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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Depois de 244 anos, a famosa e cara Enciclopédia Britânica deixará de ser impressa

O PESO DO SABER

Foto: infoescola.com
Até pouco tempo atrás, ter os 32 volumes com lombada em couro da Enciclopédia Britânica enfileirados no escritório era a maior demonstração visual de cultura que alguém poderia se permitir. 
Era um objeto de culto intelectual caro e costumava ser paga em mensalidades. Especular sobre o que traria de diferente em sua nova edição anual alimentava conversas de gente inteligente. A maior e mais antiga obra de referência em língua inglesa, publicada pela primeira vez em Edimburgo (Escócia, em 1768), anunciou que deixará de ser impressa em papel. A última edição (2010) pesou 58 kg, o equivalente a um homem adulto magro. Agora, essa riqueza está disponível em formato digital.
1ª Edição (1768)
A fama da obra se deve à qualidade de seus colaboradores (hoje são 4 mil). O preço da edição impressa (R$ 2,5 mil) restringia as vendas, que caiu bastante, principalmente com a concorrência da wikipédia e outras enciclopédias virtuais. A enciclopédia está hoje disponibilizada na internet  para quem paga uma taxa anual. "Esse é um rito de passagem para uma nova era. Algumas pessoas ficarão tristes e saudosas. Mas temos uma ferramenta melhor agora. O site tem uma atualização permanente e é multimídia", disse Jorge Cauz (Presidente da Britannica Inc).

Fonte: Revista Aventuras na História (Edição 105 / Abril-2012, pág.08) 

São os novos rumos no acesso a informação. Curiosamente, a Enciclopédia Barsa está sólida em seu mercado, preservando a venda de 70 mil coleções ao ano - marca quase 9 vezes maior que a de sua irmã Britânica (que também tem os direitos da Enciclopédia Mirador, no mesmo destino). 
Na Biblioteca que trabalho, longe dos áureos tempos, estas obras estão hoje como mero luxo nas estantes. Restou só a Barsa, a Britânica e Mirador foram doadas para bibliotecas escolares no interior, onde são mais procuradas. Dou ainda referências dela, pois muita coisa é preciosa e bem exposta, valendo uma leitura, mas hoje o povo tem uma urgência de informação e prefere o Ctrl c Ctrl v. Poxa... Posso até dizer que muita gente, não é geral, acha desnecessário até a leitura diante das facilidades. É verdade!!! Onde será que vamos parar se isso viciar todas as gerações de agora?

Outras referências consultadas sobre este assunto: