Mapa: Google Maps 2012 (Visualize AQUI) |
É um trajeto percorrido frequentemente pelos moradores.
Totalizando entre 160 a 185 Km de distância da capital amapaense.
Tem gente que vai de voadeira... Meu amigo, tem que ter estrutura e coragem para isso, pois a viagem não é fácil e também é perigosa, com aqueles banzeiros todos chocando-se contra a pequena embarcação.
Barcos assim são veículos comuns / Comandante Solon, navio que esteve por lá.
As ilhas sofrem um processo contínuo de erosão, com quedas de barrancos, devido a influências das marés e correntes.
Tem 74 poemas com a temática regional e constitui-se em mais uma singela e bonita obra que deveria ser descoberta e utilizada nas escolas amapaenses.
Fica aqui a sugestão aos amigos professores.
Foto: Marjorie Bezerra de Sousa (Jaburuzinho-Bailique, Acervo Biblioteca SEMA) |
MAIS IMPORTANTE(Jonas Teles)Tantos rios, tantas belezasTantas fortes correntezasAbraçando este país.Tantos lagos e vertentesEntre grutas e nascentesDeixando miçununga feliz.Murmúros excitantesCardumes viajantesSubindo corredeiras.Represas, grotas, açudesAs águas e suas virtudesPara o mar fazem carreira.Com lendas e históriasEm sequência a trajetóriaDesses rios buscando o mar.Todos são elegantesSó que o mais importanteÉ o Rio Amazonas do Amapá.
Foto: Geysa Moura (Pôr-do-sol no Bailique, Acervo Biblioteca SEMA) |
Poesias de Jonas Diego Teles, no livro "Peripécias da Natureza" (publicado em 2008 e encontrado nas livrarias e bancas de revistas em Macapá). Também está à disposição para leituras em algumas bibliotecas.RIO AMAZONAS(Jonas Teles)
Retificando a purezaImpondo à naturezaOrdem, respeito e beleza.
Antélio te embelezandoMaresia te enfeitandoAmazonas, meu rio perfeitoZingador não faz efeito.Ordenador de embarcaçãoNas ondas do coraçãoAmo de todo jeitoSuas lendas minha emoção.
Tem 74 poemas com a temática regional e constitui-se em mais uma singela e bonita obra que deveria ser descoberta e utilizada nas escolas amapaenses.
Fica aqui a sugestão aos amigos professores.
Aspectos Sócio-Econômicos-CulturaisObservamos que a população tem carências e dificuldades devido a grande distância, a falta de transporte e comunicação. Vivem da pesca, caça, captura do carangueijo, açaí, palmito, banana, extração de madeira para construção naval/residencial, retirada de azeite de andiroba (oleaginosas), mel de abelha (apicultura nativa), etc.As casas se interligam por meio de pontes, pois seis meses são de seca e seis meses de alagado. A região é constituída por florestas nativas pouco exploradas, pois os locais que passamos não demonstravam desmatamento, a não ser os provocados pela erosão fluvial. Sua fauna é rica em animais silvestres, pássaros principalmente.No leito do rio encontram-se grande quantidade de argila, que poderiam ser utilizadas em indústria cerâmica como uma fonte de renda para a região. O palmito é mais explorado, mesmo com seu baixo valor de venda a quem o industrializa, pois o açaí (que tem um valor elevado) é pouco vendido devido sempre chegar ressecado ao destino, sem interesse para o consumo; falaram sobre o peparo do caroço de açaí e bacaba congelados, que assim não perderia na qualidade e valor nutricional, porém, as condições das comunidades, que dependem de diversos fatores, não condiz com essa realidade.Existem comemorações de diversos santos (São Pedro, São João, São Benedito e N. Srª da Conceição). Grande parte da população da Vila Macedônia e outras de procedência evangélica, não participam ou aceitam tais procedimentos na comunidade.(Texto retirado do Relatório I Seminário sobre Escola Bosque - Módulo Bailique, de 1996, elaborado pelo técnico em educação ambiental da SEMA: Renato Brasiliense)Pesquisado na Biblioteca Ambiental da SEMA/Macapá e aqui postado para estudos comparativos atuais sobre o arquipélago.
Tudo muito propício à formação de açaizais, espécie comum.
Na imagem acima vemos a Vila Macedônia.
Terra das águas sedimentares do Rio amazonas...
....e terra de ribeirinhos acostumados ao regime das águas.
A população em 1991 era de 4.500 habitantes em 32 comunidades (IBGE).
Hoje são mais de 8 mil habitantes distribuídos em mais de 50 comunidades nas 8 ilhas (Bailique, Brigue, Curuá, Faustino, Franco, Igarapé do Meio, Marinheiro e Parazinho)
Algumas das comunidades são: Andiroba, Bom Jardim, Bom Jesus, Brigue, Carneiro, Cristo Rei, Cubana, Curuá, Filadélfia, Foz do Gurijuba, Franquinho, Freguesia do Bailique, Igaçaba, Igarapé do Abacate, Igarapé do Buritizal, Igarapé do Meio, Itamatatuba, etc. Veja no blog Coisas do Amapá (do historiador Edgar Rodrigues) a relação das comunidades e também considerações interessantes, como a origem do nome Bailique.
Bela imagem! Esse canal dá acesso à Comunidade Marinheiro de Fora.
Vamos chegando na Vila Progresso.
Considerada a principal das comunidades no arquipélago.
Considerada a principal das comunidades no arquipélago.
Na margem onde a comunidade esta localizada, a erosão vem ocorrendo com maior intensidade, além da ação natural, a grande quantidade de embarcações que atracam em sua margem vem contribuindo para acelerar esse processo. (Texto pesquisado em iepa.ap.gov.br)
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Vila Progresso é recente, sua expansão e crescimento ocorreu a partir de 1978, quando uma missão governamental realizou uma ação social na Vila provocando assim o deslocamento e fixação de pessoas vinda de outras localidades. (Texto pesquisado em iepa.ap.gov.br)
Segundo relato de moradores mais antigos, os fundadores da comunidade, ao criarem, tinham a idéia de expandi-la, por isso a denominação de Vila Progresso. (Texto pesquisado em iepa.ap.gov.br)
Essa postagem é um registro muito simples de imagens. Se quiser conhecer mais de perto a realidade das comunidades, em fotos e relatos, visite o extensaobailique.blogspot.com.br que apresenta impressões mais detalhadas do lugar.
Esse é o porto na Vila Progresso.
Como se vê é uma estrutura em concreto. Atrás vemos o Posto de Saúde. Vila Progresso está melhor estruturada em relação as outras comunidades, porém, precisa ainda de muitos melhoramentos na infraestrutura (há carência de profissionais da área médica no Posto de Saúde).
Registro da coleta de lixo na vila. O material é estocado e, periodicamente, uma embarcação de Macapá faz a coleta. Com a situação crítica da coleta de lixo em Macapá, a comunidade teve também suas dificuldades e transtornos com o acúmulo. Esse é um dos problemas também na infraestrutura.
A Escola Bosque foi inaugurada em 1998 devido a demanda no Ensino Médio, diminuindo os índices de migração à Macapá, para onde as famílias se deslocavam a fim de dar continuidade aos estudos dos filhos. (Informação da publicação "Bailique", da CAACES - 2000).
Em 1994 o Bailique contava com apenas 14 escolas funcionando. A região tem hoje mais de 20, a maioria ofertando o Ensino Fundamental.
Foi erguida com a participação da comunidade através do Conselho Comunitário do Bailique que também aproveitou mão de obra local na construção, toda erguida com material disponível no arquipélago (Informação de tvcultura.com.br).
Seu projeto pedagógico foi concebido pelo educador Mariano Klautau e o projeto arquitetônico é de sua mulher, Dula Lima, levando em conta a concepção espacial das aldeias waiãpi (Informação de tvcultura.com.br).
Tela: Kuarup XLIII - Escola Bosque - Bailique (Olivar Cunha)
Conheça mais a obra e o autor em olivarcunhaarte.blogspot.com.br
O nome Bosque deve-se ao fato da Escola estar construída em meio a uma área verde, onde o professor pode realizar suas atividades docentes aproveitando a riqueza natural como recurso didático. (Informação de escolabosquebailique.blogspot.com).
A Escola tem como suporte principal a Educação Ambiental pela qual direciona todo seu trabalho pedagógico (Informação de escolabosquebailique.blogspot.com).
Poderia se completar a frase final da placa com:
A Educação Ambiental nos ensina como usar e preservar.
Todos os módulos são em estilo circular, construídos com madeira da região e com um espaço central aberto com área verde...
...facilitando a ventilação e iluminação.
Entre 03 a 10/12/2012 houve uma ação ambiental com participação da SEMA, Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Batalhão Ambiental. Evento necessário para sensibilizar os alunos e os moradores sobre a importância de se preservar o meio ambiente em que vivem. É importante ressaltar que no Arquipélago do Bailique encontramos a Reserva Biológica do Parazinho, onde há desova de tartarugas (Informação: diariodoamapa.com.br)
Ação de educadores ambientais da SEMA no auditório da Escola Bosque
(Marta e Alana)
(Marta e Alana)
Exposição de material educativo da Biblioteca Ambiental da SEMA-AP.
Nelsiana Duarte (Responsável pela Biblioteca Ambiental da SEMA-AP) e Rosa Dalva (Gerente da Biblioteca Ambiental da SEMA-AP). São também as autoras da maioria das fotos aqui apresentadas.
Há um projeto em tramitação para implantação de uma Biblioteca Ambiental na Escola Bosque. A educação ambiental é um dos processos fundamentais para o desenvolvimento de nossa sociedade.
O projeto desenvolvido pela SEMA objetiva a implementação e enriquecimento do acervo com obras sobre o meio ambiente, dando ênfase à educação embiental, ao consumo e desenvolvimento sustentado, as unidades de conservação, à pesca, à legislação ambiental, às comunidades tradicionais, aos recursos hídricos, ao aquecimento global, à questão das queimadas e desmatamento e outros assuntos relacionados.
Os materiais são disponibilizados na forma de publicações e vídeos. A maioria das publicações que encontramos são livros didáticos. O acervo ambiental a ser incorporado é composto também por livros técnicos, fundamentais para a pesquisa ambiental. É um projeto que, se aprovado, tem o aval da SEMA/GEA (Governo do Estado do Amapá).
Esta é a atual Biblioteca Escolar.
Os materiais são disponibilizados na forma de publicações e vídeos. A maioria das publicações que encontramos são livros didáticos. O acervo ambiental a ser incorporado é composto também por livros técnicos, fundamentais para a pesquisa ambiental. É um projeto que, se aprovado, tem o aval da SEMA/GEA (Governo do Estado do Amapá).
Foto: Lorem Freitas Ribeiro (Buritizeiro, Acervo da Biblioteca SEMA) |
A CHAMA DOS BURITIS(Deusa Ilário)O sol me chama a caminharpara apreciar os buritis que começam a cairA sombra me convida a sentarComo sou passageira do tempome ponho a contemplar a poesia do dia,na leveza da maresia dessa lagoa bonita.Venho do mundo da saudadecom os pássaros a cantare este silêncio só me faz divagarFujo de mim, transcendo os fios da paisagemO amor chega a mim pelo cheiro do buritie pelo encanto que provocas em mim.Eu seguro nas mãos o tempoEu faço do meu olhar os olhos do riosinto medo e frio,mas tropeço nos buritis que continuam a cair.Meu pranto faz a lagoa transbordar,o socó para a outra margem voarA lagoa, logo, vira marE eu viro uma espumaque vagueia, planta e se encantacom a beleza dos buritisque se fazem lagoa, praça e saudade.
Poesia de Deusa Ilário no livro “Retalhos e Linhas”.
As mesmas coisas que falei do outro livro se aplicam a este também. Conheça a autora em escritoresap.blogspot.com e AQUI. |
Mais imagens da Escola Bosque.
Bailique lembra um pouco a cidade de Afuá no Pará, com todas aquelas passarelas.
Vila Progresso (Foto: Greenpeace/Nathália Clark) |
Não é verdade?
Horta cultivada na Escola Bosque.
Como em todas as vilas
ribeirinhas na Amazônia quando alguém ficava doente o tratamento era a
base plantas medicinais e remédios caseiros.
(Informação de escolabosquebailique.blogspot.com).
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Crianças da Vila Progresso (Bailique).
A garotada no campinho, nas adjacências da escola. Se tu não sabes, tudo isso aí será alagado em determinada época do ano, incluindo a área das construções (módulos) da Escola Bosque. Por isso vemos as edificações sempre em estilo palafita.
Foto: Ilana B. Dantas / 2010 |
É disso que estou falando. Imagem originalmente postada em
Aí está a alternativa construída: o Malocão de Educação Física.
Essa é um hotel construído para atender o turismo, nunca foi usado e hoje está em abandono e deterioração de sua estrutura.
Deixemos o Bailique e seu bailado de águas e pássaros.
Essa postagem é um estudo simples, baseado em relatos e, principalmente, em fontes consultadas na net (todas com os devidos créditos). Fica aqui um agradecimento à Rosa Dalva e Nelsiana (da Biblioteca SEMA) que cederam as fotos (exceto as que aparecem com crédito embaixo). Pode aparecer algum erro referencial (ou muitos), pois nunca estive no Bailique.
Imagino um mundo de coisas interessantes para se descobrir. Se eu tiver a oportunidade, vou querer ter impressões sobre a extensão das cheias na vila, a rotina, sobre a proximidade da população com a fauna silvestre (imagino muitos causos e lendas), as necessidades mais urgentes na infraestrutura, as aspirações da juventude, os pontos de lazer, etc.
Imagino um mundo de coisas interessantes para se descobrir. Se eu tiver a oportunidade, vou querer ter impressões sobre a extensão das cheias na vila, a rotina, sobre a proximidade da população com a fauna silvestre (imagino muitos causos e lendas), as necessidades mais urgentes na infraestrutura, as aspirações da juventude, os pontos de lazer, etc.
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