Ensaio sobre a Cegueira é um romance do escritor português José Saramago, publicado em 1995 e traduzido para diversas línguas. A obra narra a história da epidemia de cegueira branca que se espalha por uma cidade, causando um grande colapso na vida das pessoas e abalando as estruturas sociais. O romance se tornou um dos mais famosos e renomados do autor e fora, sem dúvida, um dos principais motivos para a escolha dele ao Prêmio Nobel de Literatura em 1998.
Fonte: Wikipédia
Título: Ensaio sobre a cegueira
Autor: José Saramago
Editora: Companhia da Letras
Páginas: 312
Ano 1995
Certo homem de ações impiedosas um dia encontrou luz que provocou-lhe
cegueira, seguindo-se transformação radical quando percebeu que, mais
que a debilidade nos olhos, sua maior cegueira era no coração, referente
ao obscurantismo em que vivia. História do apóstolo Paulo em seu
encontro com o Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Breve lembrança que misturou-se aos primeiros momentos da leitura e
ajudou-me a ter direcionamento em algo aparentemente confuso e caótico. É
um livro sobre o obscurantismo, em metáfora para o viver, a história
que, em temos gerais, tem se construído na humanidade, onde as primeiras
ações daquele homem citado se repetem na indiferença à percepção.
A tal cegueira branca expressa no livro é como uma página nova
diante de cada um dos afetados, onde a vida é redirecionada na percepção
do oportunismo, injustiça, egoísmo, exploração, insensibilidade e
barreiras criadas entre as pessoas. Esses e outros elementos determinam
histórias de sofrimento, de decadência, de disposições horrendas, tudo em proceder insensível para quem pratica, como se fossem
justificáveis. Os olhos então se abrem para essas coisas na
experimentação, ficando cegos para ver.
O livro é um tanto pessimista, pois enfatiza esses aspectos intrínsecos à
humanidade, o que somos, revelando-se indistintamente como prática
entre todos. Os cegos padecem sob elas, mas também praticam. Uns tem
noção, outros não. Será preciso ficar cego para vê-las? O livro é
oportunidade para que não...
Com certeza é obra aberta a mais interpretações, mas essas me satisfazem.
Referências também para o texto, idealizado em estética alguma coisa está fora da ordem mundial. Um mar de vírgulas que, apesar de não parecer caracterização legal, entendo como mais uma das provocações do autor, na ruptura com o senso comum.
Referências também para o texto, idealizado em estética alguma coisa está fora da ordem mundial. Um mar de vírgulas que, apesar de não parecer caracterização legal, entendo como mais uma das provocações do autor, na ruptura com o senso comum.
Não vou dizer que é história maravilhosa, coisa e tal, suspirando
amores, mas é uma excelente reflexão sobre o obscurantismo e revelação -
conclusão final.
Encerro com o que iniciei: nesse mundo tenebroso, Jesus é a luz que liberta!
"Então Jesus tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem
me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida." João
8:12
Em Macapá,
é uma das valorosas obras disponibilizadas para leitura na
Biblioteca Pública Elcy Lacerda.