As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Revista ICOMI Notícias Nº 14 (1965)

Edição de Fevereiro de 1965, destacando:
- Empresa adota símbolo: a história do famoso octógono que se tornou a logomarca da ICOMI, idealizado por Aloísio Magalhães.
- Aeromodelismo em Santana: Hildebrando Castelo Branco lançou a prática na Vila Amazonas.
- Ainda o Oiapoque: II reportagem sobre o Oiapoque, destacando povos indígenas em seu cotidiano. Um drama que ocorria era a presença da malária e sarampo. Entre os Palikunas o texto registra a morte de 64 pessoas em menos de 15 dias no ano de 1960. Outra referência que achei curiosa foi sobre as ciganas no rio Urucauá. É uma ave de beleza inusitada e em 2009, visitando essa região, tive uma das visões mais fantásticas nesse rio, quando navegamos no meio de aningais em que estavam às centenas pela manhã, em um espetáculo único e de rara beleza em seu voo quase de câmara lenta sobre nossas cabeças.
- IAA aprova usina de açúcar: a Comissão Executiva do Instituto do Açúcar e do Álcool havia homologado, no início deste mês, os primeiros projetos de novas usinas de açúcar para o país. Entre estes estavam um para o TFA e dois para o Estado do Pará.
- Os funcionários do mês: Walter James Mainard / Raimundo da Costa Leite - o "17".
- Escola de Civismo: sobre o Escotismo em Serra do Navio.
- ICOMI colabora com Censo Escolar.
- O craque do mês: Mário Miranda - "Piston" (jogador do Santana).


Imagens selecionadas da revista:

 Professor Aloísio Magalhães, autor do símbolo escolhido para a ICOMI.
 Um grupo de crianças de Vila Amazonas, dando mostras
de sua inclinação para a arte teatral.
Professora Eni Zanconti de Azambuja, que durante dois anos (1962-1963) pertenceu ao magistério da ICOMI no Amapá, ensinando às crianças da Escola Primária de Vila Amazonas.
 Solenidade de hasteamento da bandeira em Vila Santa Izabel (Oiapoque).
Vista do porto de Calçoene, município abordado nas edições 15 e 16.

domingo, 22 de abril de 2018

Curiaú: sua vida, sua história (Sebastião Menezes da Silva, 2001)

Mais uma do acervo da Biblioteca SEMA em Macapá. Obra sobre as origens do Curiaú, mostrando a história dos primeiros moradores, genealogia de algumas famílias e breve relato sobre pontos importantes (educação, costumes, lazer, causos, etc), finalizando-se em considerações sobre transformações e perda de identidade que o local vem sofrendo. Sebastião Menezes da Silva conta essa história em um resgate de tradições para que não sejam esquecidas pelas gerações. É um registro de memórias, de leitura rápida (apenas 34 páginas), com informações culturais em apresentação resumida sobre o Curiaú.


Francisco Inácio, escravo de um casal africano, descobriu o Curiaú há cerca de três séculos. Sebastião Menezes, com esta obra, redescobre a comunidade negra, deixando às novas gerações o registro da história, dos costumes, do folclore e das tradições que aos poucos estavam se perdendo com a modernidade.
É, sem dúvida nenhuma, um importante trabalho de pesquisa que deve ser utilizado pelas redes estadual, municipal e particular de ensino, que agora têm a seu dispor mais um capítulo da história do Estado do Amapá.
Em linguagem acessível, assimilada por qualquer pessoa que tenha a curiosidade de saber um pouco mais como surgiu o chamado quilombo amapaense, a obra impressiona pelos detalhes, o que mostra o tempo e a paciência que o autor dispôs para realizá-la. Sebastião Menezes, com muito tato e dinamismo, leva o leitor a um passeio pela comunidade do Curiaú.

(Joseli Dias - Prefácio)

DISPONÍVEL PARA CONSULTAS NA 
BIBLIOTECA PÚBLICA ELCY LACERDA
E BIBLIOTECA AMBIENTAL DA SEMA-AP.

sábado, 21 de abril de 2018

Revista ICOMI Notícias Nº 12

Edição publicada em Dezembro de 1964 com os seguintes destaques:
- Festejos de Natal em todos os setores.
- Divisão de Obras conserva e acrescenta: conservar o feito e construir o mais que for necessário.
- Repete-se com êxito a "Operação Férias Coletivas": segundo ano em que a empresa concede férias a mais de 800 funcionários nas vilas, das mais diversas categorias funcionais, ficando apenas os necessários à continuação de serviços essenciais tanto da parte operativa como das instalações sociais.
- A primeira criança nascida no Hospital de Serra do Navio.
- Funcionários do mês: Barnabé Bahia / Oswaldo Ildefonso dos Santos - "Malagueta".
- Dia do Mestre: as homenagens prestadas ao professorado de Vila Amazonas e Serra do Navio no dia 15 de outubro de 1964.
- Os primeiros passos para um grande empreendimento: sobre os preparativos para a construção e instalação da BRUMASA (Brunynzeel Madeiras S.A), planejada para a fabricação de compensados de madeira para o mercado nacional e para exportação.
- O craque do mês: Moacir Fernandes Pereira (Mussuim - jogador do Santana).


Imagens da edição:

A primeira criança nascida no Hospital de Serra do Navio
Dias após a inauguração do Hospital de SN, em Agosto de 1959, a senhora Maria Gomes de Araújo, esposa de José Gonçalves de Araújo, foi a primeira gestante a utilizar os serviços da maternidade, internando-se para dar à luz ao robusto pimpolho Hermelino. O nome, escolhido pelos pais do recém-nascido, representava uma homenagem ao então Chefe da Divisão de Saúde da Companhia no Amapá, Dr. Hermelino H. Gusmão, assim como os agradecimentos sinceros à excelente assistência que tivera a senhora Maria de Araújo.
O gerente da empresa naquela época, Dr. Daniel Sydentricker, autorizou à Contabilidade a abertura de uma caderneta no Banco da Lavoura, em favor do menino, tão logo chegou ao seu conhecimento o fato. Na foto, Hermelino com cinco anos de idade.
(Texto extraído da revista)
Número de canto pelas alunas Marina Helena, Suzana e Roane da Escola de Vila Amazonas, na festa realizada na sede social do Santana Clube em comemoração ao Dia das Crianças.
Divisão de Obras na construção de novo pavilhão na Escola de Vila Amazonas.
Motoniveladora e trator em operação à margem da Avenida Amazonas, nos preparativos para a instalação da BRUMASA.
 Cerimônia de Primeira Comunhão de crianças em Santana.
Indígenas da região do Oiapoque, abordagem para a próxima edição.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

A importância da Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda - 73 anos em Macapá (Texto de Paulo Tarso)

Uma das instituições educacionais e culturais mais tradicionais do Amapá completa 73 anos de existência. Afinal, são mais de sete décadas de funcionamento contínuo. Nela já atuaram, como gestores, nomes importantes da educação e da cultura do nosso Estado (Lauro Chaves, Aracy de Mont’Alverne, Ângela Nunes, dentre outros), pessoas que deixaram sua marca e que hoje são relembradas pelo muito que contribuíram com várias gerações de alunos que passaram pela Biblioteca, seja fazendo pesquisa ou lendo obras literárias, biográficas, ensaios, manuseando jornais, revistas e outras publicações.


Fundada em 20 de abril de 1945, desde então a Biblioteca vem cumprindo seu papel como entidade que abriga um valioso acervo responsável pela formação educacional de milhares de pessoas e de suporte à pesquisa. Aberta das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, sempre recebeu os estudantes e a comunidade com muita atenção. Seus funcionários, a maioria oriundos da SEED, têm experiência e treinamento para orientar, apoiar e encaminhar todos os usuários aos locais mais adequados a cada tipo de pesquisa que se faz necessário, da mais simples à mais complexa.
Atualmente, em pleno século XXI, a Biblioteca está cada vez mais sintonizada com as demandas da modernidade, sendo um dos points mais frequentados por escolas, entidades culturais e educacionais, associações, Academia de Letras, professores em busca de mestrado e doutorado e alunos de todos os níveis que  encontram o espaço adequado para suprir as suas necessidades num mundo em que o conhecimento e a pesquisa ocupam cada vez mais um lugar relevante.

Biblioteca Elcy Lacerda ao lado da Igreja de São José (Foto: Rogério Castelo)

A Biblioteca conta com um acervo de aproximadamente 60 mil itens, entre livros, CDs, DVDs, revistas, panfletos, jornais (inclusive os primeiros jornais que circularam no Amapá, desde 1895 – no caso o Pinsônia) e os seguintes espaços: Sala Amapaense (livros e documentos com assuntos e temáticas do Amapá e da Amazônia); Sala Afro-indígena; Sala do Ensino Médio e Superior (que serve também como local de estudos e pesquisas); Sala Circulante (com obras literárias nacionais e estrangeiras disponíveis para leitura e empréstimo domiciliar); Sala de Artes; Sala Infanto-juvenil (que conta com o Grupo de Contadores de Histórias) e duas Salas com Jornais e Periódicos (com destaque para a Sala de Obras Raras); uma Sala de Braille e a Reserva Técnica (onde os livros são recebidos e distribuídos às salas).
A Biblioteca Estadual Elcy Lacerda é um espaço aberto, dinâmico, efervescente, muito democrático e o mais representativo das ações educacionais e culturais do Amapá. Seu atual gerente é o professor e escritor José Queiroz Pastana, que pela segunda vez ocupa o cargo.
(Texto: Paulo Tarso Barros, escritor, editor do blog Literatura no Amapá, professor e funcionário há 14 anos da Biblioteca)

Parabéns! Quem ganha é o povo amapaense!

Mais informações da Biblioteca Pública Elcy Lacerda em: