As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

sábado, 23 de abril de 2011

A Fortaleza de São José de Macapá (Parte 3 - Fotos Diversas)

Em 1999 a Fortaleza de São José de Macapá encontrava-se em processo de restauração, através de convênio firmado entre o Governo do Estado e o Governo Federal (através do IPHAN). 
A fase dos trabalhos de restauração foi concluída, com ênfase no resgate das linhas originais e a Fortaleza ficou pronta para voltar a receber visitantes. 

Recentemente o monumento foi integrado a uma praça, realizando-se um estudo arqueológica no entorno (desenvolvido pelo Laboratório Arqueológico da Universidade Federal de Pernambuco). Isso trouxe à luz diversas obras exteriores que se julgavam inexistentes (baluartes, rampa e caminhos cobertos) que demostrou a real amplitude e complexidade arquitetônica desta fortificação. Fonte:Wikipédia 
(Imagens retiradas da Internet)



(Imagens do Acervo Histórico do Amapá)

      Cronologia da Fortaleza
  • 1690 - O governador António Albuquerque determina reforçar a guarda do extremo norte.
  • 1691 - Aprovação da construção das fortificações do Cabo Norte: Araguai, barra do Amazonas e Macapá.
  • 1692 - Aprovação dos atos de construção do Forte de Cumaú, atual Macapá.
  • 1694 - Conclusão das obras do Forte de Cumaú.
  • 1696 - Ocupação Francesa e destruição do Forte de Cumaú; ordens para erguimento de fortificação provisória.
  • 1730 - Mudança da Casa-forte da ilha de Santana.
  • 1738 - Notícia de João Abreu Castelo Branco sobre a urgência da fortificação de Macapá.
  • 1740 - Construção de um forte de faxina e terra no sítio de Macapá.
  • 1751 - Visita do governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado a Macapá, planeando construir uma fortificação definitiva de pedra e cal.
  • 1753 - Aprovação por José I de Portugal dos atos relativos ao povoamento de Macapá e a conveniência de se construir uma praça armada. Destacamentos de Lisboa são designados para guarnecer Macapá.
  • 1758 - Criação da Vila de Macapá.
  • 1765 - O capitão general Athayde Teive solicita aprovação da planta do novo forte ao rei. Iniciam-se os trabalhos da construção.
  • 1767 - Devido à falta de braços, o governador manda reforçar o descimento de indígenas para o andamento das obras.
  • 1769 - Falece em Macapá o engenheiro Henrique António Gallucio vitima de malária.
  • 1771 - Término das obras internas da fortaleza.
  • 1782 - Inauguração da Fortaleza de São José de Macapá.
  • 1824 - Entrega da praça aos representantes do governo imperial.
       Fonte: Wkipédia


(Imagens retiradas do site GEA)

MACAPÁ

"Por atalaia gigante
ou em sinal de defesa,
do granito mais possante
levanta uma fortaleza
negras muralhas ao sul.
                   
Outrora adornadas de aço,
 faziam troar o espaço
dos canhões seus com o fracasso,
no vasto horizonte azul".

"Outrora, quando ascendia
sobre aquela grimpa ingente,
entre os sons da artilharia
o pendão aurifulgente,
o auriverde pavilhão:
trajava a cidade inteira
alva roupagem faceira
pela data brasileira
ou festa de devoção."

"Então, que alegre não era
ver-se o lêdo rodopio,
em manhã de primavera
ou nas tardinhas de estio,
de um povo em festa a folgar
moças com laços e cores,
raparigas com mil flores,
rapazes buscando amores
tudo era rir e brincar."

Alexandre Vaz Tavares
   
Alexandre Vaz Tavares nasceu em 1858 em Macapá, estudou e fez carreira pública em Belém do Pará e, no ano de 1922, chega à Macapá como prefeito nomeado.          
                  
.....diria um poeta: "uma flor às margens do Amazonas!".

Revista Declare seu amor por Macapá (HQ da PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAPÁ, 2008)

Esta publicação em quadrinhos (da Prefeitura Municipal de Macapá) tem informações sobre o serviço de limpeza urbana e, principalmente, para conhecimento dos direitos e deveres da sociedade na construção de uma cidade mais limpa e mais saudável para todos. Também é objetivo a sensibilização dos moradores desta cidade para a necessidade de repensarmos nossas atitudes quanto ao lixo que geramos no dia-a-dia, os cuidados que dispensamos na etapa que antecede a coleta, o que podemos e o que devemos fazer para ajudar a Prefeitura nessa tarefa que é um dever coletivo.




Veja também:

NOTAS DO AMAPÁ - Filhote de baleia encalha na Região do Parazinho (2009)

A espécie foi identificada como MINKE,
representada pela foto inferior. 
A de cima é uma jubarte,
como erroneamente muitos acreditaram ser.

Um fato inusitado aconteceu no ano de 2009. Foi encontrado na manhã do dia 15/04, um filhote de baleia MINKE (informação confirmada pela pesquisadora Danielle Lima, do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos) encalhado na Região do Parazinho (Arquipélago do Bailique). Uma guarnição com seis policiais militares, pertecentes ao Batalhão Ambiental, que fica sediado em Santana, foi encaminhada para o local para realizar o trabalho de desencalhamento, o qual foi executado com êxito. De acordo com o capitão Alfaia, que prestou informações à reportagem do JD, não se sabe o sexo do animal cujo tamanho atestou 5,5 metros, e que teria vindo parar na Costa Atlântica do Amapá, provavelmente, após ter se perdido da mãe. Ele foi encontrado numa área de água salgada e doce, e já está solto, possivelmente à procura da mãe. De acordo com informações do militar, esse gênero de animal possui um sistema de comunicação bastante eficaz, o que aumenta as chances de mãe e filhote se reencontrarem. As grandes ameaças vão desde capturas acidentais em redes de pesca, colisão com barcos e navios, poluição dos mares e a destruição do habitat. Esse gênero de baleia pode chegar a 17 metros e o peso varia entre 25 a 30 toneladas. Os filhotes nascem com 1 a 2 mil quilos e se alimentam de Krill (pequeno camarão) e pequenos peixes. A Jubarte possui hábitos costeiros. Aparece em todos os oceanos, e no Brasil costuma ter sua presença registrada desde o Rio Grande do Sul até o Arquipélago de Fernando de Noronha, sendo que sua maior concentração ocorre em Abrolhos - BA.
Fonte: Jornal do Dia (17/04/2009)





 
Fotos: Biblioteca SEMA-AP (cedidas pelo Batalhão Ambiental)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

BAIRROS DE MACAPÁ - O Bairro do Trem (Parte 1)

O Bairro do Trem localiza-se no Centro-Sul de Macapá e é um dos bairros que liga o Centro à Zona Sul da capital. As principais ruas desse bairro (Rua Hamilton Silva, Rua Leopoldo Machado, Rua Odilardo Silva, Av. Feliciano Coelho, Av. Diógenes Silva, etc)  atravessam quase toda a cidade e têm um trânsito muito intenso, incluindo carros particulares e veículos de transporte coletivo.
Por sua localização privilegiada, o bairro valoriza suas residências, 
que podem ser encontradas a preços bem elevados.
Fonte: SEMA-AP (2004)
Segundo historiadores, logo após a instalação do governo territorial, foram encontrados no começo da Av. Feliciano Coelho, vestígios de alguns trilhos de trem, que possivelmente serviram às carretas que transportavam material para a construção da Fortaleza de São José de Macapá, no século XVIII. Este achado é a fonte do nome do Bairro do Trem. Ali foram construídas as primeiras casas para abrigar os operários que chegavam ao Amapá, para construir os prédios públicos do Território. Por este motivo o local ficou conhecido como Bairro Proletário.
Essa é a visão de alguns, há relatos importantes também, como o descrito em porta-retrato-ap.blogspot.com, sobre o verdadeiro nome e origem do bairro.
Visão da igreja (1989) / Foto obtida na Confraria Tucuju
Foto obtida na Confraria Tucuju
Foto: Jorge Costa / Arquivo da SEMA-AP (2008)
Igreja da Conceição, em frente a Praça do mesmo nome
(Foto: Rogério Castelo/2011)
Foto: Rogério Castelo (Fevereiro -  2012)
Foto: Rogério Castelo (Fevereiro -  2012)
Bairro tradicional de Macapá, ali surgiu o Trem Desportivo Clube, tendo como fundadores Bellarmino Paraense de Barros, Benedito Malcher, os irmãos Osmar e Arthur Marinho, Walter e José Banhos, além de outros. Em 1º de maio de 1950 foi fundada a primeira escola do bairro, conhecida atualmente como Escola Estadual Alexandre Vaz Tavares, em homenagem ao poeta e político macapaense. Nessa mesma data, em uma cerimônia que contou com a presença do então monsenhor Aristides Piróvano, do padre Antonio Cocco, do governador Janary Nunes e seu secretariado, foi lançada a pedra fundamental da igreja de Nossa Senhora da Conceição. O bairro teve também um cinema muito conhecido entre os anos 70 e 80 (o Cine Veneza), na esquina da Av. FelicianoCoelho com R. Jovino Dinoá.
Tradicional jogo Solteiros X Casados, na Praça da Conceição 
(Foto do porta-retrato-ap.blogspot.com)
A praça, nesta arena é realizada a tradicional Copa do Mundo Marcílio Dias
Fotos: Rogério Castelo/2011
Igreja Presbiteriana (em frente à praça - Foto: Rogério Castelo/2011)

A Igreja Presbiteriana (Central) de Macapá (IPM) começou a congregar-se e realizar trabalhos evangelísticos nesta capital, especificamente no bairro do Trem, no dia 29/11/1949 e foi organizada como Igreja em 29/10/1961. A IPM é uma Igreja filiada à Igreja Presbiteriana do Brasil, estabelecida em nosso país desde o século XIX. Tendo sido o Rev. Ashbel Green Simonton o seu primeiro missionário, vindo dos Estados Unidos no ano de 1859. 
(Texto do igrejapresbiterianademacapa.blogspot.com)
Igreja Adventista (no canto da praça - Foto: Rogério Castelo/2011)
Colégio Santinha Riolli e seus muito eucaliptos (frente a praça)
Foto do porta-retrato-ap.blogspot.com
Colégio Satinha Riolli (Foto: Rogério Castelo/2011)
O bairro do Trem viu surgir, ainda, o Ypiranga Clube e o Trem esportivo Clube, campeões amapaense de futebol profissional. Outras fontes de atração do Trem são a escola Santina Riolli, a Praça da Conceição, padroeira do bairro, cuja data é comemorada em 8 de dezembro; o antes Museu de Plantas Medicinais Waldemiro Gomes, que teve seu nome trocado para Museu do Desenvolvimento Sustentável (Museu Sacaca), o Cine Imperator e a sede do Sesi.
O Trem é um dos bairros mais tradicionais de Macapá. Lá existiu, na década de 50, o Bar do Barrigudo, na esquina da rua Leopoldo Machado com a Av. Feliciano Coelho, onde eram realizadas saudosas batalhas de confetes, resquícios dos velhos carnavais.
Escola Padre Dário (em frente à praça/situação precária em 2011, sendo interditada)
Foto: Rogério Castelo/2011
Escola Alexandre Vaz Tavares (na Av. Felicano Coelho/2011)
Foto: Rogério Castelo/2011
Antigo prédio do Cine Veneza (lazer nos anos 70 e 80) e tradicional Sorveteria Santa Helena 
(Fotos: Rogério Castelo/2011)
Um dos eventos muito conhecido é a Copa do Mundo Marcílio Dias (iniciando no mês de agosto). Conta com mais de 100 times. Cerca de quatro mil atletas estão envolvidos e como tradição os times são identificados com nomes de países e qualquer cidadão pode participar. O evento que teve início no ano de 1950 é coordenado pela Associação de Solteiros e Casados do Bairro do Trem.
Quantas histórias e estórias esse bairro tem!!!
Escola Castelo Branco (Foto obtida na Confraria Tucuju)
Escola Castelo Branco (1984 e 2011) - Foto: Rogério Castelo
Av. Feliciano Coelho com Rua Jovino Dinoá (1966) - Foto obtida na Confraria Tucuju
Av. Feliciano Coelho com Rua Odilardo Silva (1966) - Foto obtida na Confraria Tucuju
     Av. Feliciano Coelho (Foto: Rogério Castelo/2011)
Museu Sacaca
SESI, na Rua Leopoldo Machado (Foto: Rogério Castelo2/011)
Feira do canto da Rua 1º de Maio e Garagem da Prefeitura na Rua Hamilton Silva
(Fotos: Rogério Castelo/2011)
Bar Koreto, na Rua Hamilton Silva (Foto: Rogério Castelo/2011)
My house (Foto: Rogério Castelo/2011)
Foto: Rogério Castelo/2011
Mas que nome é esse???

Ah...essa é a eletrônica do meu amigo Jumosan lá no lado do SESI.

Diz ele que  esse nome em hebraico significa TENDA... a pronúncia só ele mesmo para saber e   como será que se faz a propaganda dessa loja!?

Rapaz, mas que figura...

O BAIRRO DO TREM - Mais um texto sobre suas origens
(Texto de J. A. Cavalcante)
Durante o período da construção da Fortaleza de São José de Macapá, a mão escrava precisava de blocos de pedras gigantescas  para tal. Descobriu-se que em uma localidade de nome Pedreira teria esse material. Abriram caminho pela floresta e construíram um trilho todo em madeira. Serviram-se de um "trem" e através dele foi possível o transporte destas pedras. Com o tempo, ele foi esquecido e, já em 1826, ainda restavam velhos trilhos. Daí terem usado o nome primeiro de "Lugar do Trem" e, atualmente, "Bairro do Trem".

Veja também: