As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

sábado, 18 de junho de 2011

Lançamento do livro: O ROTEIRO NAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS (Ivan Carlo/Gian Danton)

Nesta sexta-feira (17/06) ocorreu o lançamento do livro "O Roteiro nas Histórias em Quadrinhos", de Ivan Carlo (muito conhecido também como Gian Danton)
O evento foi realizado no SESC Centro em Macapá, no projeto intitulado 4º Banquete Literário. Prestigiaram, entre amantes da literatura e quadrinhos, alguns escritores como Paulo Tarso e Samila Lages. 
Foram expostas e vendidas obras do autor, houve apresentação da publicação em lançamento e o tradicional autógrafo.

Ivan Carlo Andrade de Oliveira (Gian Danton) é um autor premiado e com  reconhecimento nacional. Tem trabalhos conceituados como roteirista de graphic novel, atuando neste segmento desde 1989. Possui também obras técnicas na área de comunicação, metodologia  e ficção científica. No livro em lançamento, apresenta dicas básicas  para se tornar roteirista de quadrinhos. Uma obra muito interessante e oportuna aos amantes de HQ's. 
Olha aí algumas obras do autor!
Como bom sacoleiro adquiri várias...
Aqui a apresentação do autor, em uma biografia descrita por Michele Lobo (Coordenadora de Cultura do SESC-AP), seguida de uma saudação pela escritora Samila Lages.  Descobri muita coisa que nem imaginava. O cidadão é roteirista de HQ's (algumas já havia lido), tem parceria com desenhistas de renome internacional (como o Joe Bennett e o Eugênio Colonnese) e é/foi colaborador de revistas cult como a  MAD e CALAFRIO.
.... De fato um banquete literário, a oportunidade de conhecer todas essas obras.
O autor expôs um pouco de sua experiência e atuação, demonstrando talento singular.  Reside neste Estado há 12 anos, é professor na UNIFAP , jornalista e consultor do SEBRAE.
... Quanta coisa bacana na obra do Ivan Carlo.
Garanti também umas obras pra ler durante as férias...
Quem sabe não consiga fazer uma HQ!!  Um sonho tão distante....
Oras, oras!!! Mesmo sendo um Gregor Samsa,
 fui lá prestigiar e ter a oportunidade de conhecer esse exepcional artista.
AGRADECEMOS AO SESC NOS OPORTUNIZAR EVENTOS CULTURAIS COMO ESSE E AO ESCRITOR GIAN DANTON (IVAN CARLO) A POSSIBILIDADE DE CONHECER UM POUCO MAIS DESTA ARTE TÃO CATIVANTE NO UNIVERSO DA FICÇÃO E QUADRINHOS.
Mais informações do autor e sua obra em ivancarlo.blogspot.com

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Imagens do Marabaixo

O Marabaixo continua ocorrendo no Laguinho, Santa Rita (antiga Favela) e na comunidade do Curiaú. 
 Vídeo de Drika Bourquim
 
Se identifica com elementos do catolicismo romano e da cutura negra.  Apresenta a referência dos santos católicos e o calendário litúrgico. Sua constituição se dá com novenas, a quebra de murta, às danças e o levantamento do mastro. 
 
 Vídeo de Drika Bourquim

Tempos outrora, os foliões do marabaixo entravam dançando na Igreja de São José de Macapá, e alguns rapazes subiam até a torre para tocar o sino, festivamente.  A foto mostra encontro em frente à igreja matriz (São José) em 1948. Foto do porta-retrato-ap.blogspot.com. Visite esse blog, faz um resgate importante da história e cultura do Amapá.
Houve um período de conflito entre representantes da igreja católica e do marabaixo. Misssionários de origem européia, com visão extremamente ortodoxa, não conheciam o catolicismo popular, onde o marabaixo se enquadrava. O marabaixo foi considerado como "macumba" e  visto como  um evento de batuque e bebedeira, com exploração de dinheiro (... e se vissem hoje os arraias juninos...). Alguns padres que pensavam assim foram o Pe. Júlio Maria Lombard  e Dom Aristides Pirova.  Combateram o marabaixo publicamente e não permitiam a entrada na igreja, causando revolta em alguns momentos. (Fonte: Modernidade e Marabaixo (breve ensaio) - Pe. Aldenor Benjamim dos Santos)
Só tempos depois o marabaixo foi reconhecido como elemento folclórico na sua essência.
O traje dos homens constava de uma camisa branca com bordados, calça branca, chapéu depalha enfeitado com fitas e sandálias de couro. Os trajes das mulheres era composto de camisa de renda, saia estampada toda rendada, anáguas, arranjos naturais na cabeça (flores) e calçadas com sandálias de couro.
Os principais aperitivos servidos durante o ritual principalmente, no batuque, são a gengibirra, a catuaba e a macura. Depois, veio o tradicional cozidão feito com muito caldo, carne desfiada, diversas verduras, frutas e legumes.
A participação é livre, sendo que qualquer pessoa pode participar espontaneamente ou a pedido dos festeiros.
 
Vídeo de Alípio Junior

Fonte:  
* Modernidade e Marabaixo (breve ensaio) - Pe. Aldenor Benjamim dos Santos
* Amapá, cultura, poesia e tradição (livro) - Maria Vilhena Lopes & Deisse Gemaque V. Andrade
* Youtube

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Hoje é o Dia Estadual do MARABAIXO

Foto do Jornal do Dia 
O Marabaixo é a principal manisfestação cultural do Estado do Amapá. A Festa homenageia a Santíssima Trindade e o Divino Espírito Santo através de missas e ladainha, normalmente improvisada, carregada de tristeza ou alegria, traduzindo os sentimentos e o dia-a-dia da comunidade.

"A boca fala do que está cheio o coração"
O marabaixo foi uma expressão em cantos e rítimos 
do sentimento presente no povo cativo em navios negreiros

A palavra MARABAIXO vem  da época em que os irmãos afro-brasileiros desciam os rios em cantorias ou nas caravelas negreiras MAR ABAIXO, condenados ao trabalho escravo em vergonhosos tempos. O canto evocava a nostalgia da terra distante e crenças populares. Acredita-se também que a cadência dos remos foi o que originou o rítmo. É uma tradição secular.
Segundo pesquisa de R. Negrão (no livreto "Marabaixo, Amapá Folclore" de 1990), foi um preto velho chamado LADISLAU, que implementou e fomentou esta manifestação folclórica no Amapa, gerando sucessores que continuaram seu trabalho, passado de geração através dos anos.
Mestre Ladislau e Mestre Julião Ramos, tocando a caixa (1948).
É dançado na capital, Macapá, anualmente, nos meses de maio, junho e julho, nos bairros do Laguinho, na Favela e na comunidade do Curiaú.
O Ciclo do Marabaixo é comemorado todos os anos por grupos organizados que trabalham para manter vivas as tradições da raiz herdada dos ancestrais.


O marabaixo também consiste no toque de caixas construídas com tronco de árvores e pele de animais, na dança das mulheres em círculo ao redor do salão, com dois ou três homens que tocam as caixas ao centro. Geralmente uma das mulheres ou um tocador "joga" os versos que são respondidos pelas dançadeiras que ao mesmo tempo dançam e fazem o coro ou cantam juntos todo o" ladrão", que são músicas ou trovas populares de autoria dos próprios devotos.
As informações ou fotos foram obtida em:
porta-retrato-ap.blogspot.com
Cantos de Congo

quarta-feira, 15 de junho de 2011

FESTAS JUNINAS

Junho... logo vem a mente os folguedos  e festas populares características do mês. Tradição pelo Brasil afora, onde observamos festejos com suas danças, roupas e comidas típicas. Isso varia um pouco entre os Estados e Regiões. Lá pelas bandas do Amazonas tem o Boi-Bumbá, diferente do Bumba-meu-boi do Maranhão. As cirandas no Nordeste e tantas manifestações de muita expressividade em todos os cantos do país.
Essas festas, que tiveram sua origem na cristianização de costumes pagãos, hoje fazem parte de comemorações celebradas em muitas famílias. Costume, apenas um momento de encontro e descontração, sendo este o principal motivo. 
A Família Castelo residente no Bairro do Trem em Macapá, há alguns anos faz uma pequena confraternização e reúne-se em uma destas festas juninas. O evento tem sido realizado por Antonio Castelo e conta com a participação dos parentes residentes ali próximo. Este ano realizou-se em 13/06/2011 no koreto. Cada um trás um pouco de alguma coisa e.... pronto, está configurado o encontro. Iniciou às 20h e terminou por volta da 23h. 
Prestigiaram, entre familiares e amigos, Maria José, Douglas, Emanuely, Josiran, Inara, Isis, Isabelly,  Ana, Rogério, Alzira, Rogerson, Imara, Andréia, Val, Preta,  Yasmim, Analice,  Juliane,  Oscarina, Socorro, Josileide, Henrique Manoel, Clessiane, Gustavo, Tereza, Marcelo, Larissa, Yanna, Dona Ray, Bruno, etc. Muitas crianças e amigos. Houve desfile de Miss Caipira, os tradicionais quitutes e o divertido Correio das Mensagens. Pena que esse ano colocaram um indivíduo que parecia que nem sabia ler direito. Ah...muito legal o encontro!! Agora só ano que vem. Não participo destas festas, mas fui lá registrar pela primeira vez!
Antonio, Maria José, Yasmim, Analice, Val, Juliana, Emanuely, crianças, Imara, Alzira, Ana e Rogério
Yasmim, Analice, Isabelly, Maria José, Rogerson e Analice
Imara, Andréa, Yasmim, Marcelo, Dona Santinha, Yanna e crianças, Analice.
Inara, Bebel, Isis, Josiran, Val, Analice, Preta e crianças.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quadro Geral das Áreas Protegidas no Amapá

O Amapá tem um território formado por um conjunto de ecossistemas que vão das formações de mangue à floresta tropical densa, passando por campos inundáveis e cerrados.
Mapa da delimitação dos 16 municípios amapaenses.  
(Fonte: Atlas das UC's no Amapá - SEMA/IBAMA 2008) 

- O estado destaca-se pelo percentual de áreas legalmente protegidas: 10 milhões de hectares, entre unidades de conservação e terras indígenas.
- A população, apesar de ainda ser a segunda menor entre todos os estados brasileiros (2007), vem crescendo de forma rápida. Muitos vem iludidos para cá em busca de oportunidades, que na maioria das vezes não encontram.
- É também o que mais vem crescendo em concentração urbana na Amazônia Legal, atingindo em 2007 uma taxa de 90%.

Mapa das Áreas Protegidas do Amapá: 
Unidades de Conservação e Terras Indígenas
(Fonte: SEMA-AP 2007)

- O clima é caracteristicamente tropical (equatorial), com dois períodos climáticos:  temporada das chuvas e temporada seca.
- Dos estados litorâneos brasileiros, é o mais setentrional. 
- Faz fronteira com a Guiana Francesa (com a inauguração da ponte binacional no Oiapoque acredita-se em um estreitamento comercial que vá promover desenvolvimento para a região). 

O quadro geral das ÁREAS PROTEGIDAS  é o seguinte: 
As Unidades de Conservação do Amapá:

UNIDADES FEDERAIS:
- Parque Nacional do Cabo Orange
- Reserva Biológica do Lago Piratuba
- Estação Ecológica Maracá-Jipioca
- Estação Ecológica do Jari
- Floresta Nacional do Amapá
- Reserva Extrativista do Rio Cajari
- Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque 
- RPPN Retiro Paraíso
- RPPN REVECOM
- RPPN Seringal Triunfo
- RPPN Retiro Boa Esperança
- RPPN Aldeia Ekinox
UNIDADES ESTADUAIS:
- APA da Fazendinha
- APA do Rio Curiaú
- Floresta Estadual do Amapá 
- RDS do Rio Iratapuru
- REBIO do Parazinho
UNIDADES MUNICIPAIS:
- Parque Natural Municipal do Cancão
- Reserva Extrativista Beija-Flor Brilho de Fogo

As Terras Indígenas do Amapá:
- Uaçá
- Juminã
- Galibi
- Waiãpi
- Tumucumaque

- Você sabia que o Amapá é o primeiro estado brasileiro a ter todas as terras indígenas demarcadas.
 
- Em um país em que se vê muitos conflitos indígenas por causa da terra e onde já até "queimaram índio" (lembram do caso Galdino), o reconhecimento e homologação das Terras Indígenas é um exemplo a ser seguido.

- Há quem pense que aqui só tem índio, pura ignorância! O reflexo da alienação e preconceito ao povo nortista.


Mapas das Terras Indígenas do Amapá
(Fonte: SEMA-AP / 2004)



Para estudo das UC's do Amapá a principal obra de referência é o Atlas das Unidades de Conservação do Estado do Amapá, publicação conjunta da SEMA e IBAMA.

 Capas das versões, respectivamente, de 2008 e 2011.

O livro pode ser encontrado na maioria das bibliotecas de Macapá, principalmente na Biblioteca Ambiental da SEMA-AP, que disponibiliza a consulta em ambos os livros.

A versão 2008 está disponível para download  no site da SEMA-Amapá (Veja AQUI) e on-line no site do Ministério Público do Amapá (Veja AQUI).

Mapa das Unidades de Conservação do Amapá
(Fonte: IEPA)

Para mais informações sobre o Meio Ambiente Amapá
consulte o acervo da  

Veja também:

domingo, 12 de junho de 2011

BIBLIOTECAS - A Biblioteca Ambiental da APA da Fazendinha

O Amapá é considerado o estado mais preservado do país. Encontramos aqui várias unidades de conservação (UC) em nível federal, estadual, municipal e particular.
Uma dessas unidades, e das mais conhecidas, principalmente por estar localizada próxima à cidade de Macapá e na divisa com Santana (segunda cidade mais importante do estado), é a APA da Fazendinha.
Essa Área de Proteção Ambiental teve sua origem m 1974 quando surgiu com o nome de Parque Florestal de Macapá (Decreto Territorial Nº 30 de 24/10/1974). Tornou-se Reserva Biológica (REBIO) em 1984, pelo Decreto Territorial Nº 20 de 14/12/198 e finalmente APA, através a Lei Estadual Nº 873 de 31/12/2004. Isso porque nas REBIOs não tem a ocupação humana, como é o caso na APA. Procura-se conciliar a permanência da população local com a proteção ambiental e desenvolvimento de atividades econômicas por meio do uso racional dos recursos naturais.
Localiza-se a 15 km ao sul do centro de Macapá, na divisa com Santana, às margens do Igarapé da Fortaleza. è um ponto estratégico, daí a oupação humana presente, contínua e crescente...
A vegetação típica é de floresta de várzea, a parte às margens do Igarapé Fortaleza está totalmente ocupada  e, segundo estudos da SEMA (2006), somente a parte central continua em bom estado de conservação, corresponendo a 30% da área.
A SEMA mantem uma base no local, onde procura desenvolver ações de educação ambiental. Para dar suporte às atividades e atender a necessidade da população de ter um centro para estudo, foi criada e inaugurada em 2009 a Biblioteca Ambiental da APA da Fazendinha.

Igarapé da Fortaleza (Fonte: Google Maps)
 Igarapé da Fortaleza, margeando a APA, na divisa com Santana.
Na parte posterior da APA tem um outro igarapé (menor), o Igarapé Paxicú.

 O local é cheio de passarelas - "as ruas da APA" - como veias e artérias
 se espalhando em todo o ambiente.

A comunidade é acostumada a andar nessas passarelas. Escorreguei duas vezes quando estava molhada, após uma chuva... O local é típico de área de várzea, encontramos muitos açaizeiros. Impressionante é quando você passa de carro ao lado da APA, na Rodovia JK, e percebe a mudança de ares. O clima fica ameno e agradável. Já percebeu isso? Esse local precisa ser preservado... Muito triste se toda aquela mata desaparecer!!!!

 Base da SEMA na APA, na parte superior foi instalada a biblioteca

 A organização do acervo foi realizada pela equipe da Biblioteca SEMA em Macapá (2009)


Muito trabalho sempre...

A Biblioteca está na Base SEMA, na passarela margeando o Igarapé da Fortaleza.
 
Quebrando a cabeça na organização...

A equipe da Biblioteca SEMA-AP era formada por: Denilson (Gerente), Neusiana (Biblioteca), Rogério Castelo (Memorial), Manoel (LEMA), Edgar (Videoteca), Aline, Jorge e José Clementino (Técnicos), na gestão do então Secretário da SEMA-AP Paulo Figueira.

 A inauguração foi em Dezembro de 2009 e contou com a presença de jovens da LESPEAP

O acervo foi formado com publicações no tema ambiental e livros didáticos. Foram instalados 05 computadores on-line.

A educação ambiental se faz necessária quando se objetiva formar cidadãos conscientes da preservação do ambiente em uma convivência harmoniosa e contínua.


Informações sobre a APA da Fazendinha em:            
Biblioteca Ambiental da SEMA