Mais uma das criações literárias de Júlio Victor dos Santos
Moura (membro da Academia Paraense de Letras e das Academias de Letras Jurídicas do Pará e do Amapá), desta feita, no gênero novela, levando ao leitor uma história de
enredo linear direcionado a um desfecho surpreendente, que a expectativa
da leitura não pode imaginar, tendo como cenário a vida encerrada no
cotidiano do povo paraense.
Título: A Bicicleta
Autor: Júlio Victor dos Santos Moura
Editora: Estação das Letras
Ano: 2017
Páginas: 96
Registro no SKOOB
Vidas que se entrelaçam na cidade das mangueiras, em narrativa de Natal
direcionada a mensagem sobre escolhas e influências. Uma novela
paraense, de poucas páginas e com diferencial curioso: a vida é a
narradora. Já vi antagonismo disso em badalado romance, mas nesta
singela obra, diante de dramas reconhecíveis na realidade, a
vida se encarrega de provocar o leitor na percepção de sua
transitoriedade e desdobramentos impactantes diante de más escolhas.
Em linhas gerais, conhecemos Dona Cotinha, uma lavadeira sofrida com as desilusões e dificuldades vivenciadas, e seu filho Diquinho, adolescente prestes a completar 15 anos, esperançoso que enfim se realize o tenro sonho de ganhar uma bicicleta no Natal. Entram em cena também Seu Oliveira com a esposa Dona Candinha (casal de aposentados, vizinhos da lavadeira, comovidos em realizar o sonho do garoto no Natal que se aproxima); Orozimbo e Cacimbaba (espertalhões seduzidos por ambições no lucro de vida fácil) e Zé Bedel (adolescente amigo de Diquinho, há muito tempo seduzido também por ambições de ganho desonesto).
Não há preciosismo em detalhamentos e a narrativa é linear, acompanhando crescentes transformações no adolescente, despertadas por visão de mundo ilusória em influências de amigos que, no final das contas, não são tão amigos assim. Essas coisas vão sendo contadas pela vida, em história que parte de melancolia ingênua para um drama trágico, de desapego ao bom senso em caminhos de sedução ilusória.
Está claro uma mensagem de ética cristã em ilustração de histórias que vivem se repetindo, apesar dos avisos que a vida, de diferentes maneiras, vai nos acenando.
É uma obra interessante e emocionante, provocativa a reflexão e de leitura fácil e construtiva.
Em linhas gerais, conhecemos Dona Cotinha, uma lavadeira sofrida com as desilusões e dificuldades vivenciadas, e seu filho Diquinho, adolescente prestes a completar 15 anos, esperançoso que enfim se realize o tenro sonho de ganhar uma bicicleta no Natal. Entram em cena também Seu Oliveira com a esposa Dona Candinha (casal de aposentados, vizinhos da lavadeira, comovidos em realizar o sonho do garoto no Natal que se aproxima); Orozimbo e Cacimbaba (espertalhões seduzidos por ambições no lucro de vida fácil) e Zé Bedel (adolescente amigo de Diquinho, há muito tempo seduzido também por ambições de ganho desonesto).
Não há preciosismo em detalhamentos e a narrativa é linear, acompanhando crescentes transformações no adolescente, despertadas por visão de mundo ilusória em influências de amigos que, no final das contas, não são tão amigos assim. Essas coisas vão sendo contadas pela vida, em história que parte de melancolia ingênua para um drama trágico, de desapego ao bom senso em caminhos de sedução ilusória.
Está claro uma mensagem de ética cristã em ilustração de histórias que vivem se repetindo, apesar dos avisos que a vida, de diferentes maneiras, vai nos acenando.
É uma obra interessante e emocionante, provocativa a reflexão e de leitura fácil e construtiva.
"Sou eu, a vida. Você se esqueceu de mim? Sou eu, a vida,
cheia de lutas e de desacertos. Às vezes com muita tristeza. E é preciso pagar pedágio para passar pelos meus caminhos repletos de ônus."