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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Áreas de Ressaca em Macapá (Vídeo SBT-AP/2011)

Mais um material para o estudo e educação ambiental, sobre as ÁREAS DE RESSACA EM MACAPÁ
Vídeo exibido no "Programa Meio Dia" (SBT-AP, em 08/10/2011)
Duração: 6 minutos e 38 segundos 


Narração: Waldo Santos / Imagens: Diego Fábio & Márcio Bacellar 
Texto e Direção: José Menezes / Edição: Romero Lima
Veja AQUI
Pontos abordados:
- A falta de saneamento básico e sistema de esgoto sanitário, destruição do local de preservação, riscos de doenças (como dengue, malária e leptospirose), são a realidade vivida constantemente por quem, sem opção, escolheu as áreas de ressacas para morar. Só na capital mais de 30 mil famílias ocupam esses locais, que servem para esfriar naturalmente o calor das cidades. As ressacas quando limpas são berçários de peixes, plantas e pássaros, mas sem os devidos cuidados a natureza fica penalizada.
- Ressaca é uma expressão regional do Amapá: são as pequenas áreas litorâneas que servem como reservatório natural de água (o Plano Diretor de Macapá/2004 dá a seguinte definição no artigo 5º, parágrafo 4º: Entendem-se por ressacas, as áreas que se comportam como reservatórios naturais de água, apresentando um ecossistema rico e singular e que sofrem a influência das marés e das chuvas de forma temporária.)
- Funcionam também como corredores naturais de ventilação, diminuindo o clima quente na capital.
- A ocupação desses lagos compromete o escoamento da água das chuvas, ocasionando antigos problemas de alagamento e sérios riscos para os moradores desses locais.
- A falta de saneamento básico, infra-estrutura, acúmulo de lixo, armazenamento de fezes humanas, água parada, e muitos outros problemas, deixam os moradores sujeitos à doenças.
- Apesar da existência de uma lei que protege esses espaços desde 1999 (Lei Estadual 455, de 22/07/99 - sobre a delimitação e tombamento das áreas de ressaca localizadas no Estado do Amapá - veja o texto AQUI) essas áreas continuam sofrendo impactos provocados pela destruição da vegetação nativa, depósito de lixo e esgoto sanitário.
- No Bairro do Congós (zona sul da capital) cerca de 17 mil e 200 famílias moram no alagado, sem qualquer estrutura, como consequência do crescimento urbano desordenado nos últimos anos. As pessoas sabem dos riscos, mas não tem outra alternativa.
- Os problemas nas áreas de ressacas estão por todos os lugares. Além da falta de água potável o emaranhado de fios elétricos é uma prova do perigo que os moradores correm devido a deficiência de distribuição de energia elétrica. - O vídeo mostra também alguns relatos tristes e dramáticos de moradores destes locais.

 
 Mais imagens do vídeo

Dada a importância do assunto, resgato um folder da Prefeitura Municipal de Macapá, referente ao ano 2009.

O folder (elaborado pela SEMUR - Secretaria Municipal de Manutenção Urbanística) objetiva o esclarecimento e orientações sobre a importância das ressacas e a adoção de práticas educativas.
Entre outros aspectos, o folhetim mostra:

- Esses ambientes são frágeis e sensíveis a qualquer interferência negativa do homem, principalmente quando ocupadas por moradias, pois há o despejo de lixo e esgoto.
- O aterramento das áreas contribuem para inundações locais.

Mais informações sobre ressacas podem ser obtidas
É um dos temas de maior procura 
e que deveria ter mais atenção por parte dos governantes.

Veja também:
- Macapá e suas Ressacas