Há tempos procurava alguma publicação sobre o Sobral Santos II,
embarcação paraense que naufragou nas proximidades de Óbidos, em 1981.
Encontrei este singelo cordel, assinalado por um cordelista
autoproclamado Pernambuco, poeta nordestino.
Tem apenas 32 estrofes e foi publicado pouco depois da tragédia, com
grande ênfase à questão da superlotação por conta da ganância dos
responsáveis. Não se detêm em histórias isoladas, conta um pouco do
contexto ocorrido na famigerada madrugada e cita também o naufrágio do Novo Amapá.
Paralelo surreal, pois foram os dois maiores desastres fluviais na
Amazônia, com número de vítimas parecido, separados por meses no mesmo
ano - o fatídico 1981 - onde a história de superlotação, omissão ou
conivência na fiscalização, além da ganância, como diz o cordelista,
escandalosamente se fizeram presentes. O Novo Amapá naufragou em 06 de janeiro e o Sobral Santos II em 19 de
setembro. Nas duas embarcações, histórias de centenas de mortes. A obra é mais emotiva que informativa e a leitura foi movida por curiosidade.
Título: A tragédia Sobral Santos II
Autor: Pernambuco, poeta nordestino
Páginas: 8
Ano: 1981 (Outubro)
Edição do Autor
Edição do Autor
Literatura de Cordel
"Deus Pai Todo Poderoso
abre a minha memória
com sentimento profundo
para contar esta história
com a ajuda de Jesus
e da Virgem Nossa Senhora
Falo do barco motor
Sobral Santos malfadado
no dia 19 de setembro
viajava superlotado
em Óbidos naufragou
matando o povo afogado."
(estrofes iniciais do cordel)
PERNAMBUCO, poeta nordestino
abre a minha memória
com sentimento profundo
para contar esta história
com a ajuda de Jesus
e da Virgem Nossa Senhora
Falo do barco motor
Sobral Santos malfadado
no dia 19 de setembro
viajava superlotado
em Óbidos naufragou
matando o povo afogado."
(estrofes iniciais do cordel)
PERNAMBUCO, poeta nordestino
Para conhecer essa história:
SUGESTÃO DE LEITURA DA
BIBLIOTECA AMBIENTAL DA SEMA
EM MACAPÁ