Romance ambientado na Amazônia, segunda metade
do século XX, apresentando duas mulheres
resolutas e fortes diante de adversidades rotineiras. Aborda pontos históricos, como o garimpo e seringais, despertando encanto e curiosidade nas descrições da natureza e sociedade, de forma idílica e em seus dramas peculiares.
A obra inicia com a história de Maria, em uma sucessão de eventos fortemente arraigados na cultura ribeirinha. É a parte que mais gostei, mostrando a protagonista da adolescência à maturidade forçada, como pilar em sua família. O ambiente é retratado de forma rústica, isolada e decadente em alguns momentos, principalmente em relação ao resgate seringalista, onde se desenrolam os episódios mais dramáticos na vida da bela cabocla de olhos verdes.
Na segunda parte o autor apresenta Sandra, que tem história ligada a antepassados judaicos e com muitas revelações quanto a trajetória pessoal e de seu povo. O autor fala de eventos ocorridos na Europa que são desconhecidos do grande público, como a organização Zwi Migdal, máfia que atuou no tráfico de mulheres e teve ação na Amazônia. Nessa parte os eventos giram em torno do garimpo e sua efervescência típica ligada a bordéis e pirataria. O garimpo enfatizado está relacionado as dragas de prospecção de ouro nos rios.
A obra inicia com a história de Maria, em uma sucessão de eventos fortemente arraigados na cultura ribeirinha. É a parte que mais gostei, mostrando a protagonista da adolescência à maturidade forçada, como pilar em sua família. O ambiente é retratado de forma rústica, isolada e decadente em alguns momentos, principalmente em relação ao resgate seringalista, onde se desenrolam os episódios mais dramáticos na vida da bela cabocla de olhos verdes.
Na segunda parte o autor apresenta Sandra, que tem história ligada a antepassados judaicos e com muitas revelações quanto a trajetória pessoal e de seu povo. O autor fala de eventos ocorridos na Europa que são desconhecidos do grande público, como a organização Zwi Migdal, máfia que atuou no tráfico de mulheres e teve ação na Amazônia. Nessa parte os eventos giram em torno do garimpo e sua efervescência típica ligada a bordéis e pirataria. O garimpo enfatizado está relacionado as dragas de prospecção de ouro nos rios.
Ilustração na obra |
Bela obra! O que não gostei foi da segunda passagem de Maria, que perde um pouco do carisma de sua apresentação. O autor não dá fluidez ao desenrolar de alguns fatos.
"A Filha dos Rios" refere-se a cabocla Maria, mas também é uma homenagem a todas as moradoras da região. O segundo romance de Ilko Minev, publicado em 2015, com personagens ligados a "Onde estão as flores?", obra de 2013.
Ilko Minev nasceu em Sofia, na Bulgária, onde cursou Letras com especialização em Germanística. Foi dissidente político exilado na Bélgica, onde estudou Economia, antes de se fixar no Brasil. De São Paulo foi morar em Manaus, onde literalmente se apaixonou e criou raízes. Lá foi empresário e Cônsul Honorário dos Países Baixos por mais de 30 anos (Fonte: SKOOB)
Ficha do livro
Título: A filha dos rios Autor: Ilko Minev
Editora: Virgiliae
Ano: 2015
Páginas: 208
ISBN: 9-788564-68333-4
Tema: Amazônia, Ficção Brasileira
Sinopse: Maria é uma cabocla de olhos verdes, e muita determinação, que luta
para criar seus filhos em meio à realidade amazônica da segunda metade
do século passado. Em sua trajetória, ela conhece Sandra, uma
misteriosa dona de bordel e Oleg, um jovem judeu búlgaro que tenta a
sorte em uma draga de prospecção de ouro no Rio Madeira. Oleg é
personagem do primeiro livro de MInev, Onde estão as flores?, assim como
Licco e Davi, que também aparecem nesse novo romance. Fonte: books.google.com.br