Algumas imagens do município de Laranjal do Jari, cedidas por Rosa Dalva.
Relato e impressões de uma rápida viagem
Relato e impressões de uma rápida viagem
(Mano! Bora rapidola no Jari!?)
BR-156, trecho sul, em direção à Laranjal do Jari |
A BR-156 é uma rodovia federal caracterizada como a espinha dorsal no Amapá, perpassando por 11 dos 16 municípios, de Laranjal do Jari ao Oiapoque.
BR-156, trecho sul, em direção à Laranjal do Jari |
Tem grande importância para a expansão econômica e mobilização populacional, porém, numa dicotomia duradoura desde os anos de 1940 - início de sua construção - permanece com trechos sem pavimentação e com as mesmas dificuldades hoje sexagenárias.
BR-156, trecho sul, em direção à Laranjal do Jari |
O trecho sul (Macapá-Laranjal do Jari) tem pouco mais de 250 km e, nas melhores condições, pode ser percorrido de 4 a 5 horas - 10 ou mais em condições não favoráveis, diga-se período de chuvas. Recentemente recebeu melhorias para a condição de tráfego (nivelamento, aterramento, eliminação de curvas e ampliação na área de floresta), havendo compromisso assumido para o asfaltamento. Amém!? O tempo dirá...
(Fonte: jarinews.wordpress.com)
Ainda não experimentei de fato a rodovia, essas informações foram baseadas na mídia e em relatos de amigos. Nessa viagem estou de carona nas lentes da estimada Rosa Dalva.
Ainda não experimentei de fato a rodovia, essas informações foram baseadas na mídia e em relatos de amigos. Nessa viagem estou de carona nas lentes da estimada Rosa Dalva.
...Passando por formações de cerrado (não sou botânico, releve eventuais enganos). No Amapá esse ecossistema abrange 6,5% do espaço e, complementando a paisagem, destacam-se as matas de galerias que acompanham os cursos d'água, as ilhas de matas e as veredas de buritis ao longo dos corredores hidromorfizados (úh sumano, significa com presença de água!). Fonte: SEMA.
...Passando pela área de Floresta na RESEX do Cajari. Nas imagens não dá para ver, mas é uma região de castanhais. Um entrave referenciado sempre nas esferas governamentais para a morosidade em melhorias na rodovia é que representa uma via de acesso dentro de uma unidade de conservação cujo formato e dimensões são definidos pelos aspectos históricos, culturais e naturais a serem protegidos (...burocracia). Agora ampliaram um pouco mais a via, preservando-se ao máximo as castanheiras. Haviam trechos em que passava apenas um carro por vez. Reconhecidamente houve melhorias nas condições da estrada, não o ideal - em que é necessário a pavimentação e sinalização. Entretanto...
...tem sido o suficiente para acirrar a imprudência e afobação de motoristas mais descuidados, amantes da velocidade nessa rodovia que inspira sempre muitos cuidados. Tem coisa que deve ser assumida por todos que trafegam, quando falamos de segurança, e outras tantas por todos que são ou deveriam ser responsáveis pelas boas condições na estrada.
...Passando agora por alguns rios no trajeto da BR-156 trecho-sul.
Rio Cajari |
Rio Maracá |
Rio Maracá |
Rio Preto |
A baixa densidade populacional no Amapá (com crescimento acentuado nos últimos 10 anos) tem permitido que os rios se apresentem pouco pressionados, sendo ainda inexpressivos os conflitos pelo uso da água. Entretanto...
Rio Preto |
Rio Preto
... a maioria absoluta das cidades amapaenses localiza-se próxima a um curso d'água e passa a ser grande fonte de degradação ambiental com o lançamento de esgoto doméstico. (Fonte: Relatório da Qualidade Ambiental dos Recursos Hídricos da Região Sul do Amapá, SEMA - 2001).Olha! Chegamos em Laranjal do Jari! |
Rua Tancredo Neves em Laranjal do Jari, provavelmente a principal da cidade.
Av Rio Jari |
Av Rio Jari |
O município tem experimentado um crescimento aumentado nos últimos anos, com perspectivas maiores com a construção da Hidrelétrica de Santo Antônio, mas carece ainda de maior investimento na infra-estrutura, como, invariavelmente, acontece com todas as sedes municipais no Amapá.
Essa foi uma viagem muito breve! Só deu mesmo para visitar a Biblioteca Ambiental e...Opa! Espera lá!!!
Essa biblioteca foi implantada em janeiro de 2010, em uma parceria PMLJ-GEA (através da SEMA - VEJA AQUI), representando um importante centro para a pesquisa. Além da literatura disponibilizada, principalmente na temática ambiental, recebeu também material audiovisual com vários documentários em DVD.
Triste ver a biblioteca fechada, muitas vezes como resultado do desinteresse na sua manutenção. Há um esforço coletivo e muita solicitação para a implantação, porém, realidade que acaba ocorrendo, vemos a divulgação e massificação como propaganda em seu início, para depois haver uma perda gradual de interesse. Acredito sempre que esse quadro mudará e a biblioteca novamente estará disponibilizando o acesso à pesquisa e informação a toda a comunidade. Tão somente se faz necessário a atenção e mobilização governamental.
"A leitura nutre a inteligência."
Sêneca
Sêneca
Agradecimentos a Rosa Dalva (Gerente da Biblioteca SEMA-AP), que gentilmente registrou e cedeu as imagens para este blog.