As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Cenas de Macapá: O Muro da Escola Wilson Malcher

Já fazem alguns anos e o muro da Escola Wilson Malcher, no Jardim Equatorial bem na saída (ou entrada) da cidade, continua a mostrar uma bela arte. Se você prestar atenção encontramos vários elementos conhecidos aqui. Resolvi registrá-lo antes que a borracha do tempo cumpra seu papel de vez. Só não consegui identificar o artista para que receba os devidos créditos.
Foto: Rogério Castelo (19/05/2012)
"A arte é a assinatura da civilização." 
(Beberly Sills)


Esta "fita" é toda a parte do muro voltada para a Rodovia JK. 
Vou separar em partes para que você o perceba.

O grafite parece iniciar sem muitas pretensões... O que será que saiu?
Imagino que a cachola já começava a dar forma e querer materializar as idéias...
Pensa numa musa inspiradora e derrama teus encantos qual pétalas, 
sobre tua maltratada cidade...
Muitos a maldizem...
Razões existem para insatisfações, porém,
Não seja nos teus lábios a maldição
Filho da terra!
Será que dá para identificar a referência ao Trapiche Eliézer Levy e
 à estrutura de captação de água da CAESA no rio Amazonas?
(Fotos: Acervo da SEMA/Click Ambiental)
 Olha só!!!!! Não se parecem!?
Foto do Acervo SEMA/Click Ambiental (Maksuel Martins - 2010)
 Fortaleza de São José de Macapá (Foto: Sérgio Luiz Silveira)

Quem tem olhos que julgue o que vê e o que deixa de ver...
É a Casa do Artesão...
Esse aqui tá fácil...
Praça Floriano Peixoto e Teatro das Bacabeiras
Igreja de São José e, digamos que seja, a Rodovia JK na entrada da cidade.

O primeiro desenho lembra um conjunto residencial, vou imaginar que seja o Condomínio San-Marino, bem em frente a esse muro... mas não vou colocar foto. Nos outros desenhos dá para reconhecer a caixa d'água do Buritizal e o Monumento Marco Zero.
Ah! A juventude tá antenada e representou aqui, uma área de ressaca ocupada, este é um dos problemas urbanos e ambientais em Macapá
A foto do acervo da SEMA novamente tá aí cumprindo seu papel de ilustração transmitindo uma mensagem de grande significado e impacto. Julgue e descubra você... No desenho dá para ver também o Aeroporto de Macapá. Ih rapaz! Tá uma novela aqui sobre umas obras no mesmo, que consumiram uma nota violenta, vem se arrastando a um tempão e nada de terminar.

...E o grafite continua, desta vez mostrando a Ponte Sérgio Arruda. Essa ponte faz a ligação entre as Zonas Norte e Sul de Macapá, nos limites entre os bairros Pacoval e São Lázaro... sobre o Canal do Jandiá. Aí está a digníssima!!! (Foto: gabriel-penha.blogspot.com.br)
O final do grafite... Um pouco de Macapá, 
na arte de quem resolveu homenagear sua cidade.
O velho muro disse muita coisa, 
não é apenas um borrão na janela dos automóveis. 
Mais uma coisa que descobri nesta minha cidade, que é Macapá!!!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Conhecendo o Rainbow Warrior III (Parte 2)

Dia 27/04/2012 meu amigo Gregor Samsa teve a grata satisfação de conhecer o famigerado navio Rainbow Warrior, do Greenpeace. Este é mais um material resgatado da visita. Um lembrete sobre a importante campanha que a ONG vem batalhando para atingir os objetivos: A campanha DESMATAMENTO ZERO. Por onde o navio passa os ativistas difundem essa idéia e tá rolando na NET uma coleta de petições para quem quiser apoiar. Para ter representatividade é preciso reunir 1,4 milhão de assinaturas. A campanha é contra dispositivos do Novo Código Ambiental Brasileiro

Se quiser participar acesse www.ligadasflorestas.org.br

"O ritmo do desmatamento caiu, mas não parou: nos últimos três anos, mais de 20 mil km² de floresta (uma área equivalente a 2,8 milhões de campos de futebol) foram destruídos. O gado, a soja, a exploração de madeira, a mineração, além de grandes obras de infraestrutura, figuram como as principais causas. O Novo Código Florestal Brasileiro reduz a proteção e permite que mais floresta seja desmatada." (Fonte: Folheto do Greenpeace) 
 
“Desmantamento” - Desenho de Jarbas Domingos de Lira Junior, publicado no jornal Diário de Pernambuco em 2007. (Fonte: 2011-clubeleitura-9b-g2.blogspot.com.br)

"Marketing Ecológico" (Fonte: novacharges.wordpress.com)

Fonte: npianegonda.wordpress.com

Ah! Essas ilustrações são a pedido de minha sobrinha e, também, acredito naquela frase que diz "uma imagem fala mais que mil palavras".
Aproveito também para divulgar a Biblioteca Ambiental da SEMA em Macapá. O acervo tem algumas publicações voltadas ao assunto "Desmatamento no Amapá". Disponíveis para consultas a quem interessar.
"Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado do Amapá: Contexto e Ações (PPCDAP)" - Publicação do GEA/SEMA, 126 pág, 2010. Pretende integrar instrumentos de monitoramento e controle com incentivos positivos a práticas sustentáveis, medidas de ordenamento fundiário e combater o desmatamento no estado. Apresenta capítulos  sobre: contextualização do Estado (população, economia, aspectos físicos, bióticos, etc); áreas protegidas; situação fundiária; gestão florestal, monitoramento e controle, bem como a proposta de uma estratégia para a prevenção e o controle de queimadas e incêndios florestais.
"Relatório Técnico de Desmatamento no Estado do Amapá referente ao período de 2009 a 2010"   
Este estudo corresponde ao relatório estimativo bianual 2009/2010 que aborda o incremento do desmatamento no Estado do Amapá, elaborado pela Coordenadoria de Geoprocessamento e Tecnologia da Informação Ambiental (CGTIA) da SEMA-AP através da análise de imagens ópticas de satélite. Estão disponíveis também os Relátórios Bianuais 2005-2006 e 2007-2008.
Falando novamente do Rainbow Warrior, temática deste post, o Fantástico exibiu em 20/05/2012 uma reportagem sobre a passagem da embarcação pelo Amapá e mais algumas de suas particularidades. Veja aí:
Alguns pontos abordados no vídeo:
- O navio passou pelo Bailique (arquipélago amapaense, Distrito do Município de Macapá, com cerca de 10 mil pessoas e ainda uma área bem conservada).
-  São mostradas algumas dificuldades das comunidades como: a eletricidade (apenas 12 horas por dia), ausência de internet e celular.
 
- O navio do Greenpeace chegou na Amazônia um ano depois de ter ficado pronto, foi construído sob medida e as imagens que registra podem ser mandadas na hora para a internet.
  
-  No momento da reportagem eram 16 tripulantes de 14 nacionalidades (um brasileiro).
 
- O lixo produzido é recolhido e reciclado, tem até um freezer onde se guarda o material orgânico (posteriormente é descartado).
 
- O navio tem também uma máquina que transforma água do mar em água potável (280 litros por hora) e outra que faz o tratamento de esgoto.
 
- Na maior parte do tempo a embarcação navega carregada pelo vento.
- No vídeo, uma interceptação a um navio com carregamento de ferro gusa no Maranhão (que seria proveniente do uso de madeira ilegal).
 
- O navio está descendo a costa brasileira e chega no Rio de Janeiro em Junho/2012 para participar da Rio+20 (Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável) e vai mostrar histórias dessa aventura ambiental para o mundo todo.
Nesta reportagem o Fantástico deveria ter citado a Campanha Desmatamento Zero, que é amplamente divulgada pela ONG onde passa, contra o Novo Código Ambiental Brasileiro.
Rainbow Warrior na Amazônia (Foto: Greenpeace)
Veja também o LINK:
 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

BAIRROS DE MACAPÁ: O Congós (Parte 1 - Fala Comunidade / 2012)

Vídeo exibido no "Programa Amazônia  TV", da TV-AP, entre os dias 07 a 10/03/2012. Material importante sobre a história dos bairros e da cidade de Macapá.
Fala Comunidade (TV-AP - Março/2012)
Reportagem: Marco Antônio Brito / Gilberto Pimentel
Imagens: Ozânio Lopes / Inival Silva
Veja o vídeo NESTE LINK
Os pontos marcantes no vídeo são:

Programa de 07/03/2012: Um pouco de história

- Está situado na Zona Sul da capital.

- O bairro foi criado na década de 1990, depois de ter parte da área invadida.

- Apesar de ser cercado por áreas de ressacas (ocupadas irregularmente), o bairro tem boa infraestrutura: com escolas, posto de saúde, arena poliesportiva, CIOSP (Centro Integrado de Operações em Segurança Pública) e partes das avenidas asfaltadas.

- O Congós se confunde com o bairro Novo Buritizal, dada a proximidade, mas no mapa da cidade é na Av. Saúde Pimentel que começa o bairro, indo até a 24ª Avenida.

- Segundo dados do IBGE (Censo 2010) é o quinto bairro mais populoso de Macapá, com mais de 18 mil moradores.

- O nome "Congós" faz referência ao antigo dono do lugar, Benedito Lino do Carmo, conhecido popularmente como "Seu Congó".

- Descendente de escravos, Seu Congó morou por muito tempo no bairro, onde vivia da agricultura e criação de gado. Elísia Congó (neta legítima) revela um pouco desta história: "O nome do bairro era Araçás e fazia divisa com a Fazendinha, aquela área todinha era do vô Congó e ele cedia para as pessoas fazerem roça... e tinha a criação de gado".

- Quem também chegou no bairro para morar com a família foi Dona Marizete Santos. Ela lembra como eram as coisas, antes das mudanças feitas, e vem acompanhando há 29 anos: "Era só mato e só tinham duas casas. Aqui tinha a fazenda do Seu Alípio e a do Seu Moraes. Tinha muita roça de mandioca, mucajazeiro e o campo, somente isso. Foram tendo as invasões, criando caminhos e assim a direção das ruas."

- Nadison Siqueira há 15 anos reside no bairro e recorda das dificuldades de antes e apela para que os trabalhos de melhorias continuem: "Tinha muita dificuldade. Ônibus não entrava... Eram poucas avenidas com asfalto. Hoje o bairro mudou muito, a maioria das avenidas já está asfaltada e faltam ainda coisas para o Poder Público concluir no nosso bairro".

Mapa: SEMA 2004
Programa de 08/03/2012: Principais dificuldadess

- "Muita gente vive em área de ressaca e todos os dias precisa andar pelas frágeis passarelas de madeira, e esse não é o único problema do bairro, há também a violência, que atinge principalmente a população jovem." (Seles Nafes - Jornalista do Amazônia TV)
  
- Na sede da Associação do Bairro, os moradores se reúnem para falar dos problemas que são muitos, mesmo com as mudanças já ocorridas em parte da infraestrutura do bairro. Com a ocupação das áreas de ressacas existentes no bairro um dos maiores problemas enfrentados são as passarelas. A maioria está danificada e precisando de reformas. Caminhar pelas pontes se tornou perigo constante.
  
- Para retirar parte das pessoas que moram nesta áreas o Governo do Estado (GEA) em parceria com o Governo Federal está construindo um conjunto habitacional para atender 392 famílias. 
  
- "Já fiz um abaixo assinado... só fazem prometer e a situação aqui é muito precária... crianças já caíram pelos buracos" (Relato de Aristeu dos Santos, morador e cadeirante, sobre a obra não concluída e as passarelas quebradas). A dificuldade é um perigo constante para quem caminha pelas pontes.
   
- "... O Bairro do Congós é cercado por passarelas e quase 40% da população mora na área de ressaca e, como há muito tempo não houve reforma nestas passarelas, os moradores têm dificuldades de se deslocar para seus trabalhos, escola e tem dificuldades também para idosos e cadeirantes. Falta completar também o asfaltamento, o que tem gerado entulhos e dificultado o trânsito de bicicletas, carros e do próprio pedestre. A segurança pública é outra dificuldade... temos a base construída, mas a polícia não ocupa esta base" (Relato de Raimundo Nonato - Presidente da Associação de Moradores do Bairro Congós) 
 
- Apesar das dificuldades o bairro abriga um importante trabalho social desenvolvido com jovens. "Eu não tinha dinheiro e resolvi fazer atrás da minha casa, daí começei a resgatar os garotos da rua e botar para treinar. Aí o negócio foi dando certo e até hoje taí o trabalho. Eu me sinto muito feliz porque trabalhando com essas crianças dou oportunidades que muita gente não dá. Aqui falamos de disciplina... eles têm que entrar no padrão de disciplina e treinamento também" (Relato de Nelson dos Anjos, que mantem uma academia de boxe para tirar jovens da situação de risco social). 
  
-  O Bairro Congós tem suas dificuldades, peculiaridades e sua história. Histórias de gente simples, humildes, trabalhadoras... alimentando a esperança de dias melhores.
 Passarelas em ressaca no Congós (Foto: SEMA)
 Problemática: Áreas de ressaca antropizadas (Foto: SEMA)
Problemática: Passarelas precárias.
Problemática: Parte das ruas sem asfaltamento e violência são realidades presentes.
O Clube de Boxe Nelson dos Anjos realiza um importante trabalho social no bairro. Foi idealizado por um ex-boxeador (tetra-campeão brasileiro), vigilante noturno e empenhado neste projeto durante o dia. O programa "Esporte Espetacular" da Rede Globo exibiu uma reportagem sobre este assunto em 2007.
 Chamada da reportagem.
"O projeto social Formando Campeões surgiu da idéia de um ex-boxeador tetra campeão brasileiro, interessado e preocupado com os aspectos sociais do Estado do Amapá, mais precisamente com o alto índice de violência envolvendo crianças e adolescentes que, por terem famílias desestruturadas, adotaram a rua como lar. O projeto visa dar uma nova oportunidade a esses meninos e meninas através do boxe, lá esses garotos aprendem disciplina, respeito mútuo e a importância dos estudos, fazendo refeições diárias. O boxe requer muita técnica, determinacão, disciplina e reflexão. Valores nescessários para todas as atitudes tomadas ao longo de nossas vidas."
Fotos e Informação do acadboxe.blogspot.com.br
Programa de 10/03/2012: Recapitulação

- "O programa mostrou a fragilidade com as péssimas condições das passarelas na região. Autoridades prometeram a doação de madeira e recuperação." (Tatiana Guedes - Jornalista apresentadora do Amazônia TV)

-  Durante dois dias foram apresentados as condições do bairro e os principais problemas. O Governo do Estado (GEA) e Prefeitura de Macapá (PMM), diante das câmeras, assumiram o compromisso de trabalhar para recuperar 16 km de passarelas. Assim se posicionaram Joel Banha (Secretário da Infraestrutura/AP) e Carlos Aragão (Secretário de Obras de Macapá).

- Frente a dificuldade para encontrar madeira legalizada para recuperação das pontes, o presidente do IMAP (Maurício Souza) garantiu a doação de madeira apreendida pelo orgão para a Secretaria de Infraestrutura (para que o serviço possa se realizar). 

- A solução definitiva para os moradores de áreas de ressaca está nos projetos habitacionais. O secretário Joel Banha informou que, apesar do atraso, o cronograma do Conjunto Habitacional do Congós não foi comprometido. "... No final do ano as primeiras unidades começam a ser entregues." (Relato de Joel Banha). 

- Os moradores, por meio de cartazes e faixas, também pediram:
     * Melhorias nas ruas e avenidas, que precisam ser asfaltadas;
     * Águas tratada;
     * Reforma da arena esportiva. 

- "...Depende do Poder Público Municipal e Estadual gerar os recursos que vão agilizar tudo aquilo que foi reivindicado." (Relato de Raimundo Nonato - Presidente da Associação de Moradores do Bairro Congós)

Reivindicação dos moradores durante o encontro com 
as autoridades do Poder Público (GEA e PMM).
Conjunto habitacional em construção no bairro.

Este foi o Fala Comunidade, apresentando o Bairro do Congós, em Macapá.

Para mais informações sobre os bairros, visite nossas Bibliotecas em Macapá. Lá você encontra uma parte chamada HEMEROTECA, que se constitui numa coleção de recortes de jornais. Páginas que vão contando um pouco da história de nossa cidade e estado.

 Você pode encontrá-las na (Click nos Links):
Seja também um dos colaboradores da construção de arquivo histórico na cidade. Você pode encaminhar o fruto de suas pesquisas e trabalhos (escolares ou acadêmicos) ao acervo das bibliotecas... se quiser.
  
Até uma próxima!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

"Eu e a Rainha do Vale: De Menino a Rapazinho" (Romualdo Rodrigues Palhano)

LEITURA SUGERIDA.
Romualdo Palhano, professor da UNIFAP, apresentou no dia 03/05/2012 mais um de seus livros para a comunidade amapaense: "Eu e a Rainha do Vale: De Menino a Rapazinho". A obra enfoca suas aventuras de adolescente na cidade de Itabaiana (conhecida como Rainha do Vale e berço de filhos ilustres como o poeta popular Zé da Luz e o compositor Sivuca) durante a década de 1970. Mais que um livro de memórias, mostra a vida e rotina urbana na ótica de um menino,  descrevendo a cultura,  as impressões e inspirações que causaram na sua formação. É a história do menino que veio do Rio Grande do Norte (Nova Cruz) para viver sua infância e adolescência em Itabaiana. Ativista cultural hoje.

"São experiências que você não esquece 
e que contribuem para tua formação... Essas experiências eu conto aqui." 
(Romualdo Palhano)
"...A minha relação direta e intrínseca com a rainha do vale do Paraíba transformou-se num longo romance que teve início em setembro de 1969 quando cheguei e terminou com minha saída definitiva em setembro de 1981 para João Pessoa, capital do Estado, para assumir o cargo de escriturário na Transportadora Dom Vital... Portanto, foi uma profunda relação de 12 anos entre eu e a rainha do vale; entre eu e a cidade de Itabaiana na Paraíba."

(Trecho do livro de Romualdo Palhano - "Eu e a Rainha do Vale")
"Deleite é para quem sabe ler as entrelinhas e curtir a emoção de retornar às próprias lembranças. O que vem a ser impressões, da infância e adolescência, se transformam em verdadeiras dilacerações das cortinas que encobrem o registro da alma juvenil." (Sânzia Fernandes - Prefácio da obra) 

   O lançamento, em Macapá, ocorreu no Auditório da Biblioteca da UNIFAP.
 
"É uma espécie de romance autobiografado... O que eu faço nessa obra? Eu discuto a sociedade da época... eu trago uma sociedade que não é mais como a de hoje..." 
(Romualdo Palhano)

Frase em referência a forma velada, mascarada e repressora da educação entre as famílias e escolas nos idos passados.
A obra mostra também partes de profunda reflexão e descrição poética, como a narrativa a seguir:    
O trabalho do meu pai

...Meu pai era ferroviário e exercia a função de serralheiro, o que quer dizer mecânico. Desenvolvia suas atividades profissionais na "Oficina" de trens de Itabaiana...
Certa vez perguntei a meu pai: - Pai, como o senhor consegue consertar uma máquina tão grande? Ele respondeu: - Meu filho a máquina é muito grande, mas é feita de coisas pequenas como parafusos, arruelas, entre outras coisas pequeninas. Por exemplo, a máquina preta possui um recipiente na frente das rodas dianteiras cheio de areia, ela tem um dispositivo que quando o maquinista puxa, a areia cai sobre os trilhos para não derrapar numa subida. Isso é uma parte da máquina, algo pequeno, mas que é parte de um todo. Fiquei encantado com a resposta que ele me deu e passei a discernir melhor a parte do todo; passei a perceber melhor o sentido da vida...

(Trecho do livro de Romualdo Palhano - "Eu e a Rainha do Vale")

O professor tem quinze livros publicados e está em vias de lançamento de outros tantos em igual número. Este é Romualdo Palhano, visionário e semeador das artes.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

MUNICÍPIOS DO AMAPÁ - Bandeiras (Parte 1)

São 16 os municípios amapaenses. Estou tentanto reunir as bandeiras, alvo de pesquisas frequentes nas bibliotecas em Macapá. Algumas eu nunca vi, nem a maioria dos amapaenses. Por enquanto são essas as que identifiquei.

Bandeira de Macapá.
 Bandeira de Laranjal do Jari.
 Bandeira de Vitória do Jari.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Implementação da Educação Ambiental na APA da Fazendinha

"O princípio da educação é pregar com o exemplo."
 (Anne Turgot)

Este é um agradecimento à professora Célia Favacho, que disponibilizou ao acervo da Biblioteca Ambiental da SEMA em Macapá uma cópia da pesquisa "Implementação da Educação Ambiental na Área de Proteção Ambiental da Fazendinha", da qual é uma das autoras.

Fonte: GEA/SEMA/DUC (2007).Vista de Satélite da área que compreende a APA.
Mapa extraído do trabalho.
A APA de Fazendinha foi criada pela Lei Estadual-AP Nº 0873 de 31/12/2004, situa-se no município de Macapá e tem o objetivo de conciliar a permanência da população local com a proteção ambiental, através do uso racional dos recursos naturais e da busca de alternativas econômicas sustentáveis para a comunidade residente.
O Presente trabalho tem por objetivo a Implementação da Educação Ambiental visando à valorização do ambiente natural da APA da Fazendinha, por meio de pesquisa científica, desenvolvendo o uso de técnicas e métodos com ações de educação ambiental para priorizar a manutenção e preservação dos recursos naturais existentes na localidade. Além disso, essa pesquisa pretende, também, subsidiar futuramente projetos de ecoturismo e sustentabilidade nessa comunidade, tendo como pressuposto teórico a relação de gênero e meio ambiente implicados para o planejamento da atividade de ecoturismo.


O projeto foi organizado em quatro capítulos:
1. CONTEXTO HISTÓRICO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA APA DA FAZENDINHA
3. PESQUISA DO PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO-AMBIENTAL DA APA
4. PROPOSTAS DE AÇÕES AMBIENTAIS NA APA DA FAZENDINHA

Descrição: Projeto Técnico Científico apresentado ao Instituto de Ensino Superior do Amapá (IESAP), como pré-requisitos de avaliação final para a obtenção do Grau de Bacharelado em Turismo, sob a orientação da Prof. Esp. Arlena Ferreira. 
Autores: ALCINETE SARAIVA DOS SANTOS / CÉLIA FAVACHO DAS CHAGAS / GEYSE MARIA SOUZA DUARTE
Ano: 2010
 
"O mundo não poderá tomar um novo caminho se não conseguir 
uma união íntima da técnica e da moral."
(Theodor Plievie)

 A pesquisa está disponível para consultas 
no acervo da Biblioteca Ambiental da SEMA em Macapá. 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A Biblioteca da Fortaleza de São José de Macapá

A Fortaleza de São José de Macapá é o maior monumento de grandiosidade arquitetônica e histórica que marca uma fase importante da ação portuguesa na Amazônia, sendo elevada à categoria de patrimônio nacional em 1950.
Foto: Rogério Castelo
No interior da fortaleza tudo se organiza em torno da praça principal. Ao redor dela estão dispostas a capela, celas, casas militares e, nos extremos, as torres de vigia.
 

Em um destes prédios, ao lado da capela da fortificação, encontramos a 
 Biblioteca da Fortaleza de São José de Macapá
Mais um centro de pesquisas na cidade
à disposição da comunidade para visitação e consultas.
O acervo não é grande mas encontramos boas referências sobre 
história, folclore e cultura indígena.
"Quanto mais conhecemos, mais amamos." 
(Leonardo da Vinci)
Esses livros não conhecia: Personagens Ilustres do Amapá.
 Certamente, um resgate de personalidades na história amapaense.
Mais livros, os protagonistas de minhas pesquisas, no momento de fama - a busca pela leitura. É tão triste ver muita coisa longe da busca pelo conhecimento. Vejo-os, às vezes, como alguém que quer dizer algo importante, mas sem ter quem o escute. Não conheces alguém assim? Livros desse jeito têm aos montes. Quem sabe aí do seu lado. Aff! Viajei demais!!
 "Pense como uma pessoa de ação e aja como uma pessoa que pensa."
(Henri Louis Bergson)
 
 
Sou um garimpeiro entre as estantes obscuras.
Descobridor de cavernas de Ali Babá.
"A curiosidade é mais importante do que o conhecimento."
(Albert Einstein)
"O saber a gente aprende com os mestres e os livros. 
A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes."
(Cora Coralina)

 BEM-VINDOS!!!