O Programa Globo Mar exibiu em 19/05/2011 uma reportagem sobre a pororoca. Destaque para um desses muitos surfistas que se arriscam nas ondas do Araguari.
"O Globo Mar foi até o Amapá e navegou em um pedaço pouco conhecido do nosso litoral, onde o Oceano Atlântico e o Rio Amazonas se encontram. O litoral no Amapá é marrom, da cor do barro, e a costa é toda tomada pelo mangue. A paisagem diferente é pintada pelo maior dos nossos rios, o Amazonas rasga a floresta e despeja no Atlântico um mundo de água doce." (Fonte: g1.globo.com)
Este vídeo pode ser visto na Biblioteca SEMA-AP,
localizada no Bairro Central em Macapá.
Alguns pontos abordados:
A onda simplesmente não para, de margem a margem do rio. O surfista
Denys se prepara para surfar. Ele espera a onda aumentar para entrar na
água. Enquanto isso, a onda vem lambendo o barranco. Como os búfalos
ouvem o ruído bem antes de nós, eles correm quando escutam a chegada da
pororoca. E este é um dos sinais que os surfistas usam para perceber que
a onda está se aproximando.
Nosso convidado pula na água e um sobe Jet Sky para pegar a onda, mas
ele sofre para subir na prancha. A onda avança mais de 40 quilômetros
rio adentro. “A onda veio maravilhosa, com dois metros. Fiquei um tempão
na onda. No mar, são ondas de três, quatro ou cinco segundos, no
máximo. Aqui tem onda de 20 minutos”, comenta o surfista.
De volta ao barco, recebemos a visita da chefe da Reserva Biológica
do Lago Piratuba, Patrícia Ribeiro Salgado Pinha. “Devemos,
principalmente, preservar o manguezal, que é um ecossistema que,
considerando a ocupação brasileira no litoral, está bastante ameaçado.
Aqui nessa região a gente tem uma das maiores extensões de manguezal das
Américas”, comenta.
Depois de dois dias e meio de navegação fluvial, estamos de volta ao
mar. Deixamos o rio e chegamos ao Atlântico. Mas olhando o mar nem dá
para perceber, a água continua escura e barrenta.
Só a foz do Rio Amazonas tem 200 quilômetros de extensão, metade da
distância entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Por ano, ele lança no mar
1,2 bilhão de toneladas de sedimentos, uma mistura de lama e nutrientes
que vai alimentar peixes e outras espécies que vivem no Atlântico. A
água do Amazonas tinge todo litoral do Amapá. Ela se espalha por até 200
quilômetros da costa e, levada pela corrente norte, chega até a Guiana
Francesa.
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