As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

História da Assembleia de Deus - A Pioneira - Estado do Amapá (Besaliel Rodrigues, 2001)

Olá, a todos! Feliz pelo reencontro! Voltando às atividades no novo ano, que traz duas datas muito representativas: o Centenário da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Amapá e os 500 Anos da Reforma Protestante. Assim, desejo contribuir também com algo relacionado aos temas.

O centenário da Assembleia de Deus Amapaense, conhecida como A Pioneira, marca também os cem anos da chegada dos evangélicos no Amapá. Interessante que o primeiro missionário assembleiano chegou em 1916 (Clímaco Bueno Aza), mas a contagem do centenário se dá a partir da fundação da primeira congregação em 27/06/1917 (com o pastor José de Matos Caravela). Essas e outras histórias foram abordadas no livro pioneiro de resgate dessa trajetória, escrito pelo pastor e historiador Besaliel Rodrigues. Eis uma pequena apresentação.

Informações do livro: 

Título: História da Assembleia de Deus - A Pioneira - Estado do Amapá 
Autor: Besaliel de Oliveira Rodrigues 
Editora: Gráfica Diniz 
Páginas: 85 
Ano de publicação: 2001 
Tema: História da Igreja - Assembleia de Deus - Amapá 





"...É a primeira vez que alguém ousa escrever a história da Assembleia de Deus no Amapá. Sei que a empreitada não foi fácil. Sabemos que a informação oral é esparsa e documentos escritos se perderam. Contudo, o autor, como um descobridor de pérolas, soube mergulhar no oceano das informações e dos fatos garimpar as melhores pérolas escondidas da história do povo de Deus no Amapá, e nos brindar com esta joia literária que passa a ser um valioso presente a história da Assembleia de Deus..." 
(Trecho do Prefácio escrito pelo pastor Oton Miranda de Alencar - Presidente da Assembleia de Deus- "A Pioneira")
 
Registro no SKOOB (em 06/02/14)

Essa obra é a única que conheço, no momento, com a história da Igreja Assembleia de Deus no Amapá. A edição é de 2001 e tem 85 páginas. As histórias que o livro apresenta são reveladoras e desconhecidas por grande parte dos próprios membros da igreja. 
A Assembleia de Deus "A Pioneira", justificando o nome como é conhecida em Macapá, foi precursora como igreja evangélica amapaense. O livro apresenta relatos interessantes, como a vinda do missionário Clímaco Bueno Aza (em 1916) e a receptividade opressora que teve por parte do Padre Júlio Maria Lombard, em que ocorreu a retirada à força das Bíblias e folhetos do missionário, seguindo-se a prisão arbitrária na Fortaleza de Macapá e a queima do material nas imediações da igreja de São José. Restou o lamento pela perda de oportunidade para muitos terem a Escritura Sagrada, ou partes dela, pela primeira vez.
Descobri também que a atual sede da Igreja AD ia ser construída no local onde hoje está a EMBRATEL, ao lado do Teatro das Bacabeiras, só não ocorrendo devido a solicitação do Governador para que fosse escolhido outro local, em atendimento a um desconforto das autoridades católicas. 
O livro apresenta outros relatos importantes e alguns eventos não foram tratados (como o desabamento do teto do primeiro templo central). Pontos que certamente serão abordados em uma nova e necessária edição.
Há a biografia resumida de cada um dos pastores da sede, com atenção detalhada ao ministério do Pastor Otoniel Alencar, entre 1962 e 1994, um dos mais longos no Brasil e frutífero em muitos aspectos no Amapá.
O que não gostei foi a ausência de fotografias, que por si mesmas contariam muita história. 
Enfim, é um livro de cunho histórico e de leitura fundamental a todos que queiram conhecer a Igreja Assembleia de Deus no Amapá. 

A quem interessar, pode ser consultado no acervo 
da Biblioteca Ambiental da SEMA em Macapá.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

1911: Missão de Fogo no Brasil (Rui Raiol)

Após 21 anos de missão no Brasil, Gunnar Vingren regressa à Suécia com a família (1932). A bordo do Alabama, enquanto contempla a cidade do Rio de Janeiro se afastar no horizonte, o pastor conhece Robert Clark, um jovem jornalista americano. Descobrindo que Vingren é fundador da Assembleia de Deus, Clark sugere que o missionário narre suas memórias durante o longo trajeto. O resultado é uma bela síntese histórica da Assembleia de Deus em seus primeiros anos. Com cenários riquíssimos, você reviverá com Gunnar Vingren e Daniel Berg essa fantástica aventura. Sentirá a emoção dos primeiros cultos e dos primeiros batismos. Caminhará lado a lado na fundação de igrejas pelo Brasil, testemunhando perigos, fé e perseguições implacáveis. 1911 - Missão de Fogo no Brasil: a fundação da Assembleia de Deus, de Rui Raiol, é a primeira ficção sobre a obra pentecostal brasileira. (Texto retirado do livro)
Informações do livro:
Título: 1911 - Missão de Fogo no Brasil
Autor: Rui Raiol
Editora: Paka-Tatu
Páginas: 162
Ano de publicação: 2011
Tema: História da Igreja Evangélica Assembleia de Deus

Gunnar Vingren e esposa Frida, batismo entre os pioneiros e primeiro templo da Assembleia de Deus em Belém (Imagens retiradas do livro)
Registro no SKOOB
Uma obra edificante e emocionante, fruto da pesquisa de Rui Raiol sobre a história da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, centenária em 2011. Não se propõe a ser um livro didático, os fatos são apresentados de maneira romanceada. Gunnar Vingren, um dos missionários fundadores, conta a trajetória da igreja para um jovem jornalista durante a viagem de retorno definitivo a sua terra natal (Suécia, em agosto de 1932) após 21 anos de evangelização e pastorado no Brasil. Os fatos são verídicos, mas a entrevista resulta de opção fictícia para contar a história. 
É dessa maneira que conhecemos a Assembleia de Deus desde seus primeiros anos, com a chegada em Belém de Daniel Berg e Gunnar Vingren em 1910, ressaltando-se suas motivações, dificuldades e visão missionária. Os relatos impressionam pela dramaticidade (perseguições, apedrejamentos, oposições diversas - principalmente religiosa - doenças, tentativas de homicídio, acidentes, encontro com feras, etc) ou apresentam-se inusitados e pitorescos nas impressões iniciais dos estrangeiros com a terra (como a descoberta do canto dos galos nas madrugadas, o "anoitecer rápido", os hábitos do nortista, o café adocicado, o contraste entre riqueza e pobreza nas ruas de Belém no final áureo do ciclo da borracha). Qualquer observador atento descobre muitas coisas, em uma história de edificação e motivação para todo crente.
Entre os destaques, o capítulo 13 evoca um cenário futurista triste, possível quando a igreja dá lugar a doutrinas mundanas por descuido dos membros (o episódio foi introduzido como um alerta ao zelo na fé, diante da perspectiva de um cristianismo onde Jesus não é o cabeça - triste, mas infelizmente real, na prática, para muitos). Livra-nos Deus, para não sermos esses protagonistas. No capítulo 14 vemos uma narrativa para reflexão sobre a transitoriedade da vida e perseverança em Cristo. 
Alguns pontos históricos citados foram a origem da Assembleia de Deus (denominação) com a participação de antigos membros da Igreja Batista, o crescimento rápido e a visão pentecostal inovadora.
Sobre barreiras para a evangelização há relatos parecidos em vários locais, como o que ocorreu em Macapá sobre a proibição do evangelismo aos protestantes (imposta por autoridades religiosas, havendo retirada à força de literatura bíblica seguida de queima em praça pública).

Enfim, é um livro abençoado, rico em exemplos e inspiração para a fé.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Desafios de uma Cirurgiã Plástica na Amazônia (Zeneide Alves de Souza)

Ao ler este livro, você vai se impressionar como uma pessoa humilde, mas perseverante e corajosa, junto com sua família consegue vencer os desafios que a vida lhe impôs. Drª Zeneide Alves de Souza (acreana) após 54 anos servindo o Amapá, como cirurgiã plástica, conta sua trajetória.
O incentivo para escrever o livro partiu de amigos e da família, que acompanham a saga da autora e sabem de sua importância para a saúde e estética dos amapaenses. A obra entremeia os fatos de sua vida com os do Amapá, no ambiente social e político, contando a história de Zeneide e do estado. Proporciona conhecimento sobre a determinação desta mulher para conquistar seu espaço, e uma volta ao tempo, do Território até nossa história mais recente.
(Trecho da apresentação)

Informações do livro:   
Título: Desafios de uma Cirurgiã Plástica na Amazônia

Autora: Zeneide Alves de Souza
Editora: Premius
Ano: 2013
Páginas: 239
Tema: Biografia/Relatos e Memórias

Bela obra! Inspiradora em determinação. É o que a autora sugere ao discorrer sua trajetória como cidadã e profissional na área da saúde no Amapá. As narrativas se iniciam no Acre e sãos recheadas do cotidiano nortista. Algumas descrições parecem contos ou causos pelas particularidades e extravagâncias. Nunca poderia imaginar, por exemplo, que algumas pessoas buscavam cadelas pretas para tirar leite para crianças (uma crença para a formação de bons dentes). Por essa e outras a leitura foi interessante desde o início.
Gostei também das histórias nos primeiros anos no Amapá como professora em lugares longínquos de difícil acesso. As peripécias narradas como estudante na antiga Escola Doméstica parecem saídas de um romance e gostei, principalmente, dos relatos da vida como profissional de saúde, tendo que conciliar o teórico com o real e prático. Experiências compartilhadas no Hospital de Emergência Osvaldo Cruz e no Hospital Geral de Macapá. Acredito que os acadêmicos dessa área deveriam conhecer essas histórias, que mostram uma constância em ideais que hoje se perdem facilmente, ou se vendem, trocam, um mundão de coisas...
Sei que autobiografias costumam ser tendenciosas, mas o livro realmente foi de leitura prazerosa tocante e edificante.
O livro é muito bom, só não gostei do acessibilidade. Almejei por um tempo nas bancas, mas o preço exorbitante me afastava, não sendo em nada convidativo para muitos leitores também. Meu exemplar doei para a Biblioteca Pública de Macapá, onde o havia buscado sem encontrar. Tenho em mente que toda publicação lançada no Amapá deveria ter um exemplar naquele local.

Página da biografia no livro

A seguir, um dos relatos de infância da autora, contando uma presepada inusitada para o atual cenário da Fortaleza de São José de Macapá.

Visita à Fortaleza de São José

Mais uma travessura de criança. Há em Macapá um Forte chamado Fortaleza de São José, construído à margem do rio em frente à cidade, iniciado pelos portugueses, feito por escravos e que já teve várias utilidades: presídio, quartel, local de desfiles. Na época da minha infância era um zoológico, havia muitas árvores frutíferas, principalmente mangueiras, e alguns macacos soltos. Eu comprei umas bananas e, sem ser percebida entrei para distribuí-las à macacada e, para minha surpresa, um destes animais com um filhote nas costas se atracou em mim para pegar as bananas, pense num susto, saí gritando porta afora, com os macacos atracados nas costas, o guarda também saiu correndo, foi uma cena hilariante; o guarda pedia para que eu parasse, mas eu agora estava com medo também do guarda, depois de muita correria nós três fomos contidos; o guarda me tranquilizou, mas me deu uma bronca por ter tentado alimentar os animais e entrado sozinha no recinto. Mesmo depois desse episódio, continuo gostando desses animais; quando morei no interior sempre tive um macaco de estimação. 
(Trecho da pág. 64).

Vista aérea da Fortaleza de São José de Macapá na década de 1960

A obra está disponível para consultas
 na Biblioteca Pública Elcy Larcerda em Macapá.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Uma aventura no Bailique (Decleoma Lobato Pereira)

Bela obra! Leva o leitor a uma viagem pelo Bailique, arquipélago na costa do Amapá, apresentando saberes diversos que são valorizados em uma narrativa envolvente.
A autora, Decleoma Lobato Pereira, é pesquisadora cultural no Amapá, resultando o livro de uma ação conjunta governamental, no início da década passada, que fez um levantamento sociocultural. O livro é revelador do homem, da natureza, do folclore e do cotidiano nessa região singular, sujeita a transformações constantes pelas imposições naturais, impactante ao amazônida ali estabelecido. 

Decleoma Lobato - Autora
(Foto: Rogério Castelo, 2013)
Decleoma apresenta o saber no olhar de uma menina, no estilo de histórias juvenis relacionadas à férias escolares em viagens à casa dos avós. Embora o conceito seja conhecido, o livro é inédito na exposição rica e bonita sobre a região. O texto é essencialmente descritivo, com uma linguagem instigante e empolgada na apresentação. É assim que o leitor embarca em uma viagem que se inicia no canal do Jandiá, em Macapá, rumo ao Bailique. Vemos o estilo de vida ribeirinho, a cultura da carpintaria naval, a tradição das parteiras, festas tradicionais, a pesca, a culinária, as lendas, a religiosidade, o imaginário, a escola, a arte, a natureza em sua exuberância característica e o amapaense do Bailique em seu carisma e vida característica.
Ressalte-se que há uma valorização do saber ancestral e o livro proporciona uma leitura rápida, curiosa e agradável, com ilustrações de M. Silva e fotos da região.
O arquipélago é apresentado de maneira uniforme, sem se deter especificamente a uma comunidade (aspecto em que a obra poderia ser mais reveladora, porém, está muito atrativa em sua proposta sociocultural, o objetivo principal).
Particularmente, gostei dos relatos lendários, principalmente sobre os botos. Um fascínio que sempre me instiga.
Legal e convidativo para conhecer um pouco de uma região de ilhas na costa amapaense, o famoso Arquipélago do Bailique, que muitos amapaenses não conhecem (como eu) mas que nessa obra tem uma interessante oportunidade. 

Com a autorização da autora, disponibilizo a obra para apreciação pública. 
   Uma Aventura No Bailique (Decleoma Lobato Pereira - 2005) by Casteloroger on Scribd

Informações do livro:   
Título: Entre mãe-do-mato, boto e "mocós": Uma aventura no Bailique
Autora: Decleoma Lobato Pereira
Ilustrações: M. Silva
Editora: Confraria Tucuju
Ano: 2005
Páginas: 44
Tema: Cultura Distrito do Bailique

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Peripécias da Natureza (Jonas Diego Teles)

Oi! Oi! Voltando das férias. Ah, quer saber... Falando em férias, essa obra me veio na lembrança. É um passeio pelos rincões do Amapá (e laiá!) na percepção de um poeta, com o deslumbramento da descoberta e a simplicidade das palavras.

Informações do livro:

Título: Peripécias da Natureza

Autor: Jonas Diego Teles

Ano: 2008

Editora: Gráfica JM

Ano: 2008

Páginas: 86

Tema: Poesia / Amapá



 "Não se espere aqui encontrar os experimentos linguísticos de um expert, os voos delirantes de um poeta angustiado, mas com certeza vamos nos deparar com as experiências de vida e com a imaginação de um ser humano que descobriu sua arte através dos olhos da alma. Esse olhar que somente os artistas conseguem traduzir. Por isso, acredito que este início de jornada poética do Jonas Diego Teles o leve a encontrar novos caminhos para a sua poesia. Uma poesia singela, com odores e sabores do nosso país, da nossa terra abençoada, onde cantam pássaros e um oceano de água doce tão poderoso e amado."
PAULO TARSO (Comentário no livro)

Pensa em um cobertor aconchegante embalando sonhos nas noites de um cidadão... Foi a imagem que o livro me passou, onde o cobertor é o cenário natural do Amapá e o dorminhoco o autor. Pode parecer engraçada a definição para a obra, mas acredito ser muito pertinente. Olha só....
O livro tem caráter essencialmente idílico, de deslumbramento e entusiasmo com as descobertas em um estado considerado dos mais preservados no país. Isso tende a ser mais eloquente em visitantes e pessoas com olhar sensível. Fatos que se consumam em Jonas Teles. Um maranhense estabelecido nessa terra desde 1991, quando aqui chegou buscando perspectivas para sua vida com a venda de quadros. De suas impressões temos cerca de setenta poesias nessa obra. Nascidas do olhar sobre a Cachoeira de Santo Antonio, o Rio Amazonas, a Linha do Equador, a pororoca, a Fortaleza de São José de Macapá, o Curiaú, a fauna, a flora, o folclore, a cidade que lhe pareceu aprazível, etc e etc. Impressões voltadas para a natureza recém descoberta em suas inspirações, a quem deu o nome de Peripécias da Natureza (e eu aqui transformei em um cobertor que o acolheu em suas buscas e sonhos...).
Os textos são singelos, dominados por saber popular em sua beleza simples e de certa ingenuidade visitante. Digamos, um pueril sonho bonito.
É, mais conhecendo-se a intimidade do Amapá, descobrimos outras coisas também. O poeta em alguns momentos desperta de seus sonhos de encantos e medita em uma observação  social. Ainda que poucos (pouquíssimos) o livro tem sutis referências à impacto ambiental ou à realidade sofrida do garimpo
Os textos finais trazem também um momento introspectivo, de melancolia em histórias pessoais. Parece que o poeta já não dorme mais só em seus idílicos encantos... 
Se o sonhar propiciou a maior parte do livro na trajetória inicial, um caminhar atual por esse estado e cidade vai revelar que os sonhos muitas vezes tem cores mais bonitas no nosso entusiasmo. Afinal, a pororoca perdeu sua força no Araguari, a Cachoeira de Santo Antonio está com outra cara e as ressacas têm povo que vive sofrendo. Ah, também nunca vi um boto na orla de Macapá...
Vamos sonhar e acordar para nossa realidade.

Sonhando...

TERRA BENDITA

Deambulava eu tranquilamente
Na linha imaginária do Equador
Meus olhos se deslumbraram de repente
Com o peneirar feérico do beija-flor.

Continuei o passeio. Mais adiante
Me envolvi num sonoro assobiar
No seu bater de asas bem galante
Era o fenômeno do exuberante sabiá.

Tem a fauna e a flora admirada
Nesta terra compacta de guerreiro 
É o meio do mundo respeitado
Do nosso rico BRASIL. é o primeiro.

É umas terra é um paraíso e referência
Que o Marco do Zero improvisou
Um improviso eterno da ciência
Que a geografia aqui consolidou.

Hoje vivo ao gozo da felicidade
Nesta linda e maravilhosa cidade
A qual aprendi a amar.

Sem vergonha de ser feliz
Sou uma clava, sou árvore de raiz
Na terra bendita: MACAPÁ. 

E acordando...

 DOR INIMIGA

Pensativo no meu leito
Raciocinando não sei o quê
Presumindo o tal rejeito
Que a vida quis me fazer...
(...)

Pensando....

REVOLTA

Muitas coisas aconteceram
Fatos nunca narrados
Homens morreram enterrados
Nesses garimpos do Norte...
(...)

Acordado vendo meu Amapá. 
Que antes de tudo de tudo é assim...

SOU AMAPÁ GERANDO AMOR

Sou rico em cataratas!
Grandiosas são minhas matas
Sou abraçado pelos rios.

Minhas veias são as águas
Meu organismo fauna e flora 
Sou começo do Brasil.

À margem do Amazonas sou a capital
Sou hemisfério, sou tropical
Sou Marco Zero do Equador

Sou o alagado, sou a serra
Sou esta rica terra
Sou Amapá gerando amor.


A obra está disponível para consultas na 
Biblioteca Pública Elcy Lacerda
Sala da Literatura do Amapá e da Amazônia 
 
Macapá - Bairro Central