As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

terça-feira, 25 de março de 2014

Marieta & Alexandre Paulo, baluartes na ascendência de minha família em Macapá

Como amante da história tenho apreço e curiosidade grande pelas histórias familiares. Saber da ascendência, de onde vieram, o que viveram, que coisas experimentaram... Esse é um conhecimento que, invariavelmente, perde-se quase todo (ou tudo mesmo e para sempre) entre as famílias. Com meus parcos recursos, meu limite de conhecimento vai até meus bisavós pelo lado materno. Daí para trás é um mundo desconhecido com pessoas que jamais saberei algo (incluindo nomes, origens e imagens). Por isso tenho como abençoados aqueles que conheceram e conviveram com seus antepassados mais distantes, pois o tempo, assim como escreve novas páginas, faz com que aquelas outrora vividas sejam apagadas das mentes e corações de todos. Quem sabe também a história de todos nós daqui a algumas gerações...
Dos quatro casais de bisavós em nossa história, tive a bem-aventurança de conhecer apenas um, cujas lembranças tenho da minha infância/adolescência e aqui apresento para os mais novos da minha família... toda uma geração de bisnetos e tataranetos que nunca viram ou ouviram algo dos mesmos. É para estes que compartilho e apresento-vos os estimados, e importantes em nossa história familiar, ALEXANDRE PAULO e MARIETA, baluartes respectivos nas famílias Ferreira e Balieiro, naturais da região de Breves no Pará.

Alexandre Paulo e sua estimada Marieta viveram um casamento de seis décadas. Em linhas gerais, vô Alexandre era um homem piedoso e com fé firme e forte, não sendo abalada pelas muitas lutas que enfrentou, desde a perda da visão, no vigor ainda de seus anos, até sua partida em 1984. Vó Marieta, característico das mulheres acostumadas desde cedo à vida ribeirinha, era uma mulher vigorosa e também engraçada. Seu adeus foi no ano de 1991.

Deles vieram os filhos: Raimunda (Mundinha), Sebastião (Nilzinho), Maria Vitória (Lola), Lourival, Raimundo e Ana. Cada um com suas histórias e famílias construídas, destes me reservo apenas às histórias de Ana, que tem sua descendência misturada à Família Castelo.

Consegui também fotos do Raimundo, Lourival e Ana, a última desta geração, a nos agraciar com sua presença (fazendo jus ao nome). Não é outra senão a grande Vó Nikita! 
Ah! O menino que aparece ao lado do tio Raimundo (1975) e o fulano com a Vó Nikita sou...

Veja também:

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

"Treze e outros contos" (Sérgio Sales)

Alguém já disse que  uma forma de felicidade é a leitura - Jorge Luis Borges, literato argentino. Vou encontrando também a minha em companhia dos livros, com a certeza de infindáveis descobertas. "Treze e outros contos", de Sérgio Sales, é mais uma delas. Obra com contos bem humorados ou reflexivos. Conheça aí um deles, em mais uma sugestão de livros para serem conferidos e apreciados. E de agradável leitura.

Título: Treze e outros contos
Autor: Sérgio Sales
Editora: Gráfica Virgem de Nazaré 
Páginas: 81 
Ano: 2007 
Tema: Contos

Sem saída

Eu morava num lugar bastante movimentado no centro comercial da cidade. Era um local amplo e bem iluminado, com enormes janelas, por onde entrava ventilação.
Apesar do barulho intenso, característico do lugar, eu gostava de morar ali. O som das buzinas dos carros que passavam, e dos alto-falantes, não me incomodava. Até mesmo alguns disparos feitos por policiais, em perseguição aos inúmeros bandidos, sempre presentes por ali, não chegavam a me importunar.
Eu tinha uma aprazível vista do mar, bem ali, em frente de onde eu morava.
Sombrinhas coloridas, garotas bonitas, carros esporte e gente por todos os lados, indo e vindo da praia, faziam minha alegria nos ensolarados finais de semana.
Nos outros dias, eu me contentava em olhar o mar e as garotas que trabalhavam no comércio. Também admirava os rapazes, e as crianças que transitavam pelo local.
Gostava também de observar os idosos, com sua calma peculiar, e os animais. Esses últimos me chamavam a atenção, por sua incrível racionalidade.
Morei por algum tempo nesse lugar mas, num certo dia, fui obrigado a mudar de endereço. Aliás, eu já contava com a mudança a qualquer momento, e não fiquei aborrecido. Achei que seria bom conhecer outro lugar, outras pessoas, outros ares. E assim, fui alegremente morar no meu novo endereço.
O lugar onde fui morar, ao contrário do anterior, não era em frente à praia, e nem tinha a agitação do comércio, entretanto, o som de disparos de arma de fogo era mais frequente, principalmente durante a noite.
Uma pequena casa, mal iluminada, em um bairro distante do centro, era a minha nova morada, e eu agora vivia com uma família de classe média baixa. O marido achava-se desempregado e o comando do lar ficava por conta da mulher, que trabalhava como vendedora de cosméticos, ou coisa que o valha.
As brigas eram constantes entre o casal por causa das bebedeiras do marido que, deprimido pela falta de trabalho, entregava-se ao álcool em excesso, quase todos os dias.
Em diversas ocasiões, eu o vi agredir a mulher, com socos e pontapés, tentando conseguir pela força, algum dinheiro para a compra da bebida.
O casal tinha uma filha de dez anos que nessas ocasiões corria a pedir socorro aos vizinhos, pois se ficasse em casa, seria também espancada pelo pai furioso e bêbado.
Eu não interferia nos problemas da família, apesar de não concordar com o comportamento desumano do marido, naqueles momentos. 
Compadecia-me da mulher e da garotinha, que sofriam muito, nas mãos daquele brutamontes.
Eu não gostava de morar com eles. sentia falta da praia e das pessoas alegres e felizes com as quais eu convivia no tempo em que residia no centro comercial.
Lembro-me de quando fui morar com eles. Receberam-me com sorrisos, muita festa, e fizeram até brindes pela minha chegada.
Disseram que eu seria de grande utilidade para a família, e a pequena falou que eu era forte e bonitão.
Fiquei tão lisonjeado com tudo isso, que nem me importei de saber, que ocuparia um pequeno cantinho na cozinha.
Mas o tempo foi passando e, apesar de saberem que eu era muito importante para a família, ninguém mais ligava para a minha presença naquela casa.
Isso me entristecia um pouco. Aliás, me entristecia bastante.
Num certo dia, durante uma de suas bebedeiras, o marido quebrou a casa toda, espancou a mulher como de costume, e agrediu-me também, me jogando no chão com violência.
Eu já não era novo e forte, e na queda, quebrei uma das pernas. senti vontade de ir embora dali... mas não fui.
Hoje ainda moro com a mesma família. Estou velho e aleijado, mas ainda sou de alguma utilidade.
Trago na minha lembrança os tempos em que eu morava em frente à praia, no centro comercial, lembro-me das sombrinhas coloridas, do cheiro do mar, das garotas do comércio, do vai e vem das pessoas. Ah! Como eu gostaria de poder voltar a morar lá.
Mas, infelizmente, não posso mudar de endereço por minha livre vontade.
Afinal... sou apenas, um simples armário de cozinha.


(Conto de Sérgio Sales,  publicado em Treze e outros contos - 2007)

Sérgio Sales, paraense nascido em Belém (1955), é músico, cantor, compositor, andarilho das estradas do Brasil, amante dos rios e das florestas, cantador de trovas e cordéis e estreante como contista com o livro Treze e outros contos (de 2007, sendo relançado em 2010). 
Participou em 2010 da coletânea Contos de Outono (lançada pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, com o conto Enfim conseguiremos) e em 2013 publicou seu primeiro romance Amor, meu grande amor.



Mais informações sobre o autor em:
navegandonavanguarda.blogspot.com.br
- novopapeldeseda.blogspot.com.br

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Família Castelo, a semente de Ana (ontem e hoje)

Essa é uma homenagem a meus familiares, especialmente à minha avó e à minha mãe, Ana e Alzira Castelo. Nikita para os íntimos, minha avó Ana Castelo é uma das pioneiras e moradora das mais antigas do bairro do Trem, hoje com 86 anos, fixando residência nestes cantos desde a década de 50, quando o bairro se limitava às imediações da Praça da Conceição e havia um matagal no que seria futuramente a Rua Hamilton Silva. Naquela época os lotes estavam sendo estabelecidos e distribuídos pela prefeitura. Minha avó e vários de meus parentes, nas proximidades desta rua no Trem, foram contemplados. Como foi comum na época (e ainda hoje assim é) veio da região de ilhas do Pará, com uma história familiar de muitos anos na localidade de Breves. Aqui se estabeleceu no jovem território e continuou sua saga... Minha família! Graças a Deus!

Ana Castelo e filhos (1963)

Da esquerda para a direita: Augusto (Teco), os gêmeos César e Manoel Benedito (Bené), José Maria na janela (conhecido como Mudo, hoje é professor evangélico de classe de ensino especial), Ana com o bebê Antonio, Maria José (Dedeca) e Alzira Castelo (minha mãe, a primogênita da família).
Minha avó teve outros três filhos, que não aparecem na imagem: Maria Helena (vitimada pelo sarampo em Macapá, ainda menina, em 1960), Waldiney (Val, nascido em 1965) e Marcelo Castelo (o caçula, nascido em 1968).
A foto foi registrada na frente de sua casa, na Rua Hamilton Silva por um tipo de profissional diferenciado naqueles tempos, um fotógrafo andarilho, que ia oferecendo seu trabalho de casa em casa.
Ana Castelo e filhos (2014)
Ana e filhos, da esquerda para direita: Maria José, Antônio, César, Marcelo, José Maria, Alzira, Ana, Augusto e Waldiney. Faltou apenas tio Bené!


Veja mais alguma coisa em:

São relatos baseados em histórias de minha avó (sujeitos também a alguns erros).

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Rose Nascimento (Portões Celestiais)

uanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Filipenses 4:8
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Filipenses 4:8
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Filipenses 4:8
"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai."
Filipenses 4:8
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Filipenses 4:8

Rose Nascimento 
(Portões Celestiais)

Me falaram de um lugar, de um lugar muito distante daqui
Me falaram de um lugar,onde o Rei dos Reis está a reinar
Onde o Todo Poderoso está assentado no seu trono
Recebendo a adoração que vem do nosso coração


Santo, Santo eu irei cantar
Quando eu passar os portões celestiais
Com os anjos para sempre estarei
Bem juntinho bem ao lado do meu Rei (bis)
Cantando um hino em adoração, em louvor
Sempre sempre e nunca mais voltar
 

Em adoração em louvor sempre, sempre e nunca mais voltar (bis)

Hoje eu sei que este lugar não se pode comparar (comparar)
Pois riqueza é o que não falta e coroa até teremos ali
Cantaremos com os anjos voaremos com os arcanjos
Onde livre viveremos e pra sempre então diremos
 
Aleluia, Aleluia, Aleluia...

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

... 2014!

Tarde fria, chuvosa... e essas horas pesadas em seu passos... Há uma angustiante solidão nesta biblioteca, hoje tão vazia e com um silêncio gritante. Tédio... Tédio... Eu por aqui... divagando entre essas estantes e... e !!!!!!!!!!!!!!!!!... !!!!!??????????????????? MaS  qUe vUltO é AqUEle esPReiTaNdo poR TrAs dAQueleS LiVRos!!!!!!!?????????
 IÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁUU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

07/01 - Dia Nacional do Leitor