As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Eyshila (Nada Pode Calar Um Adorador)

"Louvai ao SENHOR.
Louvai o nome do SENHOR;
louvai-o, servos do SENHOR. 
Vós que assistis na casa do SENHOR, nos átrios da casa do nosso Deus. 
Louvai ao SENHOR, porque o SENHOR é bom; 
cantai louvores ao seu nome, porque é agradável. "



Salmo 135: 1 a 3 

Nada pode calar um adorador (Eyshila)

Adorador é tudo o que eu sou
Adorador, assim Deus me formou
E quem poderá calar a voz de um coração?
Se eu subir aos céus, eu sei que lá estás
Se eu mergulhar no mais profundo mar
Nunca poderei me ausentar do Teu olhar

Tu és o Deus que me sonda
Tu és o Deus que me vê
Não tenho todas as respostas
Mas de uma coisa sei
Por toda a minha vida te adorarei

Adorar é o que sei
Adorar é o que sou
Nada pode calar um adorador
Não existem prisões
Que contenham
A voz de quem te adora, Senhor
Se eu vencer (te adoro)
Se eu perder (te adoro)
Se eu subir (te adoro)
 
Se eu descer
Te adorar é o meu prazer
Minha força vem do Senhor
Nada pode calar um adorador

domingo, 4 de março de 2012

MUNICÍPIOS - Laranjal do Jari (Parte 5 - A conturbada história do Beiradão)

"A cidade nascida à sombra de um projeto de milhões de dólares 
se tornou a maior favela fluvial do mundo"
Reportagem publicada na REVISTA TERRA (Edição 122/Junho de 2002), com texto de Klester Cavalcanti e fotos de Marcelo Lourenço.

Texto - A conturbada história do Beiradão (Revista TERRA nº122 - Junho de 2002)

Entre os moradores de Laranjal do Jarí, o termo "Beiradão" não soa bem, por remeter a uma época de pouco desenvolvimento, isolamento, prostituição e violência - condições referidas nesta reportagem. Conheci um pouco desta realidade em 1984 e 1985, quando morei na cidade de Monte Dourado. Não existia rua, muito menos estrada para lá... que falar de saneamento básico... As casas, a maioria em condições precárias, situavam-se na margem do rio Jari. Na parte de trás existiam sítios onde alguns sitiantes faziam farinha e criavam búfalos (em pouca quantidade) que andavam soltos naquela paisagem de várzea. Avistava-se também uma floresta em condições não degradada, onde tive a oportunidade de ver pela primeira vez aves como o guará. Visitava o "Beiradão" com meus parentes para fazer compras nas lojinhas, eram várias e o preço costumava ser mais barato, e também para visitar um sítio de uma senhora adventista. Tinha boites por lá que traziam cantores de fora, alguns que hoje são famosos e naquela época eram ilustres desconhecidos. Atravessava-se através de voadeiras (chamadas também de catraias) e por um barco chamado "Burra Preta". Não sabia, naquela época, que era considerada a maior favela fluvial do mundo. São outros tempos, coisas mudaram e outras se conservam, ainda que de forma menos expressiva... e o município é hoje o 3º em crescimento no Amapá. Entre suas dificuldades, uma das principais, está o acesso - que atualmente é realizado por estrada sem pavimentação e estreita em muitos trechos, ficando em condições precárias na época das chuvas.

sábado, 3 de março de 2012

BAIRROS DE MACAPÁ - Pacoval (Parte 1 - Origem do Nome)

    Forçada pela expansão urbana, a cidade de Macapá foi progressivamente ganhando novos bairros, que agrupavam moradores da zona rural do Território Federal do Amapá e da região das ilhas do Pará. É bem verdade, que o crescimento de sua população, motivou o deslocamento de jovens casais para a periferia do burgo. O Bairro do Laguinho, implantado numa faixa de terra espremida entre ressacas e reentrâncias do lago do Pacoval, não absorveu o contingente humano que o procurava, levando muitas famílias a estabelecerem-se depois do então campo do América Futebol Clube, hoje Praça Julião Ramos. A ocupação desta área, a despeito de não haver serviço de água e luz, verificou-se rapidamente, ao ponto de atingir em breve espaço de tempo o lago supra mencionado. Por alguns anos, o atual Bairro do Pacoval foi identificado como Laguinho, gerando discordância, pois alguns moradores observaram que o mesmo braço ou ressaca do Pacoval, que enveredava por áreas baixas, prolongava-se até a Av. Pe. Monoel da Nóbrega, entre as Ruas Odilardo Silva e Jovino Dinoá. Havia entretanto uma diferença, porque na parte oeste do novo bairro a ressaca era mais larga, abrangendo espaço dos atuais bairros Jesus de Nazaré e Aeroporto. Nada mais justo, portanto, para que o bairro fosse batizado como Pacoval. 
Mas, qual a origem deste nome, que não existe apenas em Macapá? A resposta é simples e para conhecê-la, somos obrigados a recorrer à cultura indígena. 
No NHEENGATU - vocábulo que significa falar bem, corretamente (NHEÊN = falar / GATU = bem) – Pacoba era uma planta cujo fruto e folhas se assemelhavam a banana, tão bem conhecida dos portugueses, embora de origem árabe. Quando os lusitanos introduziram a bananeira no Brasil, os índios continuaram a dar ao novo fruto o nome de pacoba. À bananeira eles identificavam como Pacobayba. Ao lugar onde havia muitas pacobas os índios denominavam Pacobatuba, sendo o vocábulo tuba empregado para derivar abundância. Diante do impasse, os nativos estabeleceram a diferença à sua maneira, adicionando ao termo pacoba o vocábulo cororoca, que é um arbusto de folhas espessas, grandes e largas, também chamada pacaveira. A palavra é procedente do tupi e significa desfazer-se. A pacova-sororoca, como passaram a escrever os portugueses, tem seu habitat nos igapós de terra firme e nas beiradas dos riachos na mata. Os indígenas faziam colares das sementes e teciam as fibras das folhas da cororoca, desfazendo assim, quase todo o arbusto. Também utilizavam as folhas inteiras para colocar determinados alimentos, como se elas fossem pratos. Com o passar do tempo, o costume indígena foi mantido por nossos caboclos, que a utilizavam para embrulhar peixe, carne salgada e para forrarem paneiros (para guardar farinha, açúcar moreno, açaí e outras frutas miúdas).
Sororoca (Foto: Norma Crud - 2001)
Planta nativa da amazônia, muito parecida com a bananeira, mas não dá banana. Largamente utilizada na cultura ribeirinha e amazônida para embrulhar diversas coisas (peixe, açaí, carne...) e há até aplicações medicinais. os indígenas generalizaram como pacova também para a bananeira que conheceram dos portugueses.
     Faz-se necessário frisar, que a região de Macapá era habitada pelos índios Tucujus, hábeis caçadores e pescadores, que também valiam-se da Pacova-Cororoca para utilidades domésticas. É claro que o lago do pacoval, possuía em abundância a Pacova-cororoca, a chamada bananeira do mato ou dos tolos. O termo Pacoval é próprio da língua portuguesa que, a exemplo do topônimo indígena bacobatuba, identifica o local onde há muita pacoba ou pacova.
Lago do Pacoval em 1960 (Foto: Dr. Jorge Pedro Pereira Carauta). 
Muita pacova (sororoca). Um pacoval.
O Dr Carauta, autor desta foto de fevereiro de 1960, em 16/08/2000 fez uma nota a Dr Norma Crud descrevendo como era o cenário do lago do Pacoval. Relato encontrado no relatório "Ressaca: Ecossistema Úmido do Amapá", da Dr Norma e  disponível para consulta na Bibiblioteca Ambiental da SEMA em Macapá. Veja aí e imagina o cenário do Pacoval mais de 04 décadas atrás:
"A Lagoa do Pacoval era magnífica, com muitos buritis e presença de maracanãs e patos (que são vendidos nos arredores, vivos e mortos). A água estava quase coberta de "linheira", parecida com arroz, assim como heliconia, gramíneas e outras plantas aquáticas. Quando fui sozinho me alertaram para tomar cuidado com as sucuris. Na mata de várzea vi urucu, açaí, aninga, bacabeira (palmeira) e várias leguminosas. Era um verdadeiro paraíso ouvindo-se a sinfonia da fauna aérea, aquática e terrestre. Herborizei algumas plantas que foram posteriormente depositadas no Museu, digo, no Herbário do Museu Nacional. Tirei algumas fotos e, no dia 9 (fev/1960), retornei ao mesmo local, para admirar a mais bela paisagem que vi na Amazônia até hoje. Não fossem os ataques de carapanã, o paraíso seria perfeito, mas afinal eles precisavam de sangue. Às margens da lagoa vi também muitas (...descrição de nomes científicos de plantas....). Chamava atenção a SOROROCA de inflorescências alaranjadas com formigas vermelhas."

Pacoval (Foto do Blog da Hélida). 
Dá uma passada lá, encontrei uma interessante abordagem sobre a sororoca (pacova)
  
 Texto de NILSON MONTORIL DE ARAÚJO
 CONHEÇA NOSSAS BIBLIOTECAS!

sexta-feira, 2 de março de 2012

MUNICÍPIO - Pracuúba (Parte 4 - Vídeos)

Vídeos sobre Pracuúba que encontrei no Youtube. São propagandas institucionais da Prefeitura do Município e Agência de Turismo.

 
Vídeo da Prefeitura de Pracuúba, elaborados pela Agência Pulse Comunicação (2012). 
É uma exibição de imagens de Pracuúba (30 segundos) com o texto a seguir:
"Suas férias têm um destino certo: Pracuúba, o município das belezas naturais. O acesso de carro, para quem sai de Macapá, é de 2h30 de estrada pavimentada e mais 10 minutos de estrada de chão. Pracuúba é um dos municípios mais belos do Estado do Amapá, com uma população hospitaleira e repleta de belezas naturais. Pracuúba é um belo destino para suas férias. Prefeitura de Pracuúba - Desenvolvendo o turismo da região." 

"Belezas de Pracuúba" - Vídeo do Canal John Amapá (2011)
São imagens do cenário natural, com duração de pouco mais de um minuto.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

LENDAS DO AMAPÁ - O homem que virava cavalo

Desenho de Rogério Castelo (1988)
Há muito tempo atrás falavam de um homem descendente de negro, que morava no bairro do Laguinho e depois passou a morar no bairro do Beirol, que se tornou famoso pelos seus feitos. 
Dona Maria, uma das moradoras mais antigas do bairro do Beirol, contou que tinha costume de acordar bem cedo para varrer a frente de sua casa, todas as manhãs. Um belo dia viu um cavalo preto próximo a um poste de madeira, era um pouco cerrado e o cavalo a olhava de forma estranha; o medo foi tão grande que logo entrou e chamou seu marido. Em questão de segundos, quando retornou, o cavalo já havia sumido.
Era costume os jovens saírem à noite para irem à festa. Certo dia o casal Raimunda e José, ao retornarem por volta de meia-noite, tiveram  um enconntro com o tal cavalo. Raimunda disse a José que estava com arrepio no corpo e este perguntou:
- Estais com medo!? 
Estava meio escuro, quando de repente viram um vulto. Parecia que alguém estava se aproximando... e continuaram a andar.  Quando chegaram próximo a um poste de madeira, havia um grande cavalo preto. Já vinham atravessando a rua quando o cavalo saiu correndo atrás dos dois, que saíram desesperados correndo, gritando bem alto e pedindo socorro. Dona Maria e o marido levantaram-se com o barulho. A moça e o rapaz queriam entrar no portão, mas não conseguiam abrir.
Dona Maria abriu o portão para o casal, que estava tão nervoso quee não conseguia falar nada. Passado um pouco o medo, eles falaram que foram acuados por um grande cavalo preto e Dona Maria confirmou que fora esse mesmo cavalo que teria visto no dia anterior pela manhã e que de repente havia sumido. O medo aumentou ainda mais, que acabaram dormindo na casa de Dona Maria.
Leitura recomendada
No outro dia só se ouvia comentários do grande cavalo preto, que segundo as pessoas era um homem que se transformava, pois ele lia o livro de São Cipriano e todas as pessoas que passavam ali pela madrugada falavam que o cavalo corria atrás e, o íncrível, é que ele sumia rápido sem deixar nenhum rasto. Diziam também que tentavam matá-lo, mas não conseguiam, parecia até que ele estava ouvindo, pois, quando tentavam pegá-lo ele não aparecia. As pessoas passavam a não sair mais sozinhas à noite, pois tinham medo do cavalo aparecer e correr atrás delas. Ver um bicho alvoroçado daqueles querendo nos pegar! Deus me livre! E foi assim que ficou conhecida a história do homem que se transformava em cavalo.

"Texto de Paulo Dias Morais, no livro "Amapá: Lendas Regionais".

Estas histórias surgiram em uma Macapá de outras épocas. Tempos bucólicos, quando era comum ver carroceiros, cavalos e bois transitando pela cidade. Isso perdurou até meados dos anos 8o. Cheguei até pedir carona em carroça que ia para as bandas da minha escola (Castelo Branco, no Bairro do Trem) e evitava a todo custo o encontro com os bois (uma vez até faltei na aula, pois um monte estava no caminho que costumava seguir... É!!! Mas não me chame de medroso... É que não era acostumado em lidar com esses bichos). Diziam sempre que eram de um tal Muca. Não me estranham estórias como a desta lenda. Conheço uma mulher que teve um bizarro encontro em que - certa vez quando despertou de madrugada e ouviu algo na área do quintal - ao abrir uma fresta da janela, topou com aquela carona chifruda e de olho amarelo esbugalhado lhe olhando de perto! Vá de retro!!! Seria o tinhoso?? Como dizem por aí: o amornado??? A mulher ficou petrificada, quase com ataque cardíaco. Só depois de um tempo viu que era uma parruda vaca preta. Há! Há! Há! Mas o susto ficou marcado. Ah! Essa mulher é aquela a quem tomo benção todo dia e Deus me deu como abençoada mãe... e as vacas tinham entrado no quintal sorrateiramente. Se não estiver enganado, foi em 1983.
O livro, para quem curte, faz uma abordagem bem legal sobre o folclore amapaense. Tratando de lendas, comidas típicas, festejos e medicina popular. Mas tudo de uma forma bem simplificada, é claro. Esta obra pode ser adquirida nas livrarias e bancas de revistas em Macapá.
Dá uma conferida!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

MUNICÍPIO - Pracuúba (Parte 3 - Vídeo)

Em 2010 a TV-Amapá exibiu uma série comemorativa de seus 35 de fundação, apresentando reportagens especiais sobre os municípios amapaenses. Este vídeo foi exibido em janeiro de 2010 e mostra alguns aspectos importantes sobre PRACUÚBA. A reportagem e apresentação do telejornal (Amazônia TV) é de Seles Nafes.

Reportagem de Janeiro/2010

No vídeo encontramos as informações:
  • É um lugar de belas paisagens. 
  • Em pouco mais de 10 anos a população dobrou. 
  • Segundo o IBGE, em 1996 tinha 1.600 habitantes e em 2007 já constavam 3.300 (no IBGE 2010 foram relatados 3.793 hab).
  • Ostenta o título de município menos populoso do Estado do Amapá.
  • O pescado é um dos motivos de Pracuúba existir, sem os lagos o município não se formaria. 
  • A pesca é uma das bases da economia. Os pescadores artenasais levam o peixe para a venda em Macapá, mas tem surgido atravessadores nesta comercialização.
  • A proibição e escassez da pesca são temores dos pescadores.
  • O município tem potencial para ecoturismo.
  • Falta infraestrutura para o desenvolvimento do turismo.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Lançamento de Livro de Alfabetização EJA em Macapá (Método das Boquinhas)

Livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores (Charles W. Elliot)

27 DE FEVEREIRO, uma data muito importante e pouco lembrada.
Hoje, meus amigos, é o DIA DO LIVRO DIDÁTICO.

Os livros são importantes no processo de transformação e aprendizagem do indivíduo e nos livros didáticos temos uma ferramenta fundamental para a educação, fazendo diferença na formação de uma criança. 
A trajetória do livro didático no Brasil remonta ao ano de 1929, quando o governo criou o Instituto Nacional do Livro (INL), órgão específico para legislar sobre essa área. Ao longo das décadas, a política oficial para o livro didático passou por diversas adaptações, até chegar ao atual Programa Nacional do Livro Didático, criado em 1985. A partir daquele ano, o professor passou a escolher o livro mais adequado aos seus alunos e ao projeto político pedagógico da escola. A reutilização do livro e a introdução de critérios de produção seguindo normas técnicas, com o objetivo de garantir maior durabilidade e qualidade do material, também foram importantes avanços. (Informação: Portal MEC)
Os primeiros contatos com os livros, em nosso país, geralmente se dão na escola. Muitas vezes são estes a única forma de acesso da criança à leitura e à cultura letrada. 
Essa foi também minha realidade e através dos livros didáticos que fui tomando gosto pela leitura (apreciava muito os de Língua Portuguesa, Ciências e História). (Foto: Serra do Navio / 1979)
 No dia 23 de fevereiro tivemos o lançamento de mais um livro em Macapá: "EJA: ALFABETIZANDO E LETRANDO COM BOQUINHAS". Uma obra com um método inovador e bem sucedido na alfabetização de crianças, jovens e adultos. Taí um belo exemplo da importância do livro didático.
O livro resultou de uma parceria entre a professora amapaense (Língua Portuguesa) Viviane Guimarães e a fonoaudióloga Renata Jardins. Ambas são funcionárias do MEC e apresentam uma proposta educacional diferenciada chamada "Método das Boquinhas", onde ocorre uma integração fono-viso-articulatória. O aluno é envolvido em estratégias fônicas (som), visuais (letra) e articulatórias (gesticulação da boca para aprender), sendo indicado para alfabetizar quaisquer crianças e reabilitar os distúrbios da leitura e escrita.
O lançamento em Macapá ocorreu no CEAP  e a obra é direcionada para a alfabetização e letramento de jovens e adultos - na concepção da Metodologia Boquinhas - contemplando um exemplar para o aluno e um manual ao educador. Apresenta 20 unidades contextualizadas com assuntos de interesses culturais, sociais e emocionais (cidadania, saúde, meio ambiente, esporte, tecnologias, espiritualidade, etc) e vem acompanhado de um CD (com fonemas e articulemas), um mini espelho de boca e uma cartela grande das bocas. 

Tecnologia Educacional que vem acrescentar ludicidade e rapidez na educação dos futuros leitores.
Mais informações sobre o "MÉTODO DAS BOQUINHAS" 
e para adquirir o livro acesse 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

MUNICÍPIO - Pracuúba (Parte 2 - Hino)

Hino do Município de Pracuúba (Amapá)
Letra: Renilson Pereira Alves
Música: Banda da Polícia Militar de Macapá (PMM)


Eia povo destemido tão querido,
Habitante desta linda natureza,
Vibra um sonho de um futuro radiante
Nesta terra que se torna fortaleza

A vitória segue aos rios pela pesca,

Por pescadores corajosos habitantes,
Cuja fonte de saúde é majestosa
Se vasculhada nesses rios penetrantes

Ó brava terra de mãe gentil,

Pracuúba, Amapá, Brasil...


Ó Deus, que abençoe esta terra

Da fauna rica e flora verdejante
Onde o rio que exalta a natureza
Resplandece seu trabalho exuberante

Encoberto pela própria natureza,

Homenageia uma árvore gigante
Com um povo tão guerreiro e tão humilde
Que demonstra tal bravura radiante,

Que destaca nesta fauna o Tracajá,

O pirarucu e o Tucunaré
A beleza de Pracuúba, vale apena observar,
É sua flora, a mais rica do lugar.

Ó brava terra de mãe gentil,

Pracuúba, Amapá, Brasil...

Macapá, Monumentos Históricos (Folh/DETUR-AP)

Folheto Monumentos de Macapá (restaurado). Breve relato sobre:
  1. Fortaleza de São José de Macapá 
  2. Marco Zero do Equador
  3. Pedra do Guindaste
  4. Igreja de São José de Macapá
  5. Prédio da Antiga Intendência de Macapá
Folh - Macapá, Monumentos Históricos (CEICT / DETUR-AP)

sábado, 25 de fevereiro de 2012

MUNICÍPIO - Pracuúba (Parte 1 - Informações Gerais)

Pracuúba é um município do Estado do Amapá (criado pela Lei Estadual-AP Nº 04, de 01/05/1992), a 280 km da capital Macapá e com os limites municipais: Amapá, Calçoene, Tartarugalzinho e Ferreira Gomes.

Mapas: Situação (SEMA-AP 2005) / Político (SEMA-AP 2004)
  • A população é estimada em 3.793 habitantes (IBGE 2010), resultando em densidade demográfica de 0,77 hb/km2. 
  • Foi desmembrado do município de Amapá e é o menos populoso do estado.
  • Quem nasce em Pracuúba é pracuubense (gentílico).
Mapa Sema-AP / 2005
  • É banhado pelos rios Flexal, Breu, Itaubal, Falsino, Macarri, Mutum e pelos igarapés, Cujubim, Henrique, Sacaisal e Maringá
Foto: Rio Flexal (ralmeida10.blogspot.com)
  • A agricultura ainda é de subsistência.
  • As Comunidades Principais são: Pracucúba (Sede),  Breu, Cujubim, Flexal, Pernambuco, Porto Franco, Ramal do Pracuúba, São Miguel e Tucunaré
  • Os recursos naturais são fartos. Pracuúba tem belas paisagens.
Foto: Bom dia Pracuúba (Amilton Matsunaga / Acervo da Biblioteca SEMA-AP)

  • A flora é composta de várias espécies com aproveitamento na indústria madeireira: aquariquara, andiroba, acapú, angelim, pau roxo, macacaúba, maçaranduba e sucupira.
  • O nome Pracuúba é originado de uma árvore denominada Pracuubeira.  
 
  • Economicamente, o Setor Primário apresenta as maiores fontes de sustentação do município, com a criação do gado bovino e bubalino, cultura da mandioca (produção de farinha) e, principalmente, a pesca artesanal - potencializada pela diversidade de ambientes lacustres e seus estoques naturais de peixes (trairão, tucunaré, tamoatá, pirarucu, etc).
Pesca e criação de gado, duas das principais fontes econômicas no município.
  • O Setor Secundário apresenta a exploração madeireira (serrarias) e o extrativismo e consumo do açaí pela comunidade. A escassa extração do ouro também ajudou a fortalecer o município. 
Foto: Extrativismo de açaí em Pracuúba (epdnews.wordpress.com)
  • No Setor Terciário encontramos algumas mercearias (alimentos e bebidas) de pequeno porte e, como prestadores de serviços, o funcionalismo público (governo e prefeitura) são os principais geradores de empregos (salários).
  • Esse município, através de seus múltiplos ambientes pesqueiros, constitui o pólo de pesca do interior mais importante do Estado.

Pescadores artesanais em Pracuúba (Foto: sppert.com.br )
  • Em relação ao saneamento básico, a maioria da população utiliza os chamados poços amazônicos. 
  • Os postos de atendimento à saúde são bastante precários, operando com as mínimas condições.
  • Transporte: aéreo e rodoviário (intermunicipais e alternativos no terminal rodoviário, em Macapá).
  • Atrações Turísticas: passeios e banhos nos lagos e igarapés  e pesca esportiva. Alguns pontos relevantes são: 
Região dos Lagos: Cenário de belezas naturais, com a presença de lagos permanentes e temporários, influenciados pelos regimes de chuvas. Nesses ambientes há uma rica e diversificada fauna aquática, encontrando-se: garças, marrecos, guarás, colheireiros, biguás, socós e mergulhões. No inverno a região fica alagada, formando pequenas ilhas, onde os búfalos se refugiam. No verão o lago seco permite o acesso de carro.
Fotos: Amanhecer no lago do Pracuúba (Celso Gemaque)/Linda Pracuúba (A. Matsunaga)
 
Igreja de São Francisco: Localizada na comunidade de São Miguel, foi construída em 1931 pela família Pontes. A estrutura é toda de pedra trazida de barco através do Rio Piririm; 
Projeto Quelônio: Desenvolvido pelo IBAMA,  onde se realiza a soltura de Quelônios. 
A soltura dos filhotes de Tracajá (Podocnemis unifilis), é resultado da parceria do Projeto Quelônio da Amazônia (IBAMA/AP) e Prefeitura  de Pracuúba, com  objetivo de proteger a sobrevivência e equilíbrio da espécie.
(Foto e Informação: amapadigital.net)
Fauna e Flora: Encontramos várias espécies de fauna como: jacarés, tracajás, capivaras, lontras e peixes, além de uma rica flora;  
Foto: Vegetação Aquática Região dos Lagos de Paracuúba (Jeane Macêdo)
  
Casa Paciência: Um atelier pertencente à artesã Mariza Costa, que trabalha utilizando escama de peixes, conchas e raízes. 
Balneário Riacho Doce: Localizado dentro da cidade cercado de árvores.   
Balneário Olho da Cobra D'água: Situado à beira do Rio Flexal.
Paisagens em Pracuúba (Fotos do: maracareceptivo e lugaresquever.com)
  •  Eventos no município:
Festa de São Sebastião: Realizada no mês de janeiro é um evento religioso do interesse local, com arraial durante uma semana e vendas de comidas regionais. 
Festival do Tucunaré: Tem uma programação que inclui shows, torneios de pesca esportiva e a escolha da Rainha do Festival. Acontece no segundo semestre e, em 2012, será ocorrerá a XVII edição.
Pracuúba Verão: No mês de julho, com várias programações para a descontração da comunidade.

Pracuúba.
Lugar de belas paisagens, 
da pesca, dos lagos, com seus problemas urbanos,
é mais um Município
aqui destas 
terras do AMAPÁ.

Referências Consultadas: