O Amapá é o primeiro Estado brasileiro a possuir todas as terras indígenas demarcadas e homologadas. As duas grandes reservas existentes estão localizadas no município de Oiapoque e no município de Laranjal do Jarí (8,6% de todo o território estadual).
Mapa: SEMA-AP
Cada um dos povos indígenas que vivem no Amapá, compõem um grupo étnico formado por descendentes dos históricos grupos de origens diversas, que chegaram em nossa região em diferentes épocas.
As principais etnias existentes são:
Galibi do Oiapoque
Essa sociedade é proveniente da região do rio Maná, litoral da Guiana Francesa, sua principal característica é o instinto guerreiro. No século XVII lutaram muito contra os índios Palikur e os franceses. Migraram para o Brasil por volta de 1950, estabeleceram-se no baixo rio Oiapoque. De lá para cá mantém-se um núcleo no local, ao mesmo tempo em que muitos filhos cresceram e foram residir fora da aldeia, nas cidades do Oiapoque, Belém, Macapá e Brasília, sem no entanto deixar de visitar seus parentes em São José dos Galibi. Esta aldeia tem uma escola e um Posto Indígena da FUNAI.
Vivem da caça e da pesca, e como fonte de recurso comercializam produtos agrícolas e pequenas embarcações fabricadas na aldeia.
Karipuna
O povo Karipuna também se formou a partir de várias populações migrantes de diversas regiões, em especial do região do Salgado Paraense. Estas famílias habitam o baixo Oiapoque, precisamente a margem do rio Curipi e são falantes de um idioma do tronco Tupi; utilizam também o dialeto patoá e o português.
Os Karipuna possuem vários pajés em intensa atividade, que realizam curas e dirigem os rituais do Turé, atualmente professam a religião católica em harmonia com as tradições mais antigas, a festa principal é a Festa do Divino.
Vivem da caça, da pesca, da produção de farinha, entre outros e comercializam entre si através do sistema de troca.
Palikur
O povo Palikur é proveniente da região entre o Cabo Norte e a foz do rio Amazonas, denominada em 1513 por Vicente Pizon como “Costa Palicuria”. O século XVII foi caracterizado pela guerra com os Galibi.
Atualmente os Palikur estão localizados no Estado do Amapá e na Guiana Francesa, no Amapá habitam ao longo do rio Urukaua, situada na bacia do rio Uaçá. Na Guiana Francesa eles habitam em bairros nas cidades de Caiena e Saint Georges e as margens do rio Oiapoque.
Os Palikur são os únicos procedentes da própria região e também os únicos que mantiveram sua língua original.
Waiãpi
O povo Waiãpi origina-se dos Guaiapi que habitavam o baixo rio Xingu no século XVII, cruzaram o rio Amazonas e empreenderam sucessivas migrações em direção ao norte, estabelecendo-se na região delimitada pelos rios Oiapoque, Jarí e Araguari onde vivem atualmente.
Existem também Waiãpi na Guiana Francesa, cuja a língua apresenta diferenças por ter recebido influência de línguas karibe.
O povo Waiãpi mantêm muitas tradições marcadas por grandes ciclos de rituais, como a festa do milho (no inverno), a dança do mel e a dança dos peixes. Dançam mais em momentos de crise para agradar e aplacar “Ianejar” (nosso dono,herói criador),que sempre ameaça destruir a humanidade.
Galibi Marworno
A palavra Galibi designava os índios que viviam no litoral da Guiana Francesa. Este povo constitui-se a partir dos remanescentes de várias etnias indígenas, principalmente Maruane (oriundos da região do Oiapoque) e Aruã (oriundos da ilha do Marajó no Pará).
O povo Galibi Marworno habita as margens do rio Uaçá onde formam a aldeia Kumarumã, como também os encontramos em duas pequenas aldeias no Km 83 e 92 da BR 156,onde funciona um posto de vigilância e uma outra às margens do igarapé Juminã.
São grandes produtores de farinha de mandiocas e construtores de embarcações de alta qualidade, feitas sob encomenda.
A Biblioteca Ambiental da SEMA apresenta também um acervo voltado para as questões indígenas...
Fonte: Apresentação da SEMA-AP (PPT) sobre Povos Indígenas do Amapá (elaborada por Celisa Melo e Marta Brito) - Acervo da Biblioteca Ambiental da SEMA em Macapá
A Biblioteca Ambiental da SEMA apresenta também um acervo voltado para as questões indígenas...
...com mais informações e à disposição da comunidade para consultas.
Olha que legal também!
A Biblioteca Pública de Macapá vai reabrir amanhã (20/04/2012) e lá tem uma sala de cultura afro-indígena à disposição para nossa visitação e consultas!!
É um bem público de todos, só ir lá e conhecer!!
Nota do dia 20/04/2012 - A inauguração da Biblioteca Pública foi cancelada hoje por conta do desastre aéreo pela manhã, em Macapá, que vitimou o Deputado Estadual Dalto.
Olha que legal também!
A Biblioteca Pública de Macapá vai reabrir amanhã (20/04/2012) e lá tem uma sala de cultura afro-indígena à disposição para nossa visitação e consultas!!
É um bem público de todos, só ir lá e conhecer!!
Nota do dia 20/04/2012 - A inauguração da Biblioteca Pública foi cancelada hoje por conta do desastre aéreo pela manhã, em Macapá, que vitimou o Deputado Estadual Dalto.
"Brancos. Negros. Indígenas. Orientais. Mulatos. Somos
todos iguais. Apesar disso, existem ainda milhares de pessoas que
procuram sempre por diferenças entre nós. Talvez porque insistam em ver a
todos somente com seus olhos, quando na verdade, deveriam procurar
enxergar um pouco mais com o seu coração."
Jackson Trindade
Mais uns quadrinhos...
Tirinha de Marcos Nicolau, criada em 1980 e
publicada na Revista Maria e no jornal alternativo O Furo. Tem como
personagem principal o gari “Garibaldo”, cuja temática era a sátira e a
contestação do período final da ditadura na Brasil.
(quadrinho e informação de insite.pro.br). E essa exploração do indígena continua... ih rapaz... tão começando a arregalar os olhos pras terras demarcadas.... só prestar atenção no que tá dizendo esse Novo Código Florestal Brasileiro que tá em votação. Presta atenção...Presta atenção...
"Antes de tudo, o índio precisa de terras. Índio é dono da terra.
Então, o branco deve respeitar a terra do índio."
Mário Juruna
Mário Juruna
Quadrinho de Valdeci Carvalho em daviesuasdesventuras.blogspot.com.br
.... E o índio hoje tá High Tech sumano!!
Gripe, entre tantas outras doenças de branco, já estão no catálogo
oficial dos chamados programas de índio. O vírus A (H1N1), carinhosamente
apelidado "gripe suína", deu o mote para esta HQ que saiu este ano (2009) no
"Jornal da Unesp". (Quadrinho e informação de jaogarcia.blog.uol.com.br) Ah... complementando, esta semana foi noticiado no Amapá a confirmação do primeiro caso desta gripe.
Quadrinho do alfabetizandocommonicaeturma.blogspot.com.br
Mais uns desenhos de... tchanraaann!!! ... Isabelly Castelo, a desenhista da
Família CasteLopes e colaboradora deste blog.