
Ainda bem! 
Bom sempre lembrar!

Esse é um registro de algumas árvores que se destacam na cidade, 
seja pela imponência, seja pela história de muitas décadas.

O trecho final da Av. Antônio Coelho de Carvalho tem grupo com porte e beleza diferenciada. Não soube identificar a espécie e os moradores das proximidades sabem apenas que foram plantadas pela prefeitura na década de 1970. Outras  existiram no local, mas foram derrubadas em razão das proporções e raízes invasivas, existindo também o desejo de corte das remanescentes. Veja aí se são mesmo diferenciadas...

Vamos conferir outras!
Faveira no Centro.
Foto extraída do blog de Alcilene Cavalcante, creditada a Adson Lins
A Faveira na Av. Iracema Carvão Nunes (Centro) é uma das árvores mais conhecidas da cidade. Considerada centenária, tem sido envolta em processo judicial para a derrubada, com manifestações contra e a favor de bastante repercussão na mídia. 
 No momento, limitaram-se a cortar boa parte da frondosa copa.
Samaúma no Araxá (Foto de Chico Terra)
Outra famosona é a Samaumeira em frente ao Ministério Público, no Araxá, onde eventualmente realizam saraus.
Eucalipto no Trem.
Eucalipto na Escola Santina Rioli, no Bairro do Trem. Árvore que também tem seu destaque, última remanescente de arvoredo similar na escola. Muita gente até hoje vai em busca de suas folhas para remédios caseiros.
Tamboril na Zona Norte de Macapá.
Na Zona Norte de Macapá (Rod. Tancredo Neves, trecho de frente ao Residencial Vitória-régia), encontramos também árvore de bastante destaque (registrei em momento de muda da folhagem).  
O povo que transita por lá, e também moradores, tem vontade de saber o nome, ignorado por quase todos. Informalmente fiz algumas pesquisas (mas quem pode confirmar são os estudiosos da área) e concluí como Tamboril (nome que mais aparece nas descrições literárias, chamada também de Timbaúba, Orelha-de-macacoFaveira-Tamboril, entre outras denominações).
Registro em 15/11/2019. O exemplar tem cerca de 30 metros de altura.
Eis o tronco e o fruto que coletei, razão da denominação como Orelha-de-macaco. Existem pesquisas em andamento com essa árvore sobre medicação contra o câncer.
Samaúma, Mungubeira e Paricá no Museu Sacaca.
A visitação no Museu Sacaca é sempre um interessante passeio, onde se destacam árvores como a Samaúma, Mungubeira e Paricá.
Em 1989 fiz singelo desenho de uma das árvores da Praça Zagury, clicada agora, depois de 30 anos...

"Árvores são poemas que a terra escreve para o céu."
( Khalil Gibran )

Ipês, mangueiras, jambeiros, oitis... Centenas de árvores podem ser encontradas em Macapá, todas com sua representatividade.

Falta um projeto que valorize o plantio de um Amapazeiro em local de visitação pública, preferencialmente praça, afinal, é a árvore que dá nome a nosso Estado e não a encontramos em canto nenhum dessa cidade. Muitos amapaenses nem conhecem, principalmente a garotada... Taí uma sugestão para os gestores do município.

Finalizando, o texto mais interessante em analogia sobre as árvores. 
Vale a reflexão!


Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, 
nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.

Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.

Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, 

a qual dá o seu fruto no seu tempo; 
as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.

Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.

Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, 

nem os pecadores na congregação dos justos.

Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; 

porém o caminho dos ímpios perecerá.
SALMO 1

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Diga não (Maycon Tosh)

Mais uma do Maycon Tosh, artista amapaense! 
Roqueiro engajado nas temáticas sociais.

DIGA NÃO
(Maycon Tosh)
CD "Religião do Rock"


Nos quatro cantos do mundo
Poluição e crimes hediondos
Aqui não é diferente, tem muito líder que é demente
A inocência das crianças, de um sonho lindo de esperança...

A política é como a droga que vicia todo dia
A mesma porcaria, eles falam em cidadania, mas você é obrigado a votar
Se não quiser se ferrar como um cão

Vão cobrar de você! Oi diga não! (4X)
Vão pedir tua alma pra vender
Manda esses caras se f****

U-hu! Oi diga não! (4X)

O caminho da escola é o caminho de uma vida
Educação farinha e pão, caldo de feijão, globalização
O salário "é uma fortuna", tem que ser artista que administra
Justiça cega, pátria cega, estrelinha maluca
Beija-flor se mandou, manda se danar quem te ferrou

Vão cobrar de você! Oi diga não! (4X)
Vão pedir tua alma pra vender
Manda esses caras se f****

U-hu! Oi diga não! (4X)

Lá! Lá! Lá! Lá! Lá!

O caminho da escola é o caminho de uma vida
Educação farinha e pão, caldo de feijão, globalização
O salário é uma fortuna, tem que ser artista que administra
Justiça cega, pátria cega, estrelinha maluca
Beija-flor se mandou, manda se danar quem te ferrou

U-hu! Já mandaram pra forca a pátria!