"Quando a última árvore for cortada,
quando o último rio for poluído,
quando o último peixe for pescado, aí sim,
eles verão que dinheiro não se come".
quando o último rio for poluído,
quando o último peixe for pescado, aí sim,
eles verão que dinheiro não se come".
Provérbio Indígena - Chefe Sioux
Florestas, os habitats naturais das espécies, são importantes para fixar o solo e vitais para o ciclo da água. Uma cobertura vegetal preservada é o meio mais eficaz para se garantir a sobrevivência das espécies e, mais que isso, garantir a qualidade de vida. Ignoramos o equilíbrio ecológico em torno delas e acabamos fazendo coisas que se voltam contra nós mesmos. Queimadas, poluição nos mais diversos níveis, extinção de espécies, destruição dos rios, desmatamento... Tudo tem um preço a ser cobrado nos impactos sentidos desde agora e, muito mais, nas gerações futuras. Água já é sinônimo de guerra e floresta de cobiça pelo enriquecimento, quando deveriam ser sempre, nas nossas mentes e atitudes, patrimônios maiores a serem preservados.
Desenho: Jorge de Oliveira |
Nas matas do Amapá, temos uma vegetação ainda muito preservada e o estado é o que mais tem áreas protegidas. Áreas sob ameaça com a aprovação do Novo Código Ambiental Brasileiro, que não favorece a proteção destas. Além de passar uma borracha nas ações de criminosos ambientais, que desmataram a torto e direito, também permitirá reduzir a área de Reserva Legal nas propriedades rurais da Amazônia. Mais especificamente, nos estados que têm mais de 65% de seu território ocupado por unidades de conservação. Nestes, a obrigação da reserva legal dos produtores rurais poderá ser reduzida dos atuais 80% para 50%. Como o Amapá é o único Estado da Federação nessa condição, entende-se que pelo menos 250 mil hectares de florestas poderão ser suprimidos do território amapaense se for mantido esse dispositivo. A nova legislação permitirá também redução das APPs (Área de Preservação Permanente), implicando em sérios impactos a importantes áreas, como o mangue e várzeas. Será que não se pode aplicar um modelo harmonioso entre desenvolvimento e conservação natural, ou "limpar o mato" será sempre a melhor alternativa para o progresso?
É este o cenário separado com carinho pelos governantes a nossas florestas e o que deve ser refletido sempre, especialmente hoje, data celebrada como o Dia Internacional das Florestas.
"Floresta Bonita" - Desenho de Isabelly Castelo |