Ao ler este livro, você vai se impressionar como uma pessoa humilde,
mas perseverante e corajosa, junto com sua família consegue vencer os
desafios que a vida lhe impôs. Drª Zeneide Alves de Souza (acreana) após 54 anos
servindo o Amapá, como cirurgiã plástica, conta sua trajetória.
O incentivo para escrever o livro partiu de amigos e da família, que acompanham a saga da autora e sabem de sua importância para a saúde e estética dos amapaenses. A obra entremeia os fatos de sua vida com os do Amapá, no ambiente social e político, contando a história de Zeneide e do estado. Proporciona conhecimento sobre a determinação desta mulher para conquistar seu espaço, e uma volta ao tempo, do Território até nossa história mais recente.
O incentivo para escrever o livro partiu de amigos e da família, que acompanham a saga da autora e sabem de sua importância para a saúde e estética dos amapaenses. A obra entremeia os fatos de sua vida com os do Amapá, no ambiente social e político, contando a história de Zeneide e do estado. Proporciona conhecimento sobre a determinação desta mulher para conquistar seu espaço, e uma volta ao tempo, do Território até nossa história mais recente.
(Trecho da apresentação)
Informações do livro:
Título: Desafios de uma Cirurgiã Plástica na Amazônia
Autora: Zeneide Alves de Souza
Editora: Premius
Ano: 2013
Páginas: 239
Tema: Biografia/Relatos e MemóriasTítulo: Desafios de uma Cirurgiã Plástica na Amazônia
Editora: Premius
Ano: 2013
Páginas: 239
Bela obra! Inspiradora em determinação. É o que a autora sugere ao
discorrer sua trajetória como cidadã e profissional na área da
saúde no Amapá. As narrativas se iniciam no Acre e sãos recheadas do cotidiano nortista. Algumas descrições parecem contos ou causos pelas
particularidades e extravagâncias. Nunca poderia
imaginar, por exemplo, que algumas pessoas buscavam cadelas pretas para
tirar leite para crianças (uma crença para a formação de bons dentes). Por essa e outras a leitura foi interessante desde o início.
Gostei também das histórias nos primeiros anos no Amapá como professora em lugares longínquos de difícil acesso. As peripécias narradas como estudante na antiga Escola Doméstica parecem saídas de um romance e gostei, principalmente, dos relatos da vida como profissional de saúde, tendo que conciliar o teórico com o real e prático. Experiências compartilhadas no Hospital de Emergência Osvaldo Cruz e no Hospital Geral de Macapá. Acredito que os acadêmicos dessa área deveriam conhecer essas histórias, que mostram uma constância em ideais que hoje se perdem facilmente, ou se vendem, trocam, um mundão de coisas...
Sei que autobiografias costumam ser tendenciosas, mas o livro realmente foi de leitura prazerosa tocante e edificante.
O livro é muito bom, só não gostei do acessibilidade. Almejei por um tempo nas bancas, mas o preço exorbitante me afastava, não sendo em nada convidativo para muitos leitores também. Meu exemplar doei para a Biblioteca Pública de Macapá, onde o havia buscado sem encontrar. Tenho em mente que toda publicação lançada no Amapá deveria ter um exemplar naquele local.
Gostei também das histórias nos primeiros anos no Amapá como professora em lugares longínquos de difícil acesso. As peripécias narradas como estudante na antiga Escola Doméstica parecem saídas de um romance e gostei, principalmente, dos relatos da vida como profissional de saúde, tendo que conciliar o teórico com o real e prático. Experiências compartilhadas no Hospital de Emergência Osvaldo Cruz e no Hospital Geral de Macapá. Acredito que os acadêmicos dessa área deveriam conhecer essas histórias, que mostram uma constância em ideais que hoje se perdem facilmente, ou se vendem, trocam, um mundão de coisas...
Sei que autobiografias costumam ser tendenciosas, mas o livro realmente foi de leitura prazerosa tocante e edificante.
O livro é muito bom, só não gostei do acessibilidade. Almejei por um tempo nas bancas, mas o preço exorbitante me afastava, não sendo em nada convidativo para muitos leitores também. Meu exemplar doei para a Biblioteca Pública de Macapá, onde o havia buscado sem encontrar. Tenho em mente que toda publicação lançada no Amapá deveria ter um exemplar naquele local.
Página da biografia no livro |
A seguir, um dos relatos de infância da autora, contando uma presepada inusitada para o atual cenário da Fortaleza de São José de Macapá.
Visita à Fortaleza de São José
Mais uma travessura de criança. Há em Macapá um Forte chamado Fortaleza de São José, construído à margem do rio em frente à cidade, iniciado pelos portugueses, feito por escravos e que já teve várias utilidades: presídio, quartel, local de desfiles. Na época da minha infância era um zoológico, havia muitas árvores frutíferas, principalmente mangueiras, e alguns macacos soltos. Eu comprei umas bananas e, sem ser percebida entrei para distribuí-las à macacada e, para minha surpresa, um destes animais com um filhote nas costas se atracou em mim para pegar as bananas, pense num susto, saí gritando porta afora, com os macacos atracados nas costas, o guarda também saiu correndo, foi uma cena hilariante; o guarda pedia para que eu parasse, mas eu agora estava com medo também do guarda, depois de muita correria nós três fomos contidos; o guarda me tranquilizou, mas me deu uma bronca por ter tentado alimentar os animais e entrado sozinha no recinto. Mesmo depois desse episódio, continuo gostando desses animais; quando morei no interior sempre tive um macaco de estimação.
(Trecho da pág. 64).
Vista aérea da Fortaleza de São José de Macapá na década de 1960 |
A obra está disponível para consultas
na Biblioteca Pública Elcy Larcerda em Macapá.