As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Imagens de Limão do Curuá (Bailique)

Como toda pessoa que valoriza sua terra, tenho uma vontade grande de conhecer cada canto desse meu Amapá. Há tantos locais, particularidades, beleza, dificuldades, desafios, expressões e identidade que queria ver de perto, me aventurando nas descobertas e aprendizagem. Experimentando e conhecendo rotinas que, às vezes, sequer imaginamos ou minimamente vivenciamos. O Bailique é desses locais que queria conhecer. O arquipélago é distrito de Macapá e tem mais de 40 comunidades distribuídas nas 8 ilhas. Me ponho a investigar e imaginar, principalmente quando vejo imagens como estas que lhes apresento. São fotos gentilmente cedidas pela professora Simone Alves, da comunidade de Limão do Curuá. Apesar das limitações, dá para perceber um pouco da comunidade.

 
Depois de umas dez horas de barco....
Vamos se achegando sumano! Bem-vindos à Limão do Curuá! 
 Ah... É mais uma comunidade ribeirinha, filha do maior rio do mundo!
A comunidade teve a sua origem através da migração de membros da família Bararua provenientes da comunidade de Gurijuba/AP (antiga Confiança) que, ao pescarem na praia desta região, encontraram um molusco chamado Uruá, o qual deu origem ao nome Curuá a está comunidade. (Fonte: some-ensino.blogspot.com.br)
O Bailique está localizado a uns 185 km de Macapá, na foz do Amazonas. Essa comunidade de Limão do Curuá conta hoje, dado informal coletado com residente, com cerca de 300 pessoas.
Na vida ribeirinha, a proximidade com a natureza é uma constante.
Opa! Isso certamente acaba em um mundão de histórias... música para meus ouvidos, nunca cansados para isso. O real e o banal tudo é meu foco de interesse.
Quanta coisa há por descobrir nessas matas, com esse povo...
Com licença pessoal! Estou adentrando um pouco na fantasia que aprecio...  Encontrei o seguinte texto de estudantes pesquisadores do IEPA, sobre Limão do Curuá...
"As estórias de visagens e encantamentos fazem parte do imaginário cultural da comunidade. Na época da Semana Santa e Dia de Finados os moradores não realizam trabalho. Os moradores mais antigos contam que, antigamente, quando se trabalhava nesses dias apareciam dentro da mata visagens e misuras. Como exemplo, contam que há muito tempo atrás o pai de uma moradora saiu para trabalhar na roça e desapareceu na mata sem deixar vestígios e nunca mais apareceu." (Fonte: IEPA)
 
Adentrando um pouco a realidade necessitada de atenção, citando uma delas, vemos aí a escola e sua carência de investimentos. Conheci a professora em busca de material para a biblioteca escolar, reunindo assuntos que são importantes para a comunidade: desmatamento, caça predatória, queimadas e educação ambiental. Há uma crescente disso na localidade.
 
 
Viva o despreendimento para as boas ações! Nas imagens acima vemos uma ação de educação ambiental realizada pelos professores e estudantes na comunidade.
 
 
 
A comunidade comemora no dia 27 de novembro a festa de sua padroeira, Nossa Senhora das Graças, com novenas e procissões. Na comunidade a igreja evangélica também está presente. (Fonte: IEPA)
Foram apenas algumas imagens, sem a dimensão que gostaria realmente de apresentar. Essa é a comunidade de Limão do Curuá, no Bailique. Deu para perceber um pouquinho? Agradeço as imagens à professora Simone Alves.

Veja também:
some-ensino.blogspot.com  (Conhecendo Limão do Curuá - Por Enimara Freitas / 2011)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Clip "Religião", de Maycon Tosh / Mega Produtora (2013)

Clip "Religião", de Maycon Tosh, produzido recentemente pela Mega Produtora, em Macapá/2013. Música com a crítica social de M. Tosh à religiosidade e ideologias associadas aos interesses egoístas.


Religião: Composição de Maycon Tosh
Produção: Mega Produtora
Músicos: Lucas Amaral (Bateria), Junior Batista (Guitarra), Jerson Lima (Baixo) e Samir Brito (Guitarra)
Câmera Grua: Carlos Jr
Câmera 2: Estevam Eliel
Assistente de produção: Alexandre Minoucce
Edição: Estevam Eliel
Direção de Vídeo: Carlos H. G. Lima


Veja também:

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Arte de Ivam Amanajás

Registrei na Assembléia Legislativa do Amapá algumas obras de Ivam Amanajás, artista plástico amapaense conhecido pelas obras  regionalistas e pelas experimentações no surrealismo e abstracionismo. Nascido em Macapá, já expôs em diversas partes do Brasil, envolvendo-se com o movimento artístico desde 1969, quando participou de uma exposição no antigo Ginásio de Macapá (GM) aos 13 anos.

Essas são obras do regionalismo, com a inesgotável inspiração a todo nortista: o Paisagismo Amazônico...
"...Sou da Amazônia, caboclo universal, e pinto com o barro da minha terra, mas as minhas imagens são para o mundo." (Ivam Amanajás) 
Recanto da tranquilidade (Ivam Amanajás)
  
Luz na estrada (Ivam Amanajás)
...E exemplares do surrealismo, onde vemos a mecanização da natureza e humanidade. Entre outras coisas que o artista queira mostrar, evidencia-se uma crítica ao artificialismo da vida.
Olho do Lago (Ivam Amanajás)
Rota de Colisão (Ivam Amanajás)

"...Decodifico o impensável, viajo na exótica Amazônia, no cosmo da imaginação, nas cores, pois elas falam! ...Viajo através delas levando minha cara limpa, minha raça, o grito preso na garganta, pronto para protestar aos homens que destroem a natureza." (Ivam Amanajás)


Conheça mais sobre o artista em:

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Desfile cívico em Macapá - Zona Norte (10/09/2013)

Ontem (10/09/2013) aconteceu o desfile cívico-militar na Rodovia do Curiaú (Zona Norte de Macapá) referente ao 13 de setembro, criação do Território Federal do Amapá. Essas são algumas imagens compartilhadas por Rosa Dalva (Gerente da Biblioteca SEMA-AP).

Exército, polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal de Macapá abriram o desfile para os 1,2 mil alunos das escolas da rede pública da região. 
(Fonte: G1 Amapá)
Banda da Polícia Militar
Pelotão Bombeiro Cidadão
Segundo a Agência Amapá, 17 escolas da Zona Norte participaram com aproximadamente 1.200 alunos.
Pastoral da Criança
Com o tema "Mitos e lendas do povo ribeirinho", os estudantes apresentaram a dança do marabaixo, a lenda do açaí, entre outros, que fazem parte da cultura popular do estado. (Fonte: G1 Amapá)
 
Grupo de Escoteiros Baden-Powell
Agradecimentos à Rosa Dalva, que gentilmente cedeu as fotos para o blog.

Veja Também:

Imagens da Bacia de Acumulação no Canal do Beirol (2013)

Vídeo elaborado por Aline Pinheiro (Ciências Ambientais/UNIFAP) e Rogério Castelo, sobre a bacia de acumulação no Canal do Beirol. Recentemente (julho/2013) recebeu uma limpeza através da prefeitura, havendo a retirada total da vegetação (formada principalmente por aguapés e aningal). 

A bacia em 2012 (Foto: Rogério Castelo)
Limpeza semelhante a esta não ocorria há muitos anos e isto, de certa forma, induziu muitas pessoas a acreditar que a medida foi o suficiente, em ânimos mais exaltados, para classificar a área como um novo ponto turístico. 
A bacia em 2013 (Foto: Rogério Castelo)
Confrontando teoria e prática, são necessárias muitas ações ainda para as boas condições na bacia. 
Limpeza da bacia em julho/2013 (Foto: Rogério Castelo)
Tão necessária quanto a limpeza e drenagem, é também a construção de um muro de proteção, a retirada do lixo (vemos a formação de lixeiras viciadas no momento), a solução à questão de despejo de esgoto doméstico, a sensibilização da população com as práticas de educação ambiental e a construção de calçadas.

...Deveria ter placa sobre a água contaminada...

Foto: Jornal Diário Do Amapá

(Foto: Rogério Castelo)
Possibilidades além do alcance da administração pública? Estão lá para isso... 
Trabalhos de terraplanagem no Canal do Beirol em 1984
Fonte: SEINF - Acervo da Biblioteca SEMA
Esse canal começou a ser construído na década de 80 e até hoje permanece inacabado... 
Foto: Aline Pinheiro
 A bacia e sua situação atual (Foto: Rogério Castelo)
...Semelhante ao que vemos. Não desmerecemos nada, mas, como cidadãos, não estamos alheios às medidas satisfatórias. Precisamos e queremos isso para o canal.

"A natureza nunca nos engana; somos sempre nós que nos enganamos."

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Macapá e suas ruas (Av Coaracy Nunes) - Parte 2

Seguindo a proposta de fotografar as ruas de Macapá, aí estão mais algumas imagens da Av Coaracy Nunes. Registrei estas no início de agosto e esperava somar com outras imagens aéreas da avenida no trecho comercial. Objetivo nem sempre possível de alcançar (é muito frustrante não conseguir registrar vendo algumas possibilidades tão boas...). Mas, enfim, vou fotografando o que for viável, como contribuição inspirada nas fotos antigas da cidade, que hoje são muito importantes para o estudo e ilustração da história (julgue você se afinal são de alguma importância estas imagens)

Trecho pós-cruzamento com a Rua Odilardo Silva, no Centro.
Trecho pós-cruzamento com a Rua Odilardo Silva (imagem aproximada).
Trecho antes do cruzamento com a Rua Odilardo Silva.
O Sr Aloisio Cantuária me passou algumas informações de cunho histórico (via facebook) que resolvi compartilhar. Veja aí as informações: 
"Antes da denominação atual, a via recebia o nome de Avenida Aires Chichorro. Aires de Sousa Chichorro foi capitão-mor (um administrador colonial português) da Capitania do Grão-Pará nos seguintes períodos: de 9 de novembro de 1638 a abril de 1639, de 10 de janeiro de 1648 a julho de 1649, de junho de 1650 a 1652, e de 9 de setembro de 1654 a dezembro de 1655." (Fonte: Wikipedia). 

"Aires Chichorro foi também contemporâneo do capitão Pedro Baião e Feliciano Coelho (sobrinho de Mendonça Furtado) na luta pela posse da região de Macapá contra ingleses e franceses, antes da fundação da Fortaleza de São José.

"Lembro de, ainda garoto, ter visto a placa com esses nome, grafado como Ayres Chichorro, na parede de um estabelecimento comercial localizado na esquina da rua Cândido Mendes com a avenida Coracy Nunes (onde já funcionou a Casa Beiruth N'América). A prefeitura mudou (desconheço a data) a denominação da avenida no embalo das homenagens feitas ao deputado Coaracy Nunes, morto em acidente aéreo em 1958."
O cruzamento com a Rua Odilardo Silva.
Trecho pós-cruzamento com a Rua Eliezer Levy, onde está localizado o Hotel Rio Mar
(Registrei algumas imagens aéreas nesse prédio, veja no link ao final da postagem)
Trecho pós-cruzamento com a Rua General Rondon.
Trecho pós-cruzamento com a Rua General Rondon.
(Dá para perceber edificações em verticalização no Centro)
 
... E mais uma vez o início da avenida, na interceptação com a Rua Binga Uchôa.
Dá para imaginar que, até próximo a este baluarte, se estendeu em décadas passadas a Doca da Fortaleza! Conheço até história de menino que foi ferroado por arraia nesse ponto (leia-se um de meus tios). Banalidades... Banalidades... Mas que não dispenso de ir divagando!!!! Ara! Tudo se soma em minha mente na visualização de uma Macapá de outrora...
 Macapá que amo, conhecedor de seus pontos positivos e negativos, 
onde vivo e que quero conhecer cada vez mais!

Te conto e mostro depois algo mais 
do que for fotografando e descobrindo!

Veja também: