As postagens desse blog são em caráter informal, de apego ao saber popular, com seu entusiasmo, exageros, ingenuidade, acertos e erros.

terça-feira, 17 de maio de 2011

MUNICÍPIOS - Calçoene (Parte 2 - O lugar mais chuvoso do Brasil)

Enchentes em Calçoene  (2011)
O Município de Calçoene, no Amapá, com uma precipitação média anual de 4.165 mm, foi identificado, por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), como o local mais chuvoso do Brasil.Anteriormente, a literatura citava a região da Serra do Mar, entre Paranapiacaba e Itapanhaú, em São Paulo, com uma precipitação média anual de 3.600 mm, como o local mais chuvoso do país. 


A precipitação em Calçoene é cerca de três vezes maior 
que a registrada na cidade de São Paulo.

A partir da criação da ANA (Agência Nacional das Águas), foram organizados bancos de dados contendo milhares de séries históricas em todos os estados da federação. Era natural de se supor que, na Amazônia, estariam os locais de maior pluviosidade.
No Brasil, as áreas de maiores precipitações ocorrem no litoral do Amapá e na região do estado do Amazonas conhecida como “Cabeça de Cachorro”. Em ambas, existem zonas onde as precipitações médias superam os 4.000 milímetros mensais.
No mundo, os registros de maior pluviosidade são em Lloró, cidade do estado de Chocó, na Colômbia. Ela detém o recorde mundial de maior precipitação média anual registrada em 13.300 mm.  Chove tanto que inundações e enchentes são tão comuns que os habitantes locais ensinam suas crianças técnicas para lidarem com essa situação, além de preparar suas residências para esses eventos quase certos. A população até brinca com o fato, relatando que o número de barcos é maior que o de carros. 

Enchentes em Calçoene (2009)
Este ano as chuvas foram intensas em Calçoene, provocando enchentes na zona urbana devido a elevação do nível do rio Calçoene. Não há dados atuais sobre o número de desabrigados, desalojados e nem de afetados. A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estiveram no município e prestaram ajuda na distribuição de 75 cestas básicas às famílias desalojadas e apoio logístico.


 
Nenhuma novidade para os moradores daquela região, acostumados a chuva, mas as desse ano, certamente superaram as temporadas chuvosas dos últimos 20 anos.