Cristovão Lins dá mais uma vez importante contribuição para a história amapaense, principalmente no Vale do Jari, como bom escritor, pesquisador e conhecedor do passado do Amapá. Suas pesquisas sobre Daniel Ludwig resgatam uma dívida não só nossa, mas do Brasil, para com um homem que investiu nesta região, tida um sonho, e foi um pioneiro cujo exemplo merece nossa eterna gratidão.
Neste livro Cristovão Lins renova seu conceito de historiador e grande nome da nossa literatura, que honra o Amapá e enriquece as letras nacionais.
(José Sarney)
Título: O Rio Jari no curso da história
Autor: Cristovão Lins
Editora: Daudt Design Editora
Ano: 2015
Páginas: 132
Sumário:
Parte 1 - Breve História da Amazônia
Capítulo 1: Formação e características da região
Capítulo 2: Os primeiros tempos das terras do Grão-Pará (1616-1751)
Capítulo 3: O segundo período colonial (1751-1820)
Capítulo 4: A Amazônia do Século XIX
Capítulo 5: Os empreendimentos pioneiros do Século XX
Parte 2 - A região do Jari
Capítulo 6: Os povos indígenas da região
Capítulo 7: O império extrativista de José Júlio de Andrade
Capítulo 8: A Vila São Francisco de Iratapuru
Capítulo 9: O polêmico "Projeto Jari"
Parte 3 - A UHE Santo Antônio do Jari
Capítulo 10: Histórico do empreendimento
Capítulo 11: O projeto da usina
Capítulo 12: Características técnicas
Capítulo 13: A construção da usina
Parte 4 - Os Estudos Ambientais
Capítulo 14: O Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
Capítulo 15: Características das áreas de influência da usina
Capítulo 16: O Plano básico Ambiental (PBA)
Capítulo 17: As melhorias nas vilas da redondeza
Sobre o Autor:
Natural de Monte Alegre (PA), o escritor e historiador Cristovão Lins é autor de outras importantes obras sobre a região amazônica, como:
- Amazônia: as raízes do atraso
- Jari: 70 anos de História
- Amazônia: História, Lendas e Crônicas de Monte Alegre
- A Jari e a Amazônia
Sobre o Autor:
Natural de Monte Alegre (PA), o escritor e historiador Cristovão Lins é autor de outras importantes obras sobre a região amazônica, como:
- Amazônia: as raízes do atraso
- Jari: 70 anos de História
- Amazônia: História, Lendas e Crônicas de Monte Alegre
- A Jari e a Amazônia
A região do Jari, entre o sul do Amapá e norte do Pará, é caracterizada por riqueza de bens naturais, historicamente exploradas em fases com peculiaridades e representatividade regional.
Este livro tem proposta interessante, cujo objetivo revela-se promocional à Usina Hidrelétrica de Santo Antônio do Jari, recentemente instalada e em operação. Vemos o processo licenciatório, perspectivas, etapas estabelecidas e desenvolvidas, a tecnologia de funcionamento (que preservou a lendária e belíssima Cachoeira de Santo Antônio da destruição total), caracterizações do lago formado e outras informações correlacionadas ao meio ambiente e população local, como o remanejamento de ribeirinhos para nova vila.
O que torna o livro interessante, além do parecer elucidativo sobre a usina para o público em geral, é o contexto onde se insere essa história. O autor, através de valorosa pesquisa, resgata a história regional, pontuando particularidades representativas de cada momento, onde percebemos ponto crítico de resolução fundamental, referente a carência energética.
A maior parte do livro aborda aspectos históricos da Jari, desde a ocupação colonial, destacando as fases do coronel José Júlio de Andrade (marcada principalmente pelo extrativismo da castanha no início do século 20), a fase dos investidores portugueses (entre as décadas de 1940 e 1960, também marcada pelo extrativismo, em processos não racionais, como a valorização da indústria do couro através da caça predatória) e a fase de Daniel Ludwig, que adquiriu a administração entre 1967 e 1982, instalando megaempreendimento denominado Projeto Jari (com múltiplos investimentos, em especial, a implantação da fábrica de celulose no final da década de 1970).
Na atualidade, o Grupo ORSA administra a fábrica e, ao longo dessa história, percebemos mudança de modelo extrativista para valorização tecnológica a partir de Ludwig, onde o déficit energético contribuiu para insucessos e essencial instalação da usina.
Este livro tem proposta interessante, cujo objetivo revela-se promocional à Usina Hidrelétrica de Santo Antônio do Jari, recentemente instalada e em operação. Vemos o processo licenciatório, perspectivas, etapas estabelecidas e desenvolvidas, a tecnologia de funcionamento (que preservou a lendária e belíssima Cachoeira de Santo Antônio da destruição total), caracterizações do lago formado e outras informações correlacionadas ao meio ambiente e população local, como o remanejamento de ribeirinhos para nova vila.
O que torna o livro interessante, além do parecer elucidativo sobre a usina para o público em geral, é o contexto onde se insere essa história. O autor, através de valorosa pesquisa, resgata a história regional, pontuando particularidades representativas de cada momento, onde percebemos ponto crítico de resolução fundamental, referente a carência energética.
A maior parte do livro aborda aspectos históricos da Jari, desde a ocupação colonial, destacando as fases do coronel José Júlio de Andrade (marcada principalmente pelo extrativismo da castanha no início do século 20), a fase dos investidores portugueses (entre as décadas de 1940 e 1960, também marcada pelo extrativismo, em processos não racionais, como a valorização da indústria do couro através da caça predatória) e a fase de Daniel Ludwig, que adquiriu a administração entre 1967 e 1982, instalando megaempreendimento denominado Projeto Jari (com múltiplos investimentos, em especial, a implantação da fábrica de celulose no final da década de 1970).
Na atualidade, o Grupo ORSA administra a fábrica e, ao longo dessa história, percebemos mudança de modelo extrativista para valorização tecnológica a partir de Ludwig, onde o déficit energético contribuiu para insucessos e essencial instalação da usina.
O processo mostrou-se árduo e outra parte importante está no paralelo entre as metas do projeto, sob administração de Ludwig, e a resistência do governo militar brasileiro. História com desdobramentos curiosos. D
estaque para instalação da fábrica, sem paralelos no mundo, com 87 dias de navegação em balsa, oceânica e fluvial, do Japão ao porto da vila Munguba.
A obra é ricamente ilustrada, apresenta encadernação luxuosa em capa dura, riqueza de informações, constituindo-se em valora fonte de pesquisas sobre a história da Jari.
Algumas ilustrações do livro:
(Gravura de autor desconhecido)
Inteiramente construída no Japão, a fábrica de celulose foi transportada por 28 mil quilômetros até a Amazônia. (Acervo EDP)
Vista aérea dda cidade de Monte Dourado, tendo ao fundo a comunidade de "Beiradão", atual Município de Laranjal do Jari.(Foto: Loren McIntyre)
Vista aérea da fábrica de celusose e a unidade de força, tendo ao fundo a comunidade "Beiradinho" (1980), atual Municípiuo de Vitória do Jari. (Foto: Loren McIntyre)
Inteiramente construída no Japão, a fábrica de celulose foi transportada por 28 mil quilômetros até a Amazônia. (Acervo EDP)
Vista aérea dda cidade de Monte Dourado, tendo ao fundo a comunidade de "Beiradão", atual Município de Laranjal do Jari.(Foto: Loren McIntyre)
Vista aérea da fábrica de celusose e a unidade de força, tendo ao fundo a comunidade "Beiradinho" (1980), atual Municípiuo de Vitória do Jari. (Foto: Loren McIntyre)
A Vila São Francisco de Iratapuru era a primeira base de apoio para a coleta dos produtos da floresta. (Acervo EDP)
Estruturas originais da Vila Santo Antônio da Cachoeira e as novas construções implantadas em 2001. (Acervo EDP)
Vista panorâmica da nova Vila São Francisco do Iratapuru. (Acervo EDP)
Estruturas originais da Vila Santo Antônio da Cachoeira e as novas construções implantadas em 2001. (Acervo EDP)
Vista panorâmica da nova Vila São Francisco do Iratapuru. (Acervo EDP)