As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

domingo, 30 de outubro de 2011

MUNICÍPIO - Amapá (Parte 1 - Informações Gerais)

Reportagem do Informartivo do Governo do Estado do Amapá (Jornal Participação - Ano I / Nº 08 / Outubro-2011). O texto é de Edgar Rodrigues.

 Município de AMAPÁ, 110 anos  

No dia 22 de outubro, o Município de Amapá completou 110 anos de criação, pela Lei Federal Nº. 798. Ele foi a terceira cidade a ser fundada na história do Amapá. O primeiro nome que recebeu foi Montenegro. Tratava-se de uma região que fora contestada pela França e que, pelo Laudo de berna, ficara definitivamente brasileira.
Os limites originais abrangiam Montenegro, Oiapoque, Cunani, Lago Redondo, Aporema, Alto Araguari, Baixo Araguari e Terra Firme. A instalação do município se deu em 17 de janeiro de 1902. De 1901 a 1903, é denominado de Montenegro. De 1903 a 1938, volta a receber a denominação de Amapá. Em 1938, recebe a denominação de Veiga Cabral. A partir de 1939, volta a ganhar a nomenclatura inicial de Amapá.
O nome "Amapá" é d indígena  e vem da nação Nuaruaque, que habitava a região e Norte do Brasil, na época do descobrimento. Significa, segundo Antônio Lopes, "Lugar da Chuva". AMA (chuva) + PA ou PABA (lugar, estância, morada). Uma planta de nome Hancornia amapa, recebeu esse nome em homenagem ao lugar. 

Dados do Município:

População: 7.667 habitantes (IBGE 2010)

Localização: Situa-se na parte Nordeste do Estado do Amapá.

Altitude: 8, 64 m (sede)

Distância da capital: Aproximadamente 300 km

Vias de acesso: Marítima, aérea e terrestre

Área: 9.203,50 km²

Limites:
Calçoene (Norte e Oeste)
Pracuúba (sul)
Oceano Atlântico (Leste)

Núcleos populacionais: São 12 ao todo (Amapá Grande, Araquiçava), Base Aérea, Calafate, Cruzeiro, Paratu, Piquiá, Ramudo, Santo Antônio, Vista Alegre, Vulcão do Norte e Sucuriju)

Clima: Quente e úmido

Temperatura: Máxima de 34° e Mínima de 20°

História    

A história deste município é farta em acontecimentos ligados à conquista de terras, cujos reflexos afetavam o povo da fronteira do extremo Norte. Os conflitos acentuavam-se ainda mais a partir de 1894, quando da descoberta de ouro em Calçoene. Este fato motivou ainda mais a presença de europeus e norte-americanos que se instalavam às cabeceiras do rio. Esses estrangeiros caienenses, passarama dominar a região, agindo como verdadeiros senhores, perseguindo índios e escravizando mulheres para a prostituição.
Em 22 de outubro de 1901, pela Lei Nº. 798, desta data, surge o Município de Amapá, com a denominação de Montenegro. Em 15 de novembro de 1982, Amapá, Calçoene, Macapá, Mazagão e Oiapoque (antes considerados áreas de segurança nacional) elegem seus prefeitos, encerrando-se de vez a proibição do regime militar.


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Roteiro Amazônia no meio do mundo (Revista Novo Ambiente 2011)

IMPERDÍVEL
No monumento Marco Zero, um relógio de sol marca o local exato onde uma linha imaginária divide a Terra em dois hemisférios, o que dá à cidade o privilégio de assistir ao fenômeno do equinócio. Nesse período, os dias e as noites têm a mesma duração em todo o planeta. O Estádio Zerão ganhou esse apelido porque a linha de meio de campo coincide exatamente com a Linha do Equador, fazendo com que cada time jogue em um hemisfério.
EQUINÓCIO
Fenômeno natural que ocorre no monumento Marco Zero do Equador, nos meses de março e setembro, quando os raios do sol, em movimento aparente, incidem exatamente na Linha do Equador, dividindo a Terra em dois hemisférios (Norte e Sul) e fazendo com que a noite e o dia tenham a mesma duração.
Viaje pelo AMAPÁ
Todos os dias, com mais intensidade entre abril e junho, as águas do rio Araguari se encontram com as do oceano Atlântico. A eclosão pode gerar ondas de até 5 m de altura e, com sua força devastadora, derrubar e arrastar árvores. O fenômeno, conhecido como pororoca, é um dos principais atrativos do Amapá, que chama a atenção pelo exotismo de sua paisagem, síntese dos diversos ecossistemas da Amazônia. Pródigo também em etnias variadas, reúne comunidades negras e nações indígenas, daí sua riqueza de ritmos, sons e danças.
O Amapá, com 143,4 mil km², está localizado quase que inteiramente no hemisfério Norte. Seu litoral tem 242 km de extensão e vai do Cabo Orange ao Cabo Norte, ou seja, da foz do rio Oiapoque à do Amazonas. A agriculturae a pesca são as atividades de maior importância socioeconômica do Estado, que tem população estimada em 600 mil habitantes. A capital, Macapá, é cortada pela Linha do Equador, motivo pelo qual é conhecida como “Cidade do Meio do Mundo”.

LINK DA REVISTA
Para quem prefere história, Macapá oferece a incrível Fortaleza de São José, marco arquitetônico e histórico localizado às margens do rio Amazonas. Erguida entre 1764 e 1782 por mãos escravas, a fortaleza garantia o domínio português no extremo norte do Brasil.
O lendário e místico Amazonas contempla a morena e bela cidade, cuja origem etimológica tupi-guarani vem de “macapaba” (terra das bacabas), onde se extrai do fruto da bacabeira um precioso vinho muito consumido na mesa do amapaense.


Texto: "Revista Novo Ambiente" (Ano 2 - Edição 17 - Outubro/2011 - pág. 62-63)
revistanovoambiente.com.br

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Jornal da 48ª Expofeira do Amapá (GEA - 2011)

Este é o informativo de 2011 sobre a Expofeira do Amapá. Mostra um pouco da história da feira e a agenda cultural deste ano.

A Biblioteca SEMA-AP na Expofeira 2011

A 48ª Expofeira se realiza entre os dias 21 a 30/10/2011. Objetiva atrair investimentos para o Estado, exibir as potencialidades locais e promover o desenvolvimento do setor primário. Constitui-se assim em um dos maiores eventos do Amapá, reunindo muitas possibilidades de negócios na agricultura, pecuária, indústria e comércio, além, é claro, do entretenimento.
Seu início foi em 1947 na Praça Barão do Rio Branco,  sendo denominada "I Feira de Exposição de Animais do Amapá", no então Território Federal do Ama.
A intenção inicial foi de fomentar a atividade agropecuária e pesqueira da região que, segundo o governador Janary Nunes, seria uma das grandes saídas para o desenvolvimento da economia amapaense.
À feira, eram agregadas muitas atividades:
- leilão de animais;
- pescas improvisadas nos igarapés próximos
- praça de alimentação a céu aberto;
- exposições culturais;
- apresentações de marabaixo e sairé
- peças teatrais, etc.
Em 1952 o Estádio Glicério Marques foi também cenário da Expofeira e em alguns anos seguintes, por estar localizado no perímetro urbano de Macapá. Na parte lateral do estádio eram edificadas as estruturas em madeira e o gramado servia para apresentações de shows e rodeios.
Em Fazendinha a feira passou a ser instalada, sendo montado um Parque de Exposições, inicialmente com edificações rudimentares. 

Aos poucos outras atrações foram  oferecidas em estandes melhor estruturados (eletrodomésticos, veículos, máquinas agrícolas, mobiliário, artesanato, etc) e a antiga Feira de Exposição de Animais e Produtos Econômicos passou a ser denominada (nome que se estende até hoje) de
"Expofeira do Amapá".
Depois de muito tempo, neste ano (2011), a Biblioteca Ambiental da SEMA-AP (NIDA - Núcleo de Informação e Documentação Ambiental) recebeu um espaço e reuniu em um estande algumas informações de seu papel e particularidades disponibilizadas à sociedade.
Além das publicações (a Biblioteca SEMA tem em seu acervo mais de 10 mil publicações - entre livros, folhetos e periódicos - sendo a maior parte voltados ao tema meio ambiente), foram exibidos também alguns vídeos ambientais.
A proposta é de divulgação da Biblioteca. Muita gente, mesmo estando localizada no centro da cidade, não sabe ou não conhece. Este é um importante local de difusão da informação ambiental. Tem em sua estrutura, além do acervo bibliográfico, uma videoteca, memorial ambiental e disponibiliza hoje a pesquisa on-line.
A Biblioteca SEMA-AP faz parte da Coordenadoria da SEMA (CEIA) que apresenta também o núcleo (NEA) atuante na educação ambiental e que desenvolve hoje alguns importantes projetos na promoção ambiental, como o "Projeto Agente Ambiental Comunitário", "Multiplicadores de Educação Ambiental" e o "Comitê Ambiental da Ressaca do Pantanal".
Técnicos do NIDA e NEA, da SEMA, estiveram recebendo a comunidade no estande. 
Alguns técnicos da SEMA que estiveram no estande: Gregor Samsa (NIDA), João Néri (motorista), Rosa Dalva (Gerente do NIDA), Val (NEA), Adla (NEA) e Maycon Tosh (NIDA).
 Marta (NEA) / Denilson (NIDA), Raimundinho (motorista) e Nelziana (NIDA)

Fonte de consultas para a postagem:
- Jornal da 48ª Expofeira do Amapá (GEA - 2011)
- Jornal Participação - Informativo do GEA (Ano I - Nº.7 - Outubro/2011)
- Veja aqui mais informações da Biblioteca SEMA em Macapá

A Fortaleza de São José de Macapá (Parte 4 - Vídeo Documentos da Amazônia)

A Fortaleza de São José de Macapá, a mais imponente e preservada fortificação na Amazônia. 

Vídeo "Documentos da Amazônia", exibido no Amazon-SAT (1998)Reportagem: José Amoras
Alguns pontos abordados:
- Após 216 anos (vídeo de 1998) o maior monumento militar do país, do Período Colonial, passa por uma restauração completa.
- A Fortaleza de S. J. de Macapá, que jamais foi utilizada para combate, defendeu o extremo norte do Brasil apenas com sua presença.
- No dia 02/01/1764 começou o delineamento do solo e os serviços preliminares. No dia 29/06 do mesmo ano foi lançada a pedra fundamental do forte, que ainda hoje pode servir de abrigo contra ataques aéreos ou terrestres.
- Entre os séculos XVII e XVIII os portugueses trataram de defender as terras brasileiras em pontos estratégicos. A solução foi construir monumentos como a Fortaleza de São José. Esta construção durou 18 anos e aconteceu no período entre 1764 e 1782.
- A demora não foi pela grandeza da obra, mas pelos problemas encontrados. Apesar da boa vontade do governador Athayde Teive, Henrique Gallúcio e outros oficiais, a falta de mão-de-obra e a escassez de material de vez em quando fazia parar tudo.
- Um grande número de índios das aldeias mais próximas foi utilizado para o trabalho, mas eles eram perseguidos pelas doenças e oprimidos pelo rigor da disciplina militar. Assim que tinham oportunidade fugiam das pedreiras e muitos acabavam morrendo.
- O trabalho continuou através dos escravos africanos, o negro era mais submisso ao cativeiro e mais resistente aos maus tratos e à péssima alimentação. Os índios fugiam muito e nas matas era difícil apanhá-los, os negros quando fugiam não iam longe e deixavam-se prender facilmente.
- O falecimento de D. José I fez com que a obra parasse durante quase 06 anos.
- O engenheiro H. Gallúcio não viu terminada a sua obra. O clima quente da região e os trabalhos fatigantes aruinaram-lhe a saúde. tentou várias vezes obter licença do trabalho, mas comandantes e governadores negavam-lhe o pedido, julgando indispensável sua presença em Macapá. O autor do projeto faleceu 05 anos depois do início das construções, além deles, ninguém conhecia plantas, estudos e desenhos sa Fortaleza. 
- Grandes blocos de pedra foram extraídos do Rio Pedreira e colocados um sobre o outro  em harmonia e alinhamento. 
- O projeto de Gallúcio era o que havia de melhor em matéria de fortificação defensiva baixa e rasa. Periodicamente eram enviados à Portugal relatórios sobre a construção acompanhados de plantas.
- Por volta de 1766 começaram a chegar os canhões de Portugal. Quando Henrique Gallúcio faleceu já estavam montados 62 canhões.
- Na fortificação funcionavam dois alojamentos de oficiais, uma capela, a casa do comandante, 03 armazens de de munição, um hospital e dois alojamentos da tropa.
- Observando de cima o forte tem formato de uma estrela de quatro pontas.
- No centro foi construído um fosso para escoamento da água das chuvas, havia também uma ponte que fazia a ligação com a parte da frente.
- São 04 baluartes: São José, Madre de Deus, São Pedro e N. Srª da Conceição.
- O quinto baluarte seria construído na direção norte da cidade, mas quando a edificação ia começar já não havia a necessidade. Ingleses, franceses e holandeses, percebendo que não ganhariam nada por aqui, acabaram com as tentativas de invasão.
- Antes de ser inaugurada a Fortaleza apresentava graves defeitos de construção. Grandes fendas foram detectadas no Baluarte de São José (construído sobre um terreno pantanoso), pouco a pouco as obras complementares foram sendo concluídas até que em 1782, em 19/03 (Dia de São José), o monumento foi inaugurado.
Fortaleza em foto antiga.
Este vídeo pode ser encontrado na Videoteca 
da Biblioteca Ambiental da SEMA em Macapá.

Veja também:

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

BAIRROS DE MACAPÁ - O Bairro do Trem (Parte 2)

Este texto foi publicado no Jornal "Diário do Amapá", de 18 de setembro de 1998. Resgata um pouco da história do Bairro do Trem, enfocando a contrução da torre da igreja. O texto é de Hélio Pennafort.  
Fragmentos da história a serem preservados e conhecidos. 

MUTIRÃO 
Obra da igreja N. Srª da Conceição envolveu toda a comunidade
do Trem, sob a liderança do padre Antônio Cocco.
Torre do Trem: marco de um magnífico trabalho paroquial.
HÉLIO PENNAFORT  
Da Editoria de Cultura
Faz um bom tempo. O canoeiro Chico Gonçalves vinha vindo da Ilha Viçosa com o seu carregamento de peixe. Logo que passou o Pau cavado e deu pra ver o descampado da cidade, observou que alguma coisa nova e diferente estava surgindo na paisagem de Macapá. Estranhou e quis ver de perto “aquela coisa alta”. Fizeram sua vontade. E lá foi o pescador conhecer a torre da igreja do Trem, já então um símbolo do bairro mais populoso e mais animado da capital.
Só esqueceram de dizer ao Chico que aquela torre e aquela igreja foram resultados do maior trabalho comunitário já acontecido por aqui e serviram também para expor o dinamismo e a perseverança de um padre que até hoje é reverenciado pelos católicos macapaenses.
Quando o padre Antônio Cocco recebeu a incumbência de vigariar a paróquia do Trem, ele e seus paroquianos armaram um barracão, onde foram realizadas as primeiras reuniões com vistas à construção da igreja. Com a amizade consolidada no meio, o trabalho começou, unindo na missão operário, crianças, jovens e adultos, de todas as camadas sociais. Os recursos chegavam de diversas partes. Colaborou a indústria, ajudou o comércio, e o material ia se acumulando. As carradas de areia, pedra e tijolos, muitas custaram apenas um pedido do padre Antônio ao Belarmino Paraense de Barros, nessa época paroquiano do Trem e administrador da Olaria Territorial. Certa ocasião, o Walter Banhos lembrou para a Voz Católica: “Dava gosto a gente ver a turma trabalhar. Os mais velhos se encarregavam do preparo das massas, do transporte de materiais pesados. E os meninos levavam os tijolos e as telhas. Pouco a pouco. Tinha guri que só podia mesmo com um tijolo, mesmo assim passava horas e horas ajudando a construir a igreja.”
Não demorou muito, portanto, para o bairro do Trem receber uma igreja grande, nova e moderna.
Mas as idéias do padre Antônio não pararam por aí. Meteu na cabeça que uma torre – mas uma torre bem alta – deveria ser o marco daquele magnífico trabalho paroquial.
Novas reuniões com os paroquianos, já na igreja nova, e a idéia começou a sair do terreno da imaginação. Novas campanhas, outros pedidos, e mais uma vez o empresariado se mostra generoso e não nega sua ajuda para mais uma obra da paróquia.

TORRE
A Providência parece que ouviu o apelo do padre Antônio
Padre Antônio Cocco, foi o primeiro vigário da Paróquia do Trem.
HÉLIO PENNAFORT  
Da Editoria de Cultura
Orgulho do bairro do Trem e norteadora de embarcações
Houve coordenadores e estimuladores da grande tarefa de construir a torre, realizada por centenas de fiéis sob a supervisão hora-a-hora do incansável padre Antônio Cocco.
Feita a torre, veio logo a pergunta: e os sinos?
A Providência parece que ouviu a pergunta, tanto que provocou uma viagem do padre Antônio à Itália, onde apelou para a grande quantidade de amigos que também tinha por lá.
E com a mesma generosidade dos paroquianos do Trem, os italianos colaboraram e a aquisição dos sinos foi rapidamente viabilizada.
Foi dessa maneira, então, que os católicos do bairro do Trem construíram a igreja.
E foi também desse jeito que a igreja ganhou uma torre monumental, orgulho dos moradores do bairro e norteadora de embarcadiços que a enxergam de bem longe.                                            
Imagens Recentes - Fotos de Rogério Castelo (26/10/2011)
Os anos passam, mas a torre continua despontando na paisagem urbana.
Macapá é uma cidade em verticalização, mas os prédios não são muito altos. Como outrora, a torre ainda é bem visível de diversos ângulos. Símbolo de um esforço e uma conquista comunitária. 
Esta foto foi tirada do Bairro Central, em frente ao cemitério.

Veja também: 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Portão de entrada do Brasil na linha do equador (Revista Amazônia Típica - 2011)

Majestosa construção histórica dá as boas vindas! (Foto: SETUR-AP) 
 
Quem chega durante o dia em Macapá, pode vislumbrar uma bela visão aérea. É a Fortaleza de São José de Macapá que, vista de cima, se assemelha a uma estrela apresentando planta no formato de um polígono quadrangular com baluartes pentagonais nas vértices (Nossa Senhora da Conceição, São José, São Pedro e Madre de Deus). Construção imponente que inspira segurança em seu interior e pode ter sido ameaçador na época de colonização. A noite, um ar romântico e/ou tenebroso paira naquele lugar, dependendo do visitante.
Localizada na foz do Rio Amazonas, em frente à cidade de Macapá e edificada 18 metros acima do nível do mar, a construção da Fortaleza foi iniciada em 1764, cuja função era impedir a entrada de navios invasores e defender abrigando no seu interior, os moradores da vila de São José de Macapá. Servia também como base para o reabastecimento e refúgio aos combatentes, enfim, manter a ordem soberana de Portugal na região. Sua inauguração foi em 1782, no dia do santo padroeiro da cidade de Macapá, e orago da fortaleza: São José, após 18 anos de trabalhos na construção. Em seu interior, encontram-se os prédios que abrigavam antigos armazéns, capela, casa de oficiais e do comandante, casamatas, paiol e hospital, além dos elementos externos componentes do complexo, como revelim, redente, fosso seco e baterias baixas.
Com o advento da Proclamação da República, a Fortaleza gradativamente entrou num processo de total abandono, situação esta que permitiu o saque de vários objetos como artefatos de guerra, canhões, pedras e tijolos, etc. Em 1990, foi entregue o projeto da área interna, e em 1991, o projeto da área externa. Em 22 de março de 1950, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN. Recentemente, foi reformada pelo Governo do Estado de Amapá, a Fortaleza ganhou o Museu Joaquim Caetano da Silva com serviço de visita monitorada por guias. 

Marco Zero e o Zerão? Outros locais que merecem visitas no Amapá é o Marco Zero e o estádio Zerão. No Marco Zero, você pode ficar literalmente no “meio do mundo” ou nos dois hemisférios, pois lá atravessa a linha imaginária do Equador. Há uma construção para marcar o local onde a linha imaginária divide a Terra em dois hemisférios. A cidade tem o privilégio de assistir ao fenômeno chamado de Equinócio, palavra que deriva do latim aequinoctium e significa noite igual e refere-se ao momento do ano em que a duração do dia é igual a da noite sobre toda a terra. Esse fenômeno se dá em dois momentos: um no mês de março e o outro em setembro. O Monumento Marco Zero também possui no seu terraço um espaço para shows, além de salão para exposições, bar e lanchonete e lojas para venda de produtos locais. É o mais conhecido ponto turístico de Macapá.

Foto da SETUR-AP - Trapiche Eliézer Levy
O Estádio Milton Corrêa, mais conhecido como “Zerão”, é um estádio com capacidade para 5.000 pessoas e sua inauguração ocorreu em 1990. Esse apelido se deve ao fato de que a linha de meio-de-campo coincide exatamente com a Linha do Equador, fazendo com que cada time jogue em um hemisfé-rio. O Trapiche Eliezer Levy é para os boêmios. Construído na década de 40, por muito tempo foi o ponto de chegada e saída da cidade. Antes do trapiche, as embarcações aportavam na chamada Pedra do Guindaste, onde hoje está colocada a imagem de São José, em concreto armado. O trapiche tem 472 metros de comprimento e é servido por um bondinho elétrico para transporte de turistas.

Visite e conheça de perto essa capital do extremo norte do território brasileiro.

Fonte do Texto: Revista Amazônia Típica (Edição Nº. 04 / Julho a Setembro de 2011 - pág. 31) 
amazoniatipica.com.br

LINK DA REVISTA

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

MUNICÍPIO - Calçoene (Parte 3 - Características)

Reportagem do "Amazônia TV" (2010) sobre o Município de Calçoene, no Estado do Amapá.

A reportagem é de Roberta Lia / Lopes e fez parte de  uma série comemorativa dos 35 anos da TV Amapá (2010). 

No vídeo, entre outros aspectos, é mostrado que:
  • Calçoene localiza-se no nordeste do Estado do Amapá;
  • É considerada a cidade mais chuvosa do Brasil;
  • Em 2006 apresentou uma das 10 maiores descobertas arqueológicas do ano, chamando a atenção da mídia mundial (Sítio Arqueológico de Calçoene);
  • Repleta de cenários naturais bonitos (Ex: Cachoeira Grande);
  • Distancia-se mais de 370 km de Macapá;
  • O acesso é pela BR-156;
  • A região é marcada pela presença de garimpos (Ex: Garimpo do Lourenço);
  • O município é pouco desenvolvido;
  • A pesca movimenta a economia local.
Mapa de localização e Brasão (Fonte: Wikipédia)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Amapá - Revista LEIA (Edição 1 - Maio/2003)

Uma publicação do Amapá do ano de 2003.  Apresenta uma matéria sobre a ICOMI, alvo de muitas pesquisas neste Estado. Fica aqui como resgate de publicações antigas e fonte de informações da época - apesar de ser uma edição institucional. 
No Sumário encontramos:
- A nova geração não pode mais falhar (entrevista com governador)
- Sopro divino (arte de Leandro Pereira)
- Sistema de banana encapoeirada (manejo de capoeira)
- ICOMI, o dia da extrema-unção
- Serra do navio (The day after)
- O presidente e os aposentados
- Embrapa: uma empresa de orgulho nacional
- Inferno no Paraíso
Nota de cabuçus: Ú sumano! Ai, ai... ançim num teim as condiçãu.... iscreveru  PENITECIÁRIA bem na capa da revistia.... Cumé qui deixaru passar essi erru di prutuguês! U certio é PENITENCIÁRIA, tá bom vizinho.... Ai, ai... na capa num dá prá paçá naõ! É dois que num sabe!!! Pareiti  e pareco meu primu!! Agura num si asqueça mais e num martrati mais a língoa. Tá cééértuo!!!             

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Religião (Maycon Tosh)

A música faz uma crítica à hipocrisia e interesses de homens que usam a ideologia religiosa como manobra para suas ambições, contrapondo ao que realmente deveriam se importar.  O clip é bem tosco, fiz para divulgar a música (de um estilo underground e letra visceral). Maycon Tosh estará lançando seu CD em breve.


RELIGIÃO
(Maycon Tosh)
Religião!
Pergaminhos nas estantes falando da fé e de origem animal.
De onde vem o ser humano?
Evolução do macaco, do pó, das águas, do ventre de uma mulher?
Do espaço, do nada, de Marte, de Deus, Jesus de Nazaré?
Ideologias, hipocrisias e as dúvidas sobre a história se confrontam em guerras sádicas.
Quem tem a razão sobre a religião? Do poder de matar em nome da fé?
E os demônios disfarçados de anjos, salve-se quem puder! 
Oi falsos profetas! Qual é? Qual é?
E as trombetas anunciam a destruição do amor,
Sem compaixão.
Mas eles vêm armados matando homens, crianças, estuprando mulheres!
A ofensiva terrestre...
Queimando a honra, o alimento sagrado... se vier.

Veja também: